A melhor notícia do ano


O governo se ver livre desse "trombadinha da Telerj" (rayalts para PC Farias) é uma ótima notícia para o país e o governo da presidente Dilma Roussef. A primeira vista e a curto prazo haverá danos políticos. Mas, a médio e longo prazo trará grandes benefícios político eleitoral para Dilma/Lula e o PT. É esperar pra ver.

Luis Nassif: os abusos que colocam em risco o Ministério Público


O Ministério Público Federal é um poder intemporal, que independe de governos ou de meras situações conjunturais. Desde a Constituição de 1988 transformou-se em salvaguarda dos direitos sociais e individuais, um esteio na luta civilizatória – apesar dos exageros cometidos em alguns momentos da história.
Por ser intemporal, tem não apenas o dever funcional, mas a responsabilidade institucional de manter-se neutro, de não exorbitar de seus poderes, de não embarcar em ondas, de não se comportar como um partido político.
Pelo fato de haver garantias constitucionais de independência de atuação do procurador, cada qual é responsável direto pela imagem, pela credibilidade e pela garantia de independência futura do órgão. E essa garantia está diretamente relacionada com a capacidade do órgão – através de suas associações e de seus órgãos de controle – de não permitir o uso desmedido da força.
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Por tudo isso, não se compreende como um procurador , Valtan Furtado, com histórico de pouca assiduidade ao trabalho, consegue se apropriar de um caso delicado, e abrir uma ação preliminar de investigação contra o ex-presidente Lula, com repercussão nacional e internacional.
O caso estava nas mãos de uma procuradora, que admitiu ter pouca consistência e solicitou um prazo de 90 dias para despachar. Nesse ínterim, tira dez dias de férias, e sabe-se lá porque artes da burocracia, o tal Valtan se apossa do processo e abre a ação.
Foi uma medida extremamente abusiva e com agravantes.
Primeiro, pelos motivos invocados.
Segundo ele, Lula é suspeito de ter influenciado agentes públicos de outros países, em favor da Construtora Odebrecht. O Procurador lança suspeitas sobre atividade exercida por praticamente todos os ex-presidentes de países desenvolvidos, sobre um trabalho de lobby legítimo praticado por George Bush pai e filho, por Bill Clinton, Tony Blair.
Crime é autoridade pública valer-se de seu cargo para influenciar decisões em seu próprio país. Como criminalizar a atuação de um ex-presidente, sem cargo público, influenciando autoridades de outros países em favor de uma empresa brasileira?
E o que seria essa influência? As “evidências” divulgadas ontem pelos jornais são ridículas:
  1. Na viagem para Cuba, Republica Dominicana e Estados Unidos, em janeiro de 2013, Lula foi acompanhado pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar. Onde o crime?
  2. A empresa teria pagado as despesas de voo do ex-presidente, mesmo não sendo uma viagem de trabalho para a empreiteira. Ora, Lula viajou na qualidade de ex-presidente, sem nenhum cargo público. Qual a irregularidade? (http://migre.me/qNnZm).
  3. Lula é acusado de usar sua influência para facilitar negócios da Odebrecht com governos estrangeiros (http://migre.me/qNo2m).
Não se fica nisso. O tal Valtan quer comprovação de que Lula de fato fez palestras nesses países, para justificar o pagamento de cachês.
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Contra qualquer outra pessoa, esse tipo de procedimento seria abusivo. Contra um ex-presidente da República – seja ele FHC ou Lula – denota uma absoluta falta de limites e de respeito institucional.
É falta de respeito com os milhões de brasileiros que votaram em Lula, e falta de respeito com o próprio país, na medida em que Lula tornou-se a personalidade pública brasileira internacionalmente mais conhecida. E falta de respeito em relação ao próprio MPF, ao comprovar que qualquer procurador sente-se à vontade para investir até contra ex-presidentes, armado de argumentos inconsistentes.
Não se pode banalizar de forma tão extremada o poder individual de um Procurador.
A incapacidade da corporação de coibir essas demonstrações de poder constitui-se em veneno na veia do MPF.
Procuradores passam, o MPF fica. E seus inimigos também.

Lamparinas

Conhecida como lâmpada a óleo, lâmpada de azeite e candeia, a lamparina é feita a partir de um recipiente (bacia, caldeira, balde) contendo óleo combustível. Em cima do líquido inflamável, coloca-se um pedaço de cortiça ou de madeira, que flutua sobre a solução. No pedaço de cortiça fixa-se um pavio encerado que fica acima de todo o recipiente, direcionado para o alto. A iluminação do ambiente ocorre quando o pavio é aceso. As lamparinas são utilizadas há muito tempo, remetem à pré-história e nunca perderam sua utilização desde que foram inventadas.
lamparinaDe acordo com a definição do Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, lamparina é uma “pequena lâmpada que fornece luz de pouca intensidade, composta de um reservatório para líquido combustível (azeite, querosene etc.) no qual se mergulha um pavio que traspassa uma pequena rodela de madeira e se acende na outra extremidade”.
Para fazer uma lamparina caseira, são necessários os seguintes materiais: um pedaço de papel alumínio, 4 alfinetes, barbante (pavio), uma rolha (cortiça), alicate, prego, faca, martelo e tesoura. (Não é recomendado que crianças façam esta experiência sem a supervisão de adultos).
Primeiramente, é necessário fazer um corte reto na rolha, deixando-a com a espessura de cerca de um centímetro. O segundo passo é furar o centro da rolha utilizando o prego e o martelo. A seguir, deve-se enrolar a rolha em papel alumínio, que protegerá a cortiça da chama da lamparina e poderá ser fixada na cortiça com os 4 alfinetes.
Depois, corta-se uma tira de barbante de aproximadamente 30 centímetros, unindo suas duas pontas e dobrando-a ao meio. Ao segurar o barbante duplo por um tempo, ele torna-se um só, mais grosso. Após este passo, coloca-se o barbante dentro do buraco feito na rolha e acerta-se suas pontas com a tesoura.
A rolha pronta deve ser colocada em um recipiente (copo ou xícara) preenchido com óleo de cozinha e apenas 1/3 de água, deixando um espaço na borda para a rolha. Depois, basta colocar a rolha com o pavio para a parte de fora e acender a lamparina.
Existem diversos tipos de lamparinas, que tem suas categorias definidas de acordo com sua forma, desenho, estrutura e material utilizado em sua construção, que pode ser cerâmica, ouro, bronze, prata, pedra e argila. Existe um tipo de lamparina chamada poronga, que é desenvolvida com latas de óleo e querosene. Esse tipo de lamparina é bastante utilizada por extratores de borracha para iluminar o caminho entre as seringueiras.

por Felipe Araújo
Fontes:http://houaiss.uol.com.br/busca?palavra=lamparinahttp://www.ehow.com.br/sua-propria-lamparina-oleo-chamas-coloridas-como_11301/http://www.infopedia.pt/$lampadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%A2mpada_a_%C3%B3leo
Foto: http://www.osertaoenoticia.com/2012/09/o-sertao-em-prosasolidao-sem-lamparina.html
Arquivado em: Curiosidades

O Cangaço

No sertão do Nordeste brasileiro, as violentas disputas entre famílias poderosas e a falta de perspectivas de ascensão social numa região de grande miséria levaram ao surgimento de bandos armados, gerando o fenômeno do cangaço. Cangaço é a denominação dada ao tipo de luta armada ocorrida no sertão brasileiro, do fim do século XVIII à primeira metade do século XX. Cangaceiro era o homem que se dedicava a essa atividade, trazendo sempre atravessada nos ombros sua espingarda, como um boi debaixo da canga. Já no começo do século XIX, o cangaceiro trazia a tiracolo ou dependurada no cinturão toda sorte de armas suplementares, como longos punhais que batiam na coxa e cartucheiras de pele ou de couro, praticamente a mesma indumentária de Lampião, cem anos mais tarde.

Existiram três tipos de cangaço na história do sertão: o defensivo, de ação esporádica na guarda de propriedades rurais, em virtude de ameaças de índios, disputa de terras e rixas de famílias; o político, expressão do poder dos grandes fazendeiros; e o independente, com características de banditismo. No primeiro caso, após realizarem sua missão de caçar índios no sertão do Cariri e em outras regiões, a soldo dos fazendeiros, os cangaceiros se dissolviam e voltavam a trabalhar como vaqueiros ou lavradores. As rixas entre famílias e as vinganças pessoais mobilizavam constantemente os bandos armados. Parentes, agregados e moradores ligados ao chefe do clã por parentesco, compadrio ou reciprocidade de serviços compunham os exércitos particulares. 

O cangaço político resultou, muitas vezes, das rivalidades entre as oligarquias locais, e se institucionalizou como instrumento dessas oligarquias, empenhadas na disputa para consolidar seu poder. Mas no final do século XIX surgiram bandos independentes que não se subordinavam a nenhum chefe local, tendo sua origem no problema do monopólio da terra. Esse tipo de cangaço já existira no passado, em função das secas, mas não conseguira perdurar, eliminado pelos potentados locais, assim que se restabeleciam as condições normais de vida.

O primeiro dos grandes bandos independentes foi o de Antônio Silvino (1875), pernambucano que, desde jovem, na última década do século XIX, se dedicara ao cangaço a serviço da família Aires. A partir de 1906, afastou-se das lutas políticas e dos conflitos entre famílias, passando a lutar pela dominação armada de áreas do sertão. Atuou em Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, espancando, assassinando, cobrando tributos e saqueando. Ferido em 1914, durante combate, foi preso e condenado a trinta anos de prisão em Recife, sendo indultado em 1937.

Virgulino Ferreira, o Lampião, o mais famoso de todos os cangaceiros, assumiu a chefia de seu bando em 1922. Por causa da organização e disciplina que impunha seus cabras, raramente era derrotado, além do fato de aparecer perante a população sertaneja como um instrumento de justiça social, procurando, dessa forma, justificar seus crimes, que atingiam pobres e ricos indistintamente. Morreu em combate em 1938. Outros cangaceiros famosos foram Jesuíno Brilhante (1844-1879), cearense, morto em luta com a polícia; Lucas da Feira, baiano, enforcado em 1849; José Gomes Cabeleira, pernambucano, e Zé do Vale, piauiense, igualmente enforcados nas últimas décadas do século XIX.

Os três tipos de cangaço muitas vezes coexistiram. O defensivo e o político ocorreram por todo o país e sobrevivem, a bem dizer, até os dias atuais. O independente, porém, tem localização certa no tempo, pois surgindo em fins do século XIX, praticamente desapareceu em 1939, com a morte de Corisco, o Diabo Louro, o mais famoso chefe de bando depois de Lampião. 

A extinção desse fenômeno social foi conseqüência sobretudo da mudança das condições sociais no país, das perspectivas de uma vida melhor que se abriam para as massas nordestinas com a migração para o Sul, e das maiores facilidades de comunicação, entre outros fatores. Mais de dez anos antes da morte de Corisco já os nordestinos começavam a migrar para as fazendas paulistas de café, em longas viagens a pé; de 1930 em diante, a industrialização no Sul, a abertura de novas frentes agrícolas, como a do norte do Paraná, e a interrupção da imigração estrangeira tornaram mais intensa a demanda de braços do Nordeste, trazendo, como conseqüência, uma intensa migração para o Rio de Janeiro e São Paulo.

Extensa é a bibliografia sobre o cangaço, de estudos sociológicos à reportagem documental. Na literatura, destacam-se o romance O Cabeleira (1876) de Franklin Távora, e as obras de José Lins do Rego, Jorge Amado, Raquel de Queiroz e Guimarães Rosa, este último autor de Grande sertão, veredas, considerado o maior romance já escrito sobre os cangaceiros. No cinema, sobressaíram O cangaceiro (1953) de Lima Barreto e Deus e o diabo na terra do sol (1964) de Gláuber Rocha. 


Ficha Técnica  -   Bibliografia
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Os setenta anos da explosão da primeira bomba atômica

Coordenada pelo físico J. Roberto Oppenheimer, o Projeto Manhattan detonou o explosivo em Alamogordo, no Novo México, em 16 de julho de 1945
Às 5h29 de 16 de julho de 1945, os Estados Unidos explodiram a primeira bomba atômica da história. O Teste Trinity, como foi chamada a operação, aconteceu no deserto Jornada Del Muerto, em Alamogordo, no Novo México. Menos de um mês depois, os Estados Unidos lançariam duas bombas atômicas no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial.
Projeto Manhattan
 Projeto Manhattan
O desenvolvimento da bomba atômica foi feito pelo Projeto Manhattan, organizado pelos Estados Unidos com apoio do Reino Unido e do Canadá. O operação teve início em 1942.

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