Cresce o medo da vanguarda do atraso ante participação popular

O negócio chegou ao nível de pânico: a oposição formou uma frente de 10 partidos para barrar o decreto da presidenta Dilma Rousseff que cria os conselhos populares, novas instâncias de negociação e comunicação com a sociedade, através das quais os órgãos públicos devem consultar os movimentos sociais antes de tomarem determinadas deliberações.
Toda essa reação é ao decreto publicado na semana passada pela presidenta Dilma. O texto institui a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS), a regulação da relação do governo com os setores organizados da sociedade. Os integrantes dos conselhos não serão remunerados e suas propostas não serão obrigatoriamente levadas adiante pelo poder público.
Essa frente de 10 partidos constituída ontem decidiu apoiar o pedido de urgência na votação de um projeto de decreto legislativo que pretende barrar os conselhos populares criados pela presidenta. Para a oposição, o decreto seria uma forma de burlar a democracia representativa e permitiria o “aparelhamento” por aliados do governo.
Lá vêm eles, com a história do “aparelhamento”…
Por isso o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), apresentou o projeto que revoga o decreto presidencial e articulou a frente dos 10 – integrada além do DEM, pelo PPS, PSDB, PR, PRB, Solidariedade, PV, PSB, PSD e PROS.  “O presidente da Câmara afirmou que até amanhã (hoje) dará posição sobre a inclusão da urgência da minha proposta na pauta. Essa medida de Dilma Rousseff é inconstitucional, antidemocrática e uma afronta ao Congresso Nacional”, justifica Mendonça.
O governo nega que o decreto afronte a Constituição e espera que o Legislativo mantenha a criação dos conselhos. “Não acredito que o Congresso Nacional praticará esse ato de simplesmente querer anular aquilo que é uma conquista histórica da democracia brasileira, que é a participação social. Eu queria fazer uma apelo para que as pessoas, pelo menos nesse caso, tirassem aquilo que eu chamei da ‘clivagem eleitoral’, da leitura apenas eleitoral de cada ato do governo”, defendeu o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral).
Candidata a vice-presidente do PSB, a ex-senadora Marina Silva, defendeu a criação dos conselhos, mas viu viés eleitoreiro na medida. “É fundamental que os governos façam coisas com as pessoas e não para as pessoas. Mas isso é para ser feito ao longo de toda uma vida, e não apenas vinculado à eleição”, disse.
Para fechar o cerco, hoje tem até jornal fazendo editorial contra. Agora, também, rasgaram a fantasia e expõem os reais motivos do medo: temem o risco de “aparelhamento” dos conselhos. De conselheiros que nem serão remunerados? No fundo, temem mesmo é o que dissemos ontem aqui: temem a participação popular, temem o povo, que eles acham que só deve ser ouvido na hora de votar. E olhe lá…
pela Equipe do Blog de Zé Dirceu

O manifesto digital

Federico García Lorca é, ao lado de Miguel de Cervantes, o escritor espanhol mais conhecido e lido tanto na própria Espanha, como no resto do mundo. Poeta e dramaturgo, de uma obra intensa, marcada por codificações simbólicas: a lua, a morte, a terra, a água, o cavalo, a criança...
Lorca criou um dos mais belos teatros do século XX, introduzindo em suas peças uma linguagem poética singular. Sua insatisfação diante da vida transformava os costumes abordados em sua tragédia. Centro de um grupo de intelectuais que passou para a história como a “Geração de 27”, congregou com os maiores nomes do universo da arte e cultura da Espanha do século passado, entre o solar dos seus amigos estavam: Luís Buñuel, Salvador Dali, Antonio Machado, Manuel Falla e Rafael Alberti.
Federico García Lorca foi um dos primeiros a ser vitimado pela Guerra Civil Espanhola, sendo abatido pelos nacionalistas, grupo liderado pelo general Franco, que uma vez no poder, levaria a Espanha a uma ditadura de quatro décadas. Durante a ditadura franquista, o nome do poeta andaluz foi banido e proibido em todo o país. Numa época de conservadorismo dos costumes católicos na Ibéria, as idéias de Lorca, juntamente com a sua homossexualidade latente, foram decisivas para o seu fuzilamento. Se a conduta de idéias e as assimilações de vida de Lorca bateram no preconceito de uma nação, assassinando o homem, o poeta e o dramaturgo eternizaram o mito. Mesmo calada a sua obra por décadas, ela voltou com os ventos da democracia, formando um grande vendaval que fizeram das palavras dilaceradas à luz da lua, um grito que ecoou por toda a península Ibérica, tornando-se um dos maiores nomes da literatura espanhola.

Tendências Musicais no Universo do Jovem Lorca

Federico García Lorca nasceu em 5 de junho de 1898, em Fuente Vaqueros, povoação próxima a Granada, na Andaluzia. Filho mais velho de quatro irmãos, viveu uma infância que marcaria para sempre a sua vida e, principalmente, a sua obra. Todas as vezes que questionado sobre o que escrevia, Lorca aludia à infância como fonte de inspiração. Sua família enriquecera com o negócio do açúcar, formando um núcleo de pequenos proprietários e funcionários administrativos. É na figura da mãe que o pequeno Federico mais se espelha, apesar da sua tendência para a depressão. É com ela que inicia os seus estudos e aprende as primeiras letras. A infância corre-lhe feliz dentro do seio desta família andaluz, que trazia homens que gostavam da vida boêmia e da música, e mulheres que liam Vitor Hugo como modismo.
O mundo da arte abraçou desde cedo “el niño“ andaluz, que se dedicava horas a tocar piano, numa demonstração clara de vocação para a música. Por algum tempo acreditou que o pai o enviasse para Paris, onde pretendia continuar os estudos musicais, mas com a morte de seu professor de piano, António Segura Mesa, não teve como convencer a família, que queria para o filho uma profissão mais “útil”.

Terminado o sonho de ser músico na adolescência, o jovem Lorca seguiu para Granada, matriculando-se em Direito e Filosofia. Sem aptidão para os cursos, logo deles se desinteressa. Concluiria com dificuldade o curso de Direito. É desta época o seu primeiro sucesso literário “Impressões e Paisagens”. É em Granada que começa a desenvolver o seu círculo intelectual, travando conhecimento com António Machado e Manuel Falla, estreitando com eles uma longa amizade.

Em 1919 Lorca seguiu para Madrid, para concluir o curso de Direito. As conturbações culturais assolavam a Europa, que acabara de viver os duros anos da Primeira Guerra Mundial. Era hora de refazer os escombros que a guerra deixara, inclusive o cultural. Sob os ecos do horror da guerra, tudo parecia finito, os ventos reluziam mudanças, os símbolos tomavam dimensões no jogo social e artístico, refletidos em Freud e Nietzsche, incitando códigos que respingariam na obra que o jovem García Lorca começava a traçar. Nesta época publica o seu primeiro poema na “Antologia de Poesia Espanhola”, e começa o projeto de um livro de poemas. O escritor matava de vez o músico. Os versos usurpavam as notas musicais, e o maior poeta da Espanha do século XX estava pronto.
Pinturas
Leia mais em: 
Patronato Cultural Federico García Lorca, órgão que gerencia o funcionamento do local de nascimento do poeta 
Artigos, livros e trabalhos acadêmicos
Ambigüidade trágica e condição materna em García Lorca, por Claudio de Souza Castro Filho
O assassinato de García Lorca e suas repercussões no Brasil, por Luciana Montemezzo
A concepção literária e simbólica encontrada nas Canciones de Federico García Lorca: estudo de caso, de Idalmo Mendes Lara. Dissertação de Mestrado,Universidade Federal de Uberlândia, MG, 2009
Federico García Lorca: "Ele fez mais dano com a caneta que outros fizeram com a arma" . Direitos fundamentais LGBT, de Carlos Alexandre Neves Lima
Federico García Lorca, poeta do século XX e de sempre, por Basilio Miranda
Federico García Lorca: pequeno poema infinito, por José Mauro Brant e Antonio Gilberto. Coleção Aplauso
García Lorca anunciando a Guerra Civil Espanhola, por Syntia Alves
García Lorca, de autor e diretor a alvo dos fascistas espanhóis, por Luciana Montemezzo
Garcia Lorca: na praça, na política e na alma do brasileiro, por Christiane Marcondes
Garcia Lorca, o músico. Manuel de Falla, o humilde, por Osvaldo Colarusso
Mulher, desejo e morte: dramaturgia e sociedade no inseparável triângulo de García Lorca, por Irlei Margarete Cruz Machado. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Uberlândia, MG, 2009
A noite e o dia de Garcia Lorca, por Pedro Corrêa do Lago 
Para o estudo de Lorca no Brasil, por Gilberto Mendonça Teles
A possibilidade de representação visual  na obra de Federico García Lorca, por Susana Giraudo
Sobre o poético e o trágico em Yerma, de Federico García Lorca, por Syntia Pereira Alves 
O teatro de García Lorca: a arte que se levanta da vida, por Syntia Pereira Alves. Tese de Doutorado, PUC-SP, 2011
O trágico no teatro de Federico García Lorca,  por Claudio de Souza Castro Filho. Dissertação de Mestrado, UNICAMP, 2007  
A violência do silêncio: a morte de Federico García Lorca, por Syntia Alves 
Filmes:
O Desaparecimento de Garcia Lorca, direção de Marcos Zurinaga
Do Virtuália
por Jeocaz Lee Meddi

Pet shop

Banho e tosa
Aqui
O teu cão
Sai um gato

Poesia

Ser amado é importante.
Mas,
Essencial é a gente amar.

Fora disso
Tudo mais
É trollagem!

Profissionais de medicina - Revalidem a solidariedade

O fotógrafo Luís Carlos Marigo, que morreu ontem sem atendimento médico na porta o Instituto Nacional de Cardiologia, em Laranjeiras, foi   meu parceiro profissional há 32  anos, numa matéria para a Revista de Geografía Universal, editada no México, de maio de 1982, da qual guardo aqui um exemplar.

Era sobre Ouro Preto, feita antes que ele se dedicasse exclusivamente a ser fotógrafo de natureza, acertada no apartamento em que morava, no bairro de  Vila Isabel, onde era meu vizinho.
Depois, Marigo ajudou a tornar melhores meus filhos e muitos filhos, de muita gente, com a fotos de animais que vinham em cartões de um chocolate.
Não vou aqui cometer a irresponsabilidade de dizer que ele teria sobrevivido se os médicos do hospital o atendessem. Pode ser que sim, pode ser que não.
Também conheço aquele hospital público, ao qual sou grato pelo atendimento que deu a uma pessoa muito querida, com sérios problemas cardíacos. Não lhe faltam ótimas instalações – ele recebeu uma grande reforma no Governo Lula – e também não lhe faltam profissionais de primeiríssima qualidade técnica.

Não é incorreto que aquele hospital, de especialidade, não tenha atendimento de emergência regular.

Mas o que está acontecendo com a humanidade dos profissionais de saúde brasileira? Aliás, com os profissionais, de qualquer especialidade, neste país?
Não importa se o hospital estava em greve ou se não faz atendimentos de emergência como uma de suas rotinas.

O motorista de ônibus que parou o coletivo para buscar socorro para um passageiro mostrou mais sensibilidade e noção de valor da vida humana.
Ele não tinha qualquer obrigação profissional de assistir seu passageiro, mas o fez.

Em quase uma hora de agonia diante do hospital, sem que não o viessem atender senão o motorista de uma ambulância e os paramédicos dos Bombeiros, Marigo despediu-se de um mundo onde o "tô nem aí"  tomou conta de muita gente.
Que enche a boca para falar de falta de qualificação dos médicos estrangeiros que se dispõem a atender pessoas no fim do mundo.

Mas que não atravessa a portaria e a calçada para ver o que está acontecendo com outro ser humano.
Ninguém quer que, no século 21, se faça uma medicina romântica apenas, sem condições de espaço e equipamentos, mas espaços e equipamentos havia lá.

O que não houve, com o perdão dos doutores, foi consciência de seu papel decisivo e essencial para a vida humana.

Fernando Brito

Nada mais sensual para um sujeito faminto do que a nudez de um galeto no espeto

Nada mais encantador para um candidato sem vitrine eletrônica do que um partido novo na coligação. Mesmo que esse partido seja um nanico, dono de alguns míseros segundos de propaganda no rádio e na tevê.

Nesta quarta (4), o presidenciável tucano Aécio Neves celebrou a adesão formal de quatro legendas-anãs: PMN, PTdoB, PTC e PTN. Juntas, valem algo como 20 segundos. É uma pequena eternidade para quem dispõe de menos de 4 minutos e terá de medir forças com uma Dilma Rousseff que já dispõe de uma vitrine de mais de 10 minutos.

By Josias de Souza

Proposta do Metrô não evita greve a partir desta quinta-feira, avisa sindicato

Boletim de notícias da Rede Brasil Atual - nº57 - São Paulo, 04/jun/2014
http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2014/06/proposta-do-metro-nao-vai-impedir-greve-a-partir-desta-quinta-feira-avisa-sindicato-6817.html

Proposta do Metrô não evita greve a partir desta quinta-feira, avisa sindicato

Empresa aumentou índice de reajuste para 8,7% e propôs pagar integralmente o vale-refeição, hoje parcialmente subsidiado. Metroviários querem pelo menos 10%
http://www.redebrasilatual.com.br/mundo/2014/06/brasil-apresenta-projeto-contra-a-homofobia-a-cupula-da-organizacao-dos-estados-americanos-4158.html

Brasil apresenta projeto contra a homofobia à cúpula dos Estados Americanos

http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/copa-na-rede/2014/06/seis-camisas-13-e-um-14-que-fizeram-historias-em-copa-do-mundo-762.html

Seis camisas 13 e um 14 que fizeram história em Copa do Mundo

http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/copa-na-rede/2014/06/facamos-figa-por-neymar-e-ele-o-jogador-que-vai-desequilibrar-7058.html

Antero Greco: 'Façamos figa por Neymar. É ele o jogador que vai desequilibrar'

http://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2014/06/camara-aprova-plano-nacional-de-educacao-e-documento-segue-para-sancao-presidencial-5238.html

Câmara aprova Plano Nacional de Educação com 10% do PIB para o setor

http://www.redebrasilatual.com.br/economia/2014/06/producao-industrial-em-abril-cai-pelo-segundo-mes-consecutivo-aponta-ibge-2438.html

Produção industrial em abril cai pelo segundo mês consecutivo

http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2014/06/medo-de-retrocesso-adia-regulamentacao-da-pec-do-trabalho-escravo-5892.html

Medo de retrocesso adia regulamentação da PEC do Trabalho Escravo

http://www.redebrasilatual.com.br/entretenimento/2014/06/mostra-apresenta-filmes-sobre-juventude-e-rebeldia-no-rio-de-janeiro-1504.html

Mostra apresenta filmes sobre juventude e rebeldia no Rio de Janeiro

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