Eleição 2014

Empolgados com a oportunidade de abocanhar a parcela de jovens eleitores insatisfeitos com a situação política atual, os pré-candidatos a cargos eletivos em 2014 já mudaram o discurso nos programas partidários na TV. 

A forte rejeição aos partidos políticos em geral, observada nas ruas durante as manifestações de junho, se tornou munição para os marqueteiros políticos.

Com base no grito das ruas, eles querem alavancar a propaganda pessoal dos candidatos, de acordo com especialistas ouvidos pelo R7.

Para as eleições do ano que vem, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mais de 140 milhões de brasileiros devem ir às urnas. Deste total, quase 55 milhões são eleitores com idades entre 16 e 34 anos, ou seja, os jovens e adultos jovens (ver gráfico abaixo). É justamente essa fatia do eleitorado a que mais se manifesta nas redes sociais, com linguagem e agilidade próprias. Por isso, ganharam posição central no radar dos políticos brasileiros.

Alternativa à TV e ao rádio, redes sociais prometem esquentar debate político nas eleições de 2014

Ativo no Facebook, Anonymous assume liderança das manifestações pelo Brasil

O coordenador do MBA em marketing político da USP (Universidade de São Paulo), Victor Aquino, afirma que, apesar da expectativa de uma mudança de atitude para as próximas eleições, tudo ficará apenas no discurso. Aquino diz que não há sinceridade na política, somente marketing.

— A tendência é pensar que as coisas vão mudar por causa das passeatas, então todos os partidos e os políticos vão usar um tipo de linguagem para se colocar ao lado das manifestações. Mas só em princípio. Porque o modo de fazer política no Brasil é antigo, é meramente marketing, não há sinceridade. Após as eleições, o político brasileiro vai continuar sendo exatamente o que é.

A professora de marketing político e campanhas eleitorais da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) Rosemary Segurado vai além. Ela acredita que ganhar uma eleição pode até "ser fácil" com uma boa campanha publicitária, mas não garante que a gestão será satisfatória.

— As manifestações organizadas pelas redes sociais, mesmo desorganizadas, foram legítimas, e surtiram efeito, dando um susto no político antigo e antiquado. Mas ainda é muito pouco para estabelecer uma mudança efetiva. Não dá para avaliar se na próxima eleição elas [as manifestações] estarão maduras o suficiente para termos resultado, uma consequência dessa participação política por rede social. Mas pode ser um caminho, uma porta de entrada para que aconteça a mudança.

Redes sociais

Para a professora da PUC-SP, as redes sociais devem ter um papel fundamental na Eleição 2014, principalmente como meio de interação entre usuários interessados em contrapor os meios de informações tradicionais.  

— As redes sociais servirão principalmente para fazer a contraposição com os grandes meios, a cobertura eleitoral deles não é neutra, eles têm preferências e as privilegia.

Outro ponto a favor do ambiente virtual que a professora destaca são os debates de temas polêmicos, diz Rosemary.

— As redes sociais vão trabalhar com debates "subterrâneos" no campo da política. Nos já vimos isso na última eleição, inclusive, com temas polêmicos como aborto sendo discutidos num ambiente no qual a visibilidade é grande, mas onde você consegue se esconder, diferente da TV, que mostra quem você é.

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Para Aquino, o problema dessas redes é a desorganização, a falta de permanência e o esquecimento. Para ele, mesmo legítimo, nem tudo que circula no universo virtual é confiável e duradouro. Por isso, acaba beneficiando os políticos.

— A política foi transformada em profissão, e os políticos estão há muito tempo nisso. Alguns há mais de 15, 20 anos. E eles percebem intuitivamente a desorganização dessas manifestações em massa e passam a querer dominá-las. Eles sabem que a insatisfação tem data para acabar e se beneficiam disso. É isso que vai acontecer, eles vão focar nos jovens, mas, no final, só vai ficar no que a gente chama de discurso.      

A Inocência da segunda-feira

by alex castro

Se você detesta a maldita segunda-feira a culpa não é desse período de tempo em que a terra demora para girar em torno de si mesma que convencionamos chamar de segunda-feira, mas que também poderia se chamar paralelepípedo, clitoris ou Carlos Arthur.

mas das escolhas erradas que você fez ao longo da sua vida e que te levaram ao ponto de detestar o dia em que volta à vida profissional que você mesmo criou para si como o fruto cumulativo das suas escolhas.

e quem diz que essas decisões foram erradas não sou eu --vamos lembrar que eu nem te conheço e não estou te julgando -- e sim o seu próprio desespero durante a semana, seu porre de sexta a noite, sua ressaca de sábado, sua melancolia de domingo e seu mal-humor de segunda.

mas a segunda-feira, coitada, fica lá paradona no calendário e nunca fez mal a ninguém.

o que foi que VOCÊ fez com a sua própria vida?

Porque ainda é domingo

Eu só quero poesia
Quero minha companhia
Quero Nostalgia
Quero até melancolia
Quero não ter que querer mais nada...
... ...
Ah uma coisa eu ainda quero
A voz de Elis Regina
Um afago n´alma!

"Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais

Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos

E um filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo

Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros e nada mais!
Onde eu possa plantar meus amigos

Meus discos meus livros e nada mais!
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e meus livros e nada mais!"

Curupaco, curupaco




Pronto, meu papagaio já aprendeu falar "pragmatismo político", "tripé" e "sustentabilidade. Já está em condições de igualdade para debater com Blablarina.

F. Rodrigues

EUA, a maior pirâmide financeira de todos os tempos

O esquema de financiamento dos EUA é um modelo visivelmente não sustentável.

Todos sabem quem está sustentado esse esquema.

O que o mundo pergunta hoje é:

Quando a China vai desmoronar a pirâmide?

A data exata ninguém sabe.

Mas, que isso é apenas questão de tempo até o mundo mineral sabe que acontecerá.

Nesse dia a crise de 29 será uma doce lembrança.

Abaixo mais uma palhaça de um movimento negro sobre a luta contra o racismo

Na minha opinião igualitária, a maioria dessas pessoas que comandam ongs e movimentos negros contra o "racismo", não passam de um bando de complexados.

Leiam: "O vazamento de um pedido de Walcyr Carrasco à produção de “Amor à Vida” foi suficiente para iniciar mais uma polêmica em torno da trama das nove da Rede Globo. O autor solicitou que mudassem o visual de Jayminho, criança adotada por Niko (Thiago Fragoso) e Eron (Marcello Antony), e recebeu duras críticas nas redes sociais.

Embora Carrasco negue a informação, o blog teve acesso ao texto, no qual o novelista explicou sua decisão: “Tenho ouvido críticas muito pesadas e rejeição, principalmente ao cabelo dele. Eu quero um personagem bem aceito”.

No Twitter, o autor se defendeu: “Só quero lembrar que eu escrevi “Xica da Silva”, primeira novela com protagonista negra no Brasil. Isso sim é lutar contra o preconceito” e se explicou: “Mas a verdade é essa: só pedi para mudar o visual de Jayminho porque ele foi adotado por alguém de dinheiro. É o que aconteceria”.

Diante de tantas acusações, Carrasco perdeu a paciência. “Bem, se não estão felizes com o que estou fazendo contra o preconceito, tiro o personagem da novela e acaba a polêmica”, escreveu.

Verdade seja dita, colocar um casal gay para adotar uma criança negra com tanto amor, principalmente no caso de Niko, é sim levantar uma bela bandeira contra o preconceito.

Parêntesis: se não houver alteração no capítulo, Jayminho aparecerá com visual novo no dia 8 de novembro."

Gente, já imaginaram se a secretária do Felix fosse uma negra e ele a chama-se de macaca?...

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Todos contra Dilma

[...] Lula e o PT

O fenômeno tem se repetido – na Bolívia, na Argentina, no Equador, no Brasil. Setores que saem dos governos – ou que sempre tinham se oposto – supostamente pela esquerda, percorrem uma trajetória que os leva a se situarem como oposições de direita.

Evo Morales, Rafael Correa, os Kirchner, Lula e Dilma – teriam “traído”. E seriam piores que outros contendores, porque seguiriam fingindo que defendem as mesmas posições que os projetaram como grandes líderes nacionais. Por isso tem que ser frontalmente combatidos, derrotados, destruídos, sem o que os processos políticos seguiriam retrocedendo e não poderia avançar.

Foi assim que setores que eram parte integrante do governo de Evo Morales declararam que ele é o inimigo fundamental a combater, porque teria “traído” o movimento indígena. Daí a proposta de uma frente nacional contra ele, que incorporaria a todos os setores opositores, não importa quão de direita sejam. 

A mesma coisa com Rafael Correa. Teria “traído” a defesa da natureza e se passado a um modelo extrativista, tornando-se o inimigo fundamental a combater. Daí que setores que se reivindicam porta-vozes dos interesses dos movimentos indignas e ecologistas, se aliam expressamente à direita, para combater a Correa.

Na Argentina, os Kirchner teriam “traído” o peronismo, daí setores que faziam uma critica de esquerda ao governo – expressados, por exemplo, no peronista Pino Solanas – se aliam a setores de direita – como Elisa Carrió, entre outros -, para combater ao governo de Cristina Kirchner.



Poderíamos seguir com a Venezuela, com o Uruguai, porque o fenômeno se repete. Para poder operar essa transição de uma oposição de esquerda a uma de direita, é preciso demonizar os lideres desses processos, que seriam, piores do que a direita, daí a liberação para alianças com esses setores contra os governos. 

No Brasil o fenômeno se deu, inicialmente, com o PSol e Heloisa Helena, que abertamente fizeram aliança com toda a oposição contra o governo Lula. Com a Globo, com os tucanos, com todos os candidatos opositores, na ação desenfreada e desesperada para tentar impedir a reeleição do Lula. 

Abandonaram as críticas de esquerda – sobre o modelo econômico e outros aspectos do governo – para se somarem à ofensiva do “mensalão”, sem diferenciar-se do tom da campanha da direita.

O fenômeno teve continuidade com a Marina, que repetiu de forma mecânica a trajetória da Heloisa Helena na volúpia contra o governo Lula e a Dilma, quatro anos mais tarde. O destempero faz parte do processo de diabolização, que se caracteriza sempre, também, pela ausência de qualquer tipo de critica à direita – à mídia monopolista, ao sistema bancário, aos tucanos, aos EUA.

A relação desses setores com a direita tradicional é explicita: a essa ausência de criticas à direita corresponde uma promoção explícita dos candidatos que se dispõem a esse papel: Heloisa Helena, Marina, agora Eduardo Campos.
Todos contra o Evo, todos contra o Rafael Correa, todos contra a Cristina, e assim por diante. Aqui, agora, todos contra a Dilma.



Não há nenhuma duvida que o campo opositor está composto pelas candidaturas do Aecio, do Eduardo Campos, ao que se soma agora a Marina. As reuniões de Eduardo Campos com Aecio, a entrada do Bornhausen, do Heraclito Fortes, entre outros, para o PSB e o discurso “anti-chavista” da Marina, completam o quadro. Vale tudo para tentar impedir que o PT siga apropriando-se do Estado brasileiro para seus fins particulares, impedindo que o Brasil se desenvolva livremente.

Nenhuma palavra sobre o tipo de modelo econômico e social que desenvolveria caso ganhassem. Nenhuma palavra sobre o tipo de inserção internacional do Brasil. Nada sobre o papel do Estado. Silêncio sobre tudo o que é essencial, porque do que se trata é de tentar derrotar a Dilma.

Na verdade hoje a direita – seus segmentos empresariais, midiáticos, partidários – já se contentaria em conseguir que a Dilma não triunfasse no primeiro turno. O que vier depois disso, será lucro. 

Em todos os países, esses setores tem sido derrotados fragorosamente. Suas operações politicas não tem dado resultados, por falta de plataforma, de lideranças e de apoio popular.

Aqui também tem acontecido isso. O PSol foi ferido de morte por suas atitues em 2006. Marina abandona a plataforma ecológica para assumir o anti-comunismo de hoje (o anti-chavismo) e se somar à politica mais tradicional, sem sequer ter conseguido as assinaturas para registrar seu partido.

Termina no Todos contra a Dilma, cada um do seu jeito, mas com o objetivo comum. Esse cenário politico tem Evo, Correa, Cristina, como teve a Lula e agora tem a Dilma, como referência central. Os outros são os outros, sem plataforma, sem lideranças e sem apoio popular.


por Emir Sader

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