A balística da ‘Economist’ é coisa de profissionais

The Economist vende semanalmente em 200 países um milhão e seiscentos mil exemplares. Destes, menos de nove mil (mais precisamente 8.508) são adquiridos no Brasil (em bancas, livrarias ou por assinatura). A edição impressa sai para o assinante por 505 reais – paga-se mais 127 reais pelo acesso à edição digital.

Se a totalidade dos seus leitores brasileiros porventura indignados com a matéria de capa da última edição (28/9) resolverem boicotar a revista, e supondo que paguem a tarifa mínima, o prejuízo será de 1.080.516 reais.

Só com a receita do colóquio "Brasil Summit 2013", a ser realizado em 24 de outubro, em São Paulo, a divisão de eventos da empresa deverá faturar cerca de 540 mil dólares – ou 1.196.640 reais, pelo câmbio de segunda-feira (30/9). No mínimo 300 pessoas estão dispostas a pagar 1.795 dólares para assistir às conferências de Joaquim Barbosa, presidente do STF, do publicitário Nizan Guanaes, do empresário David Marcus (presidente do Pay-Pal, nova carteira digital que substitui o cartão de crédito), do chef Alex Atala e do economista/investidor Gustavo Franco.

Isso não significa que a revista britânica vive das cacetadas que desfere em suas páginas para depois embolsar uma grana preta em troca de um afago. O tema do evento será basicamente o mesmo da matéria de capa, portanto igualmente inconfortável: "Em meio ao lento crescimento e à agitação social, o Brasil precisa encontrar novos impulsionadores do sucesso econômico".

Na mosca: qual o empresário que não gostaria de encontrar uma resposta clara e linear para a pergunta, sobretudo se formulada por uma celebridade?

Bem amarrado

The Economist realiza 100 eventos desse tipo por ano (média de 8,3 por mês, nos quatro continentes). Mesmo pagando robustos cachês aos palestrantes sobra uma apreciável receita. O que se pretende examinar aqui é a Indústria de Eventos, subsidiária da Indústria da Informação Bruta – ou, em miúdos, como a falta de debates e investigação na mídia local abre oportunidades para os gigantes da mídia internacional ocuparem os espaços.

Quantas resenhas razoavelmente densas – a favor ou contra – foram publicadas em nossa imprensa desde a quinta-feira (26/9), quando as agências começaram a divulgar o teor da capa da Economist do dia seguinte?

A brincadeira com o míssil desgovernado disparado do Corcovado foi registrada em jornalões e jornalinhos. The Economist é uma revista não apenas adulta, mas inteligente, provocadora. Porém, quantos textos com mais de um palmo de profundidade foram publicados em nossos jornais e semanários tentando responder à pergunta da revista – quem estragou a nossa festa? Convém lembrar que no último fim de semana, véspera do início do mês, os jornais estavam carregados de publicidade, sobrava espaço.

A Indústria de Eventos é incubada nos enormes vácuos deixados pela mídia apressada, desatenta, incapaz de praticar um mínimo de ruminação. Eventos são obviamente eventuais, ocasionais, irregulares. São, antes de tudo, exercícios de sociabilidade, não atendem às necessidades constantes de conhecimento e discernimento que os periódicos estão aptos a fornecer. Mas fazem parte da bola de neve.

The Economist maneja muito bem as três pontas da moderna operação jornalística: produz uma revista que surpreende o leitor, suplementa suas informações com fartas opções digitais e fecha o processo com eventos que geram movimento e interesse.

Coisa de profissionais.

Por Alberto Dines em 01/10/2013 na edição 766 do Observatório da Imprensa

Cid - o PSB sair do governo Dilma agora é oportunismo

Cid Gomes - governador do Ceará - pensa que Eduardo Campos - dono do PSB - não será candidato a presidência ano que vem. 

"Ele não reúne no momento a mínima condição objetiva para ser candidato a Presidência".

Já fora do PSB, , Cid comparou a conjuntura atual à da sucessão passada. Afirmou que o PSB viveu drama análogo. “Havia os que defendiam a candidatura própria, que era a do Ciro. E havia os que diziam: ‘é melhor a gente reforçar os projetos nos Estados.” Prevaleceu a segunda alternativa. O governador aprofundou a comparação: 

Psicanálise popular

Idiotas fazem análise. Isso não quer dizer que não sejam inteligentes.
Coitados, infelizmente não tem amigos!

Parabéns minha princezinha

Hoje, mais do que ontem desejo que minha filha seja feliz (como se isso fosse novidade)
Te amo filhota

A educação é o único caminho para emancipar o homem

Desenvolvimento sem educação é criação de riquezas apenas para alguns privilegiados
do Estadista LEONEL BRIZOLA

Os blablarineiros estão fazendo muxoxos pela rede

Exigem que o Tribunal Superior Eleitoral considere como válidas assinaturas rejeitadas pelos cartórios eleitorais. Caso contrário a dama do mogno não poderá concorrer às eleições no ano que vem como dona da Rede Sustentabilidade. Como alguém que não consegue cumprir em prazo hábil as exigências para organizar um partido político pretende governar o Brasil? Embora nada impeça que encontre outro que abrigue a sua candidatura.

Marina Silva até hoje foi um desastre público e notório. Como senadora não não teve nenhum projeto transformado em lei que fosse benéfico ao Brasil e aos brasileiros. No Ministério do Meio Ambiente foi uma agente das ONGs e não servidora pública. Durante todo o período no qual esteve a frente da pasta manteve defesa intransigente dos interesses contrários à soberania nacional. Novas usinas de energia, aberturas de rodovias, instalação de ferrovias e portos, tudo foi postergado ou vetado por ela e seus indicados. Nada que revertesse em aumento da produção era visto com bons olhos. As licenças ambientais, até mesmo para obras públicas, não eram liberadas. Atrasou ou impediu tudo que o pôde. Fez tão bem o serviço que se transformou numa heroína dos estrangeiros, como o WWF, o Greenpeace e a família real britânica.

Há três anos não se ocupa de outra coisa que não seja a sua nova candidatura para a presidência da república. Após décadas no PT transferiu-se para o Partido Verde a tempo de disputar em 2010. Depois da derrota, mesmo novata no PV, tentou um golpe para assumir o controle da legenda, como não foi bem sucedida o abandonou em julho de 2011.

Depois da sua saída vagou por mais de um ano e meio até a fundação da Rede Sustentabilidade, o que ocorreu em fevereiro deste ano. Vinte meses para organizar o novo. Diferente de tudo que já tínhamos visto antes na política brasileira. Um partido acima dos demais. Uma ética diferenciada. Uma lufada de ar fresco no embolorado quadro partidário brasileiro. Sem os vícios e defeitos dos seus adversários. Etéreo como a sua líder.

Após esta verdadeira gestação de elefante, enfim veio à luz a Rede. Porém para se registrar um novo partido são necessárias 492.000 assinaturas de apoio de eleitores cadastrados. Exigência que aparentemente seria cumprida com folga. Mera formalidade, tendo em vista que a Marina no mundo virtual é uma das campeãs nacionais com milhões de simpatizantes e apoiadores. Porém a nova política marineira tropeçou onde deveria mostrar a que veio.

A desorganizada Marina e os seus partidários encaminharam 660.000 assinaturas para conferência em 10 de agosto, menos de 60 dias do encerramento do prazo para que um novo partido estivesse apto para as próximas eleições. Como mais de duzentas mil foram rejeitadas, muitas por duplicidade ou falsificação, o número mínimo não foi atingido. Impossibilitando legalmente que esse novo partido seja criado. Passaram-se apenas 36 dias úteis desde a entrega e faltam quatro para expirar a data limite, impedindo a correção das irregularidades. Essa "nova forma" de fazer política não teve capacidade para prever que problemas poderiam ocorrer e agora não admite que errou. Temos aqui no mínimo absoluta falta de competência, para não dizer má-fé. Pretende repassar a responsabilidade por suas próprias falhas para o tribunal. Exige que o TSE efetue o registro. Que a lei eleitoral seja rasgada, que as exigências não sejam cumpridas e assim Marina Silva possa disputar pela Rede a presidência da república.

No DNA da nova política está a pior característica da velha: moldar as leis aos interesses pessoais dos políticos. Nada de novo sob o sol...

Bom dia!

E lembre-se
Gentileza gera gentileza