mensagem da Vovó Briguilina

A felicidade não é um objetivo a ser alcançado.
Felicidade é o espírito que deve conduzir sua caminhada.

IV Avatar: pig faz bullying

Tal como a palavra "terrorista" teve sua função de massacrar, humilhar, perseguir e até matar na ditadura militar, hoje se usa a palavra "mensaleiro",sendo que os interesses americanos são os mesmos, a elite é a mesma, parte do povo desinformado é o mesmo e os presos politicos são os mesmos:

 Não satisfeita com condenação e prisão de Genoíno, Dirceu & Cia a mídia corporativa faz bullying que pode levá-los à pena de morte, por Antônio Mello, em seu blog 

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva por pessoa ou grupo contra outra pessoa ou grupo.

Não é o que a imprensa está fazendo com Dirceu, Genoíno & Cia, mas especialmente os dois primeiros?

Não basta que estejam presos. Eles são humilhados. Doença, menosprezada. Anúncio do emprego de Dirceu, ridicularizado. Direitos, tratados como mordomia. Sofrimento, recebido com alegria, satisfação e zombaria. Isso todos os dias as 24 horas do dia.

A todo instante a incitação ao linchamento moral, que, no caso da Papuda, pode se transformar em linchamento físico (já se anuncia aqui e ali uma "insatisfação dos demais presos" com supostas "regalias" ao grupo). Parece ser o que desejam. A pena de morte.

privado é bom. Público não presta!

A gente não é a nova direita, até porque a gente não acredita nessa coisa de esquerda e direita. As pessoas dizem isso só porque a gente defende o Estado mínimo. É claro que a gente defende: tudo o que é privado funciona. Tudo o que é público é uma droga.

Pensa bem: o mundo não seria muito melhor se fosse uma grande empresa, com wi-fi, coffee break e um bom termostato? Não existe nada mais deprimente que uma repartição pública. Ou que o piscinão do Sesc.

Todo mundo sabe que os melhores hospitais são os privados: o médico ganha melhor e o paciente é mais bem tratado. Quem sai perdendo com a privatização da saúde? O PT, que ganha uma baba com essa festa da uva que é a saúde pública. Iam perder essa bocada. Pior para eles. E para os médicos da saúde pública, que hoje em dia estão de papo para o ar e do dia para noite teriam que trabalhar que nem todo mundo.

A educação é a mesma coisa. Só mesmo privatizando para acabar com a farra dos professores. Precisava de um bom Roberto Justus para dizer: você está demitido. Duvido que ia ser essa festa --você já viu a Coca-Cola entrar em greve? Não entra. O que falta na educação é alguém para fazer a limpa e deixar só quem presta.

Aí vocês me perguntam: e aqueles que não podem pagar por educação ou por saúde? De repente, isso é bom para dar uma sacudida neles. O mundo é meritocrático. O que isso significa? Significa que eu não ralei a bunda por cinco anos numa faculdade privada das 9 às 5 da tarde pegando trânsito todo dia e tendo que fazer matérias que eu não queria, algumas inclusive de religião, para botar os meus filhos na mesma escola que o filho do motoboy que levou o meu retrovisor.

Agora, se o motoboy tiver que pagar caro pelos serviços, tudo muda. Ele pensa: "Eu tenho que trabalhar, senão não vou enriquecer, senão meu filho com leucemia não vai ter tratamento". Resultado: desemprego zero. Crescimento a toque de caixa. Não adianta: sem a obrigação de trabalhar, o povo não trabalha.

Bom mesmo era entregar o país nas mãos de um puta empresário. Tipo o Eike. Ou o presidente da Gol. Esse daí é um gênio. "Acabou essa festa de todo mundo ganhar barrinha de cereal. Agora você tem que pagar por ela. E caro." É disso que o Brasil precisa: de um bom CEO, com MBA no exterior, que manje de marketing, "people management" e Excel. Vou ligar para o Eike. Vai que ele topa. Acho que hoje em dia ele topa.

Gregório Duvuvier

a imprensa mentirosa engasgada em números

A pesquisa Datafolha sobre intenção de voto para a Presidência da República, publicada pela Folha de S.Paulo no domingo (1/12), produz conclusões controversas e induz à constatação de que há uma relação entre o clima de pessimismo induzido pela imprensa e tais levantamentos de opinião. Resumidamente, o que o instituto constatou foi que a presidente Dilma Rousseff continua a recuperar sua popularidade, cujo crescimento foi interrompido após as manifestações do mês de junho. Paralelamente, afirma-se que a oposição não sabe aproveitar um suposto descontentamento geral da população.

Os dados da consulta aos eleitores mostram a chefe do governo ampliando a vantagem sobre todos os candidatos lançados, mantendo a trajetória ascendente já verificada na versão anterior da pesquisa, realizada no dia 11 de outubro.

Em qualquer um dos nove cenários observados, contra o senador Aécio Neves, do PSDB, contra Marina Silva ou Eduardo Campos, possíveis candidatos do PSB, ou mesmo caso o ex-governador tucano José Serra seja lançado, a vitória seria da atual presidente. O mesmo acontece nas combinações em que se supõe uma candidatura do atual presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.

No entanto, reportagem publicada na edição de segunda-feira (2/12) pelo Estado de S.Paulo revela que 16 dos 32 partidos rejeitariam filiar o presidente do STF para lançá-lo candidato ao governo em 2014. Segundo o jornal paulista, Joaquim Barbosa só seria bem recebido nos partidos de menor expressão, justamente aqueles que o ministro chama de "partidos de mentirinha".

A possibilidade de a eleição presidencial ser resolvida já no primeiro turno, em favor de Dilma Rousseff, aparece em todos os cenários pesquisados pelo Datafolha, exceto no caso de Marina Silva ser apresentada como cabeça de chapa na aliança com Eduardo Campos. Ainda assim, essa é uma hipótese a ser mais bem analisada, em função do contexto em que foram feitas as consultas, ou seja, considerando-se os efeitos da prisão de ex-dirigentes do Partido dos Trabalhadores condenados na Ação Penal 470.

O "pessimismo" da imprensa

Pesquisas de intenção de voto representam pacotes de especulações bem embaladas, e costumam servir mais aos marqueteiros de campanha do que ao eleitorado. No caso desse levantamento feito pelo Datafolha nos dias 28 e 29/11, é interessante observar a análise feita pelos diretores do instituto e ponderar suas convicções com a observação da própria imprensa.

Dizem os analistas que a presidente Dilma Rousseff termina o ano de 2013 com a popularidade em alta graças à "ineficiência da oposição", que não teria sabido explorar um "desejo de mudança" identificado no eleitorado. Os responsáveis pela pesquisa também afirmam que a oposição não produz a estratégia adequada para se valer de um suposto "maior pessimismo quanto ao desemprego e à inflação, em patamares próximos aos verificados no início de junho, antes dos protestos".

Para começo de conversa, é preciso questionar essa afirmação: no início de junho os números conhecidos da inflação eram os de abril, que se mantiveram em torno de 6,5% até o fim de maio. Em outubro passado, a inflação era de pouco mais do que 5,8%, e nA segunda-feira os analistas reduzem a expectativa inflacionária para 2013.

Além disso, não há cenário pessimista quanto ao desemprego, ao contrário: considerados os aspectos demográficos, com grande número de famílias que preferem ver seus jovens buscando maior escolaridade, há especialistas afirmando que o Brasil vive em situação de pleno emprego há pelo menos dois anos. A própria imprensa tem registrado que o financiamento da educação cresce entre os itens de consumo das famílias, priorizando-se o estudo em vez do emprego.

Ora, quais seriam, então, os sinais de "um maior pessimismo quanto ao desemprego e à inflação" detectados pelos diretores do Datafolha, que os estrategistas da oposição supostamente deveriam explorar?

Na segunda-feira (2/12), os sites especializados e alguns informativos da chamada mídia tradicional informam que os economistas do mercado "baixaram novamente" as expectativas para a inflação deste ano, ao mesmo tempo em que ajustaram para cima as previsão de crescimento da economia brasileira, de acordo com o relatório de mercado do Banco Central.

A conclusão é a seguinte: a imprensa inventa uma crise que não existe, e o Datafolha lamenta que a oposição não tenha aproveitado o noticiário para ganhar eleitores.

por Luciano Martins Costa

Hipocrisia a 100% e nossa matilha de vira-latas

Lord Byron costumava dizer que, na Inglaterra, a única homenagem que se prestava à virtude era a hipocrisia. Mas a frase de Byron pode ser aplicada a qualquer império. Com efeito, nas relações internacionais das grandes potências o que predomina é uma flexível "ética de lupanar", diriam os analistas mais diretos. "Realpolitik", diriam os mais elegantes.

O caso do programa nuclear iraniano, objeto de acordo recente, é emblemático.

Pode parecer estranho, mas esse programa não foi desenvolvido pelos aiatolás, religiosos mais afetos às leituras do Corão do que ao desvendamento da intrincada tecnologia ocidental. Tampouco caiu de nenhum dos sete céus nos quais acreditam os muçulmanos. 

Na realidade, ele caiu do colo do Departamento de Estado dos EUA.

Do colo dos EUA para o colo do regime do Xá Reza Pahlevi, ditador tão sanguinário quanto pomposo, que se autoproclamava herdeiro de Dario e Xerxes. De fato, o primeiro reator nuclear iraniano, inteiramente construído pelos EUA, começou a operar já em 1967, com urânio enriquecido a 20%, o mesmo grau de pureza que hoje se proíbe ao Irã. Posteriormente, o Xá firmou um acordo para que os EUA construíssem no Irã nada menos que 23 usinas nucleares até 2000. 

Outras potências se juntaram a esse notável esforço em prol da segurança mundial. A Alemanha firmou, em 1975, acordo com Teerã para a construção de duas grandes centrais nucleares baseadas em água pressurizada, um investimento de US$ 6 bilhões. A França criou com o Irã a Sofidif (Société franco–iranienne pour l'enrichissement de l'uranium par diffusion gazeuse), mediante um investimento de US$ 1 bilhão. Com a sociedade criada, o Irã teria o direito de usar 10% do urânio enriquecido. 

Mas não ficou só nisso. Em 1976, os EUA ofereceram ao Irã uma usina de reprocessamento de material radioativo, que permitiria aos confiáveis descendentes do Império Persa o domínio de todo o ciclo nuclear e a fabricação de plutônio, material com o qual se pode construir uma bomba atômica. Uma bem "suja" e tóxica.

O Xá chegou a virar garoto-propaganda da indústria nuclear internacional. Entre um telefonema e outro para a Savak, sua polícia secreta, responsável pela tortura e morte de milhares de desobedientes vassalos, o Xá achou tempo para pousar, sorridente, em propagandas de fabricantes de reatores nucleares.

É evidente que os EUA, com todas essas ofertas, estavam começando a criar as condições para um possível armamento nuclear do Irã, na época grande aliado dos norte-americanos no Oriente Médio. Relatório da CIA de 1974, já "desclassificado", indicava claramente essa possibilidade. Segundo o relatório, se o Xá ainda estivesse vivo em meados da década de 1980, e se outros países da região se armassem (notadamente a Índia, como de fato aconteceu) o Irã, "sem dúvida", seguiria o mesmo caminho. Estranhamente, isso não parecia inquietar muito Washington. 

Tudo mudou com a queda de Pahlevi. Todos os acordos e contratos foram cancelados ou revistos, mesmo sendo instrumentos jurídicos de Estados, e não de governos. Em alguns casos, o dinheiro dos investimentos iranianos sequer foi devolvido, como aconteceu com a sociedade francês-iraniana para o enriquecimento de urânio. 

Entretanto, como o Irã, ao contrario de Israel, é signatário do TNP, que diz que é "direito inalienável de todas as Partes do Tratado" desenvolverem a energia nuclear para fins pacíficos, "sem discriminação", os aiatolás acharam que poderiam prosseguir com o programa, sem a devida autorização da superpotência. Ledo engano. Com o tempo, a pretensão do novo regime iraniano foi sendo sepultada por uma série de embargos e duras sanções econômicas.

Os aiatolás foram, quiçá, demasiadamente confiantes. Acreditaram em tratados e contratos. Talvez a mesma confiança que desgraçou o nosso embaixador Bustani, em episódio bem conhecido. Bustani provavelmente também acreditava em tratados e imperativos morais kantianos. Prevaleceram no seu vergonhoso episódio, contudo, os pragmáticos conselhos ao grande Príncipe, que cinicamente o defenestrou, com a hipócrita omissão do governo brasileiro da época. 

Outra vítima desse brutal cinismo foi Lula. Ele também levou a sério o multilateralismo e a construção conjunta da paz. Lula, com o apoio explícito de Obama, fechou um acordo magistral com Teerã sobre o programa nuclear.

Tal acordo, praticamente idêntico ao que havia sido tentado 6 meses antes, sem êxito, pelos EUA, previa o envio de 1.200 quilos de urânio enriquecido iraniano para o exterior e tinha dois efeitos imediatos: a) impossibilitava a construção de qualquer artefato nuclear por parte do Irã, pois para isso seria necessário enriquecer a mais de 90% cerca de 2.500 quilos de urânio levemente enriquecido, sendo que os iranianos ficariam com apenas cerca de 800 quilos, e b) abria as portas para uma cooperação pacífica entre o Irã e as potências ocidentais. El Baradei, ex-diretor da AIEA, uma das maiores autoridades mundiais no tema, deu pleno apoio ao acordo. Gary Sick, que foi membro do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, considerado um dos maiores especialistas norte-americanos em Irã, afirmou que "ter o Brasil e a Turquia trabalhando ativamente para desenvolver uma nova abordagem da questão iraniana era uma enorme vantagem para os EUA". Essa ação, segundo Sick, tinha "valor incalculável para progressos futuros".

Mas prevaleceu, de novo, o cinismo imperial. Os EUA, que não esperavam o êxito do Brasil, preferiram sabotar o bom acordo. É que o acordo retirava protagonismo dos EUA numa região estrategicamente sensível. Eles ficaram melindrados com o êxito alheio e receosos quanto a manter o controle absoluto do processo de negociação. Ademais, havia, e ainda há, o interesse em desestabilizar o regime iraniano. 

Tão inesperada quanto essa cínica sabotagem dos EUA foi a hipócrita reação em âmbito interno. Nossa lamentável matilha de vira-latas se regozijou com a sabotagem contra o Brasil e criticou o presidente por sua indevida ingerência nas "brigas de cachorros grandes". Agora, devidamente autorizados pelo Big Dog, abanam os rabos para um acordo que, como já notaram alguns, é inferior ao obtido pelo Brasil, pois não retira do território iraniano uma única grama do urânio enriquecido a 20% e inviabiliza a produção de isótopos para fins medicinais. 

Uma hipocrisia enriquecida a 100%. 

Por Marcelo Zero

A quem FHC pensa que engana com sua conversa de virgem num lupanar?

Apoiar a brutalidade de Joaquim Barbosa  –primeiro verbalmente, agora num artigo — foi uma das coisas mais baixas que FHC fez em sua vida política.
Octogenário, vivido, inteligente, FHC não tem o direito de achar que alguém possa acreditar, como ele disse, que a Constituição foi defendida com as prisões.
Ora, FHC comprou a Constituição em 1997 para poder se reeleger. Como contou à Folha na época um certo “Senhor X” – que até os mortos do cemitério de Brasília sabiam tratar-se do deputado Narciso Mendes, do Acre – sacolas com 200 mil reais (530 mil, em dinheiro de hoje) foram distribuídas a parlamentares para que a Constituição fosse alterada.
Os detalhes oscilam entre a comédia e a tragédia, como contou Mendes. Os parlamentarem tinham recebido um cheque, como garantia. Comprovado o voto, os cheques foram rasgados e trocados por sacolas cheias de dinheiro, como numa cena de Breaking Bad, a grande série em que um professor de química com os dias contados vira um traficante de metanfetamina para garantir o futuro da família.
E sendo isso de conhecimento amplo, geral e irrestrito FHC defende, aspas, a Constituição que ele comprou há 16 anos?
FHC, no fim de sua jornada, lamentavelmente vai se tornando parecido com o sinistro Carlos Lacerda, o homem – ou o Corvo, como era conhecido —  que esteve por trás da morte de Getúlio e da deposição de Jango.
FHC, em nome sabe-se lá do que, se presta hoje a fazer o jogo de uma direita predadora que, à míngua histórica de votos, faz uso indecente de “campanhas contra a corrupção” para derrubar administrações populares.
É, numa palavra, o antipovo.
Sêneca, numa de suas passagens mais inspiradas, disse o seguinte: “Quando lembro de certas coisas que disse, tenho inveja dos mudos”.
É uma passagem que se aplica perfeitamente a FHC.
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira, baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Data vênia, presidenta Dilma, não há “política” com dois “pês”: política ou Política – é a mesma coisa

Assim como não há Economia e economia, sociologia e Sociologia, diplomacia e Diplomacia, Medicina e medicina.
Nem Jornalismo e jornalismo.
É uma coisa só.
Há maus profissionais em todos os campos: da Estatística à Agrimensura.
Déda foi político.
A tentativa – certamente involuntária – de distinguir a “Política” da “politica” é exatamente o que têm feito, sistematicamente, os adversários do Déda e da Dilma.
Desqualificar a política para dar poder aos economistas de bancos – travestidos de colonistas (*) do PiG (**) – e aos ministros do Supremo Tribunal Federal.
É exatamente esse o mal maior da campanha mediática do presidente Barbosa, como observou, agudamente, o Marcos Coimbra.
Estigmatizar a “Política” como “política”, como sinônimo de corrupção, de roubalheira, malfeito, safadeza, helicóptero, privataria, trensalão – é o que a Big House mais quer.
Quanto menos política houver – clique aqui para ler sobre o analfabeto político, aquele a quem o Lula e o Brecht se referiram, como indireta à Bláblárina -, mais fácil o Golpe.
É tirar o poder do Déda e dar ao Gilmar.
É isso o que significa desmoralizar a política.
Deda foi político.
Maiúsculo e minúsculo.
E o involuntário deslize presidencial, minúsculo.
Paulo Henrique Amorim