Valeu José de Abreu

Sabemos que de um amigo sequer esperamos agradecimento. Mas, agradeço mesmo assim!

Twitteres do Amigo José de Abreu




  • “até que o governo e o PT tomem uma atitude ENÉRGICA contra a prisão POLÍTICA do Zé Dirceu, não contem comigo pra mais nada!”  
  • “Sem Dirceu Lula jamais seria eleito. Dilma nem existiria nacionalmente. Chega de contemporizar. Vou me concentrar na luta pela Justiça”  
  • “Nem venham com o lugar comum de que minha atitude ajuda a oposição, dane-se! Quero ver meu amigo ser defendido pelos Companheiros”
Assino embaixo!
Joel Leonidas Teixeira Neto

Prece

Poesia - o mundo inteiro

A rocha
A pedra
A areia
O pedregulho

O braço, o ombro, o rosto, o queixo
Um buraco pra cavar e uma concha pra guardar

O mundo inteiro é um vasto lugar

O mel, o favo, a abelha, o zumbido
A espiga, o sabugo, o milho assado, o milho cozido

O tomate maduro
A erva de cheiro

O mundo inteiro é um canteiro

O mundo inteiro é novo e antigo
Ancião e menino

Corre, tropeça,  escorrega
Vira, derruba, esparrama
Segue em movimento

O mundo inteiro é frio quente e não descansa um segundo

O mundo inteiro somos nós!
Nós somos o mundo inteiro!

De Liz Garton Scalon

A decadência do Jornal Nacional

Nos anos 1980, quando eu era um jovem repórter da Veja, a redação, no sétimo andar do prédio da Abril na marginal do Tietê, se alvoroçava quando eram 8 da noite.

Uma televisão, no fundo da redação, começava a passar o Jornal Nacional. A redação parava, mesmo em dias de fechamento, e só voltava a funcionar quando o JN terminava.

Não era só a Veja que parava. Era o Brasil. O JN tinha então 70% de audiência, em média. Às vezes mais. Ditava a agenda política e econômica do país. Roberto Marinho — que na busca de favores da ditadura dizia que a Globo era “o maior aliado” dos generais na mídia, conforme mostram documentos de Geisel reunidos em livro —  teria dito que notícia era o que o JN dava.

Para mim, o JN acabaria com minha saída da Veja rumo à Exame, em 1989. Perdi o hábito de vê-lo e jamais senti falta. Não voltei a ver sequer quando trabalhei na Globo, em meados dos anos 2 000. Nas reuniões do Conselho Editorial da Globo, às terças de manhã, eu chegava sem ter a mínima ideia do que o JN dera ou deixara de dar, e tinha uma certa dificuldade em me engajar em algumas conversas.

Muita gente fez o que fiz, por variados motivos. (O meu foi o incômodo em ver tanto foco em desgraças depois de ter visto o JN, na ditadura, mostrar um país paradisíaco aos brasileiros. Também o conteúdo influía bem menos na Exame do que na Veja.)

Todas essas reminiscências me ocorrem ao ler que esta semana o Jornal Nacional bateu seu recorde negativo de audiência ao chegar a 18%.

É uma derrocada notável – e irremediável. Em alguns anos, os 18% parecerão muito diante da audiência que sobrará para o principal telejornal do Brasil.

O que ocorreu?

A tentação é dizer que é a ruindade técnica do JN que afastou o público. Mas, mesmo pobre o jornalismo do JN, não é esta a razão primeira do declínio.

Isto quer dizer que não adiantaria nada – pelo menos no Ibope —  trocar o diretor de telejornalismo da Globo, Ali Kamel, por alguém mais criativo e talentoso. Ou tirar Bonner, que já deve ter mais seguidores no Twitter que espectadores no telejornal que apresenta.

A real causa se chama internet.

A internet é uma mídia que os analistas classificam como “disruptora”: ela não se integra às demais, como sempre aconteceu na história do jornalismo. Ela mata.

As demais mídias – tevê aberta incluída – são progressivamente engolidas pela internet.

A situação do JN é análoga à que enfrenta a Veja. A revista definha em circulação, publicidade, influência, importância – em tudo, enfim. Não adianta nada trocar o diretor de redação. Mesmo que a Veja voltasse a ter a qualidade notável da década de 1980, sob o comando dos diretores JR Guzzo e Elio Gaspari, nem assim os leitores retornariam, porque o produto se tornou obsoleto.

O milagre da Globo, hoje, é conseguir faturar como nunca, com audiências em colapso em todas as frentes, dos telejornais às novelas.

Proporcionalmente, a Globo ganha em publicidade mais do que ganhava quando alcançava três ou quatro vezes mais pessoas.

Isso se deve a uma coisa chamada BV, Bônus por Volume, uma espécie de propina que é paga às agências de publicidade para que anunciem na Globo.

Foi uma invenção de Roberto Marinho, depois seguida pelas outras grandes empresas de mídia do país, mas com resultados insignificantes se comparados aos da Globo.

Hoje, muitas agências dependem do BV para sobreviver.

Graças a isso, com cerca de 20% do mercado de mídia, a Globo tem 60% do bolo publicitário, uma bizarrice.

Isso vai mudar quando os anunciantes – que afinal pagam a conta – se recusaram a pagar tabelas cada vez maiores por produtos que alcançam cada vez menos pessoas.

Quanto ao Jornal Nacional, vive em boa parte das audiências passadas.

Políticos que fizeram carreira vendo-o influir tanto, sobretudo nos anos 70 e 80, parecem guardar dele a imagem poderosa de antes.

É a geração que está hoje no poder. “O pessoal morre de medo de 30 segundos do Jornal Nacional”, me disse recentemente um desses políticos.

Ele estava falando da dificuldade em fazer o Congresso discutir a regulação da mídia. Por isso, mesmo com uma audiência raquítica, o JN continua a ser um fator de obstrução de avanços sociais.

Novas gerações de políticos vão ver o JN não pelo que foi, mas pelo que é: um programa cada vez visto por menos gente e, por isso, menos influente a cada dia.

Que venham as novas gerações, até por isso.

Paulo Nogueira é jornalista, fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Os fora-dá-lei

Francisco de Assis
Tornou-se fato sabido e confirmado que uma promotora do Distrito Federal solicitou quebra ampla, geral e irrestrita de sigilo telefonico do Palácio do Planalto.

Assim, o Ministério Público, através de um dos seus membros, atenta e comete um crime contra o Estado Brasileiro, ao solicitar quebra de sigilo da Presidência da República sem amparo funcional e legal para isto, e sabendo, /*por dever de ofício*,/ que apenas ao Procurador-Geral da República é dado o poder de investigar a Presidência da República, nos limites estritos da Constituição e das Leis.

O Poder Judiciário, através de um dos seus juizes, sabedor, /*por dever de ofício*,/ da flagrante ilegalidade e inconstitucionalidade do pedido, em vez de repeli-lo, chamar a atenção e denunciar a tentativa de crime contra o Estado Brasileiro por parte do membro do MP, ignora a tentativa criminosa e criminosamente dá sequencia legal ao pedido, encaminhando-o ao Presidente do Supremo Tribunal Federal.

O Presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, sabedor, */por dever de ofício/*, da flagrante ilegalidade e inconstitucionalidade do pedido, não toma as atitudes a que é obrigado, pela Lei e pela Constituição, de rejeitá-lo de imediato, repreender o juiz da VEP e ordenar que seja investigado, e solicitar do Procurador-Geral da República, Chefe do Ministério Público, a imediata investigação da quebra de hierarquia do membro do MP em questão.

O mesmo ministro Joaquim Barbosa, que há pouquíssimo tempo /aprovou a insubordinação e quebra de hierarquia /praticada pelo mesmíssimo juiz da VEP, ao questiionar diretamente um Governador, poder atribuído pela Constituição apenas ao STJ e ao STF, no Poder Judiciário. /E que, inclusive, mandou arquivar o procedimento disciplinar aberto no TJ-DF contra este juiz da VEP, incentivando assim a insubordinação e quebra de hierarquia no Poder Judiciário/.

O Chefe do Ministério Público, o PGR Ricardo Janot, não demonstra ter tomado qualquer iniciativa contra o membro do MP que, insubordinando-se e quebrando a hierarquia do MP, /arvorou-se as funções do próprio PGR /numa tentativa de crime contra o Estado Brasileiro, nos seus três poderes constituintes. Detentor da iniciativa penal, tampouco toma atitudes contra o juiz da VEP, e nem mostra que tenha, pelo menos, solicitado informações a respeito do TJ-DF e do Supremo Tribunal Federal.

A Presidência da República e o Congresso Nacional, talvez aguardando as iniciativas claramente devidas pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público, se mantêm em silêncio.

Fica a pergunta: o Presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa pode, impunemente, abrir as portas da anarquia, ao aprovar a insubordinação e a quebra de hierarquia no Poder Judiciário e no Ministério Público ? 

"Não vamos recuar um milímetro da disputa política"

Dilma Roussef disse essa frase depois do "suposto" encontro com João Roberto Marinho. Pelo editorial da revista Época e demais conteúdo dos veículos da família, ele não teve seus interesses atendido.
O menino rico e mimado não foi atendido. Mandou seus capachos malhar o governo.
Corja!
Leiam abaixo uma palhinha do editorial:

"Um clima de desencanto se espalhou pelo país com a enxurrada de más notícias que se abatem sobre o país, como as pragas do Egito. Alta na inflação, falta d'água, risco de apagão, atraso nas obras da Copa, intervenção na Olimpíada, corrupção na Petrobras e em tantas outras esferas de governo – a situação realmente não está fácil"

De que país esse pena-paga está falando? 

Enfim um candidato de direita assumido

... E outro candidato da direita (enrustido - Eduardo Campos) 
Aécio Neves (PSDB) assume a redução da maioridade penal, o fim do Mercosul, o Estado mínimo e as privatizações. Melhor assim: teremos uma disputa eleitoral que irá além do denuncismo udenista ou do conservadorismo religioso e moral que o também tucano José Serra inaugurou em 2010.
Da nossa parte, do PT, vamos enfrentar a disputa indo além da necessária comparação entre os oito anos de FHC e os 12 anos de Lula e Dilma – algo para o qual o ex-ministro José Dirceu sempre chamou atenção.
Vamos também defender o nosso ideário de esquerda, democrático, popular, social. Nossa política de desenvolvimento social, com radical distribuição de renda.
Devemos enfrentar o debate sobre o papel do Estado, sobre as reformas política e tributária, sobre os sistemas financeiro e bancário, sobre as estatais e sobre as mudanças sociais que fizemos no país.
Sem medo, vamos enfrentar o debate sobre a corrupção e o financiamento de campanha.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e Aécio não têm autoridade nenhuma para dar lições sobre ética. E se iludem ao acreditar nas suas próprias profecias, pessimismo e baixa estima.
O Brasil real mudou nesses últimos 12 anos e falará nas urnas em outubro.