Publicado no Brasil 247O debate sobre as flagrantes inconstitucionalidades que marcaram o encarceramento do senador Delcídio Amaral está deixando passar a grande questão do episódio: por que prender o indivíduo agora? Por que não processá-lo nos ritos normais, que acabariam inevitavelmente arruinando sua carreira política e seu apoio no Congresso?A tese de “obstrução da Justiça” é ridícula. Ora, depois que o Judiciário conheceu o teor das gravações, a chance das tramóias vingarem desintegrou-se. Réu nenhum conseguiria fugir. Além disso, do ponto de vista estratégico, seria mais inteligente acompanhar as manobras de Amaral, apanhando todos os envolvidos no auge da ação criminosa.Então repito: por que interromper um conluio fadado ao fracasso, diminuindo assim o alcance das investigações? Que tipo de malefício Amaral poderia causar conspirando à toa, sob a fiscalização atenta das autoridades?Isento e probo como é, o STF não precisa temer ilações maldosas. Com o apoio da imprensa, os ministros citados já tiveram inúmeras oportunidades para afastar qualquer suspeita incômoda. A prudência legalista inclusive traria benefícios à imagem da corte, manchada exatamente pelo partidarismo intempestivo dos tempos de Joaquim Barbosa.Tudo isso apenas reforça a certeza de haver um esforço na cúpula do Judiciário para evitar que as apurações em curso ultrapassem certos limites. Os elos de Amaral e do banqueiro André Esteves com o PSDB, de resto notórios, ganharam menções bastante constrangedoras nos diálogos que arruinaram o senador.Amaral e Esteves trazem consigo a Petrobrás dos anos FHC, um nebuloso parente de José Serra, a Alstom da máfia metroviária paulista e as viagens de Aécio Neves. Sem contar Renan Calheiros, Michel Temer e os ministros do STF mencionados. É fácil imaginar o estrago que causariam algumas horas a mais de conversas grampeadas.Alguém parece ter decidido recolher o falastrão antes que o caldo entornasse de vez.
Ministros do STF tem culpa no cartório?
Força e coragem?
Briguilinks
Briguilinas da manhã
Para não dizer que ela só bate em professores, a polícia do Alckmin (Psdb) resolveu também bater em estudantes
Pedro A. Sanches:
2015 sozinho supera o que vi em 47 anos de bandidalha por parte do Partido da Imprensa Golpista - Pig -.
PM precisa de escolas para os seus. Arma inadmissível !!! pic.twitter.com/wxQeb8saYc
— Chico Pinheiro (@chico_pinheiro) 2 dezembro 2015
Pra desopilar
Impeachment - O estigma na testa da oposição
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não participa nem estimula qualquer articulação para supostamente “proteger” o presidente da Câmara em procedimento do Conselho de Ética.(…)O Brasil sabe que é a oposição, e não o PT, que há um ano vem promovendo articulações espúrias e barganhas, dentro e fora do Congresso, na desesperada tentativa de derrubar um governo democraticamente eleito.
Cunha é agora um estigma na testa da oposição. Não serve para nada mais, e máquina de moer gente da mídia vai acabar de moer seu ex-herói, certo que não sem merecimento. Cunha tem seu rosto indelevelmente gravado no impeachment. Deu ao golpismo a sua cara. E o PSDB terá muita dificuldade em tirar seu nariz adunco, porque a máscara aderiu a sua face.