Este é o prato preferido do Michê Treme


por Zandré

Um gênio depressivo


Andava com mania de suicídio e com crises de depressão aguda; não suportava ajuntamentos perto de mim e, acima de tudo, não tolerava entrar em fila comprida pra esperar seja lá o que fosse. E é nisso que toda a sociedade está se transformando: em longas filas à espera de alguma coisa. Tentei me matar com gás e não consegui. Mas tinha outro problema. Levantar da cama. Sempre tive ódio disso. Vivia afirmando: "as duas maiores invenções da humanidade foram a cama e a bomba atômica; não saindo da primeira, a gente se salva, e, soltando a segunda, se acaba com tudo". Acharam que estava louco. Brincadeira de criança, é só disso que essa gente entende: brincadeira de criança - passam da placenta pro túmulo sem nem se abalar com este horror que é a vida.

Sim, eu odiava ter que me levantar da cama de manhã. Significava que a vida ia recomeçar e depois que se passa a noite inteira dormindo cria-se uma espécie de intimidade especial que fica muito mais difícil de abrir mão. Sempre fui solitário. Você vai me desculpar, creio que não regulo bem da cabeça, mas a verdade é que, se não fosse por uma que outra trepadinha legal, não me faria a mínima diferença se todas as pessoas do mundo morressem. É, eu sei que isso não é uma atitude simpática. Mas ficaria todo refestelado aqui dentro do meu caracol. Afinal de contas, foram essas pessoas que me tornaram infeliz.

Charles Bukowski

Moro o lava ratos...

Ou, um rato lava o outro?

Vejam que cara duro é o Sérgio Fernando Moro para seus ladrões confessos de estimação. 

Paulo Roberto Costa já pode trocar a tornozeleira eletrônica por uma correntinha de ouro, se quiser.

Alberto Youssef, que já tinha sido solto com a promessa – "eu juro, Doutor Moro" – de não roubar mais e roubou muito também já vai para casa.

Você acha que algum dos dois vai pra cozinha, fazer salgadinhos e doces para vender ao cento e defender um dinheirinho?...Leia mais>>>Aqui


Nem tornozeleira...É o prêmio para os ladrões bonzinhos

lavarato

Vejam que "cana dura" é a do Dr. Sérgio Moro para os ladrões confessos.

Está tudo aí, na chamada de O Globo.

Paulo Roberto Costa já pode trocar a tornozeleira eletrônica por uma correntinha de ouro, se quiser.

Alberto Youssef, que já tinha sido solto com a promessa – "eu juro, Doutor Moro" – de não roubar mais e roubou muito também já vai para casa.

Você acha que algum dos dois vai pra cozinha, fazer salgadinhos e doces para vender ao cento e defender um dinheirinho?

Costa, que só no cofrinho de casa tinha dinheiro para comprar um triplex bem melhor do que teimam em dizer que é do Lula, diz que vai cumprir 4 horas de trabalhos comunitários.  Já posso rir ou devo esperar mais um pouco?

Ou devo esperar para ouvir que ele vai de ônibus ajudar na faxina de um asilo de idosos na periferia, pois o Land Rover Evoque que ganhou de Youssef foi incorporado à  frota da PF (pergunta idiota: para que a PF precisa de um Land Rover Evoque? Para passear e arrebentar numa batida – de carro, por suposto – como aquele delegado federal, depois de umas e outras, fez em São Paulo outro dia com uma baita Mercedes apreendida e dada a seu uso?)

Aliás, alguém o seguiu e bisbilhotou Paulo Roberto Costa no período de liberdade condicional "tornozelado". como fizeram com outros?

Paulo Roberto Costa e Youssef são a prova de que, aqui, corrupção é crime hediondo só para quem é politico e de esquerda.

A fórmula está dada: roube, devolva uma parte, fique uns meses na cadeia, entregue quem os doutores querem, compre uma caça de boca larga para esconder a tornozeleira por uns meses e curta a vida em liberdade.

E não esqueça de fazer salgadinhos e doces para vender a cento – uma boa cozinheira sai barato – para esconder a fonte de sua vida folgada.

Pronto, o rato está lavado.

Briguilinks

Separando o joio do trigo - que saim todos os Tarso Genro do PT

Não bastassem as manipulações e injustiçasda Lava Jato, da guerra suja da imprensa, do golpe do impeachment e das regras eleitorais restritivas, o PT e os petistas têm também que conviver com entrevistas semanais de membros do partido fazendo críticas públicas e ameaçando sair do PT.

Mais uma vez o Estadão, que tem primado pela linha política fascista, ser porta-voz dos manipuladores da Lava Jato e tem se pautado pela baixaria contra Lula e o PT, mais uma vez o Estadão abre grande espaço para entrevista de Tarso Genro.

Vou transcrever o artigo de capa do jornal 
para ninguém dizer que estou manipulando:

"Se o PT não fizer debate profundo, pessoas vão sair"

Entrevista TARSO GENRO, ex-governador do Rio Grande do Sul

"Ideólogo da tese de refundação do PT,
lançada após o mensalão e revivida agora, ex-governador gaúcho defende autocrítica radical no partido.

Para ele, o PT deve assumira responsabilidade
por erros cometidos por dirigentes em nome da legenda e apontar quem se beneficiou pessoalmente. Sem essa autocrítica, avalia, várias lideranças importantes devem sair."

***
O PT nunca ficou refém de lideranças narcísicas

O PT foi criado a partir da militância das Comunidades de Base da Igreja Católica, da militância sindical, estudantil, dos movimentos sociais, dos acadêmicos progressistas e, principalmente, da luta contra a ditadura militar, em defesa da Democracia e das liberdades de organização e manifestação. O PT, desde o início fez questão de deixar claro de que era diferente dos partidos comunistas e que era socialista-democrático.

Desde o início do PT sempre muita gente entrou e muita gente saiu.
Saíram deputados e senadores, saíram prefeitos e ex-prefeitos, como saíram militantes de base. Mas, o partido sempre cresceu, principalmente com a liderança de Lula.

O PT e suas lideranças acertaram muito e também erraram muito, faz parte do aprendizado democrático e participativo. Pessoas como Tarso Genro, se por um lado ajudaram o partido, também se beneficiaram muito do partido. Em todos os sentidos.

Por mais que Tarso Genro se diga "republicano", essa sua mania de ficar dando entrevista criticando o partido, ameaçando-o de deixar o partido e insinuando desconfianças em relação aos dirigentes do partido, isso é mais negativo do que positivo. Demonstra mais uma postura narcísica do que construtiva e coletiva.

Em função dessa avaliação, creio que seja mais do que o momento, quando vai se reunir a Direção Nacional do PT na próxima semana, que Tarso Genro aproveite a oportunidade e formalize sua saída do PT.

Como canta Chico Buarque, em sua bela canção, "Olhos nos olhos":

"Quero ver o que você diz,
quando ver que sem você
eu fico tão feliz..."

por GILMAR CARNEIRO

Paneleiros e “troikas” do mundo, uni-vos! por Armando Rodrigues Coelho Neto

Ainda sob impacto da prisão de Eduardo Cunha, ilegal, sem algemas, sem os “fashions” homens de preto, com alguns “excelências e por favor”... Ainda sob impacto da vitória em primeiro turno em São Paulo, de um vendedor de bundas brasileiras no exterior via Embratur, deparo-me com duas curiosas notícias. Ambas da mesma fonte, o jornal Expresso, que circula em Portugal e que regularmente recebo.

Para a primeira, uso textuais palavras do editor José Cardoso. O respeito pelo cumprimento das metas do défice é a pedra de toque da União Europeia (inclua-se nesta “União Europeia” a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu, a Alemanha, o seu sempre moralizador ministro das Finanças, as troikas - responsáveis pela reestruturação econômica de Portugal, até mesmo o FMI…) no trato com os países mais endividados e/ou que recebem ajuda financeira das chamadas “instituições”.

Diante disso, diz ele, a Europa tomou conhecimento que a França fez um “acordo secreto” com a Comissão Europeia para não cumprir metas do défice. Desde que François Hollande foi eleito Presidente, em 2012, diz o editor, o Governo francês apresentou sempre “previsões de défices intencionalmente falsas”, para não ser castigado com sanções por ultrapassar os limites do défice autorizado. A mentira tinha o beneplácito da Comissão e quem deu a notícia foi o próprio Presidente Hollande, num livro que acaba de sair, intitulado “Um presidente não deveria dizer isso”.

Ao que parece, ocorreu na França um jogo contábil de cartas marcadas, com a tolerância de quem tinha o dever de fiscalizar e impedir, assim como o Tribunal de Contas da União no Brasil, que de forma inédita rejeitou as contas da legítima presidenta Dilma Rousseff (Fora Temer´!). Uma tolerada jogada praticada por 27 governadores, entre eles Geraldo Alckmin - ligado ao partido que congrega os “intocáveis” da Farsa Jato, “inoticiáveis” da Veja/Folha/Globo. Não há notícias de panelaços contra os 27 apaniguados nem contra François Hollande.

A outra notícia é que um senhor chamado Richard Painter, ex-chefe do Conselho de Ética da Casa Branca durante a presidência de George W. Bush, entrou uma queixa oficial contra o diretor do FBI, James Comey, por ele ter “desenterrado”, poucos dias antes das eleições, o caso dos emails de Hillary Clinton. Para o denunciante, “Revelar parte de uma investigação sobre um candidato à Casa Branca a menos de duas semanas das eleições é sabotagem política”.

Resumindo, o FBI fez uma operação boca de urna nos EUA. A PF também fez a sua e prendeu temporariamente o ex-ministro Antônio Palocci, e logo depois foi decretada sua prisão preventiva em período eleitoral. Eis mais um assunto a ser debatido nas hoje indecisas faculdades de Direito do Brasil. O Art. 236 do Código Eleitoral proíbe prisões desde 5 (cinco) dias antes e até 48 (quarenta e oito) horas depois. Exceto flagrante delito ou sentença criminal condenatória por crime inafiançável. Falo de legalidade e não de amores por Palocci.

Não consta que tenha sido em flagrante nem que haja sentença criminal condenatória. Para Moro, o estado de fato não mudou e sim o nome da prisão. Lembrou as antigas celas especiais da PF, quando uma cela comum simplesmente trocava de placa e virava especial...

O FBI quer ajudar o Trump e a PF quer ajudar a “prelazia papal” de Geraldo Alcmino e ajudou a derrotar o PT. Resultado, o PT não sabe para quem perdeu e os vencedores não sabem de quem ganharam as eleições. Numa dedução mais ousada e provocante, não se sabe se operação boca de urna da PF ocorreu por orientação da matriz do golpe no Brasil. Mas na bandalha eleitoral na Casa do Tio Sam, Hillary deu o troco.

Segundo o Expresso, naquela pátria livre presidiários e ex-presidiários não têm direito de voto e que mais de cinco milhões de pessoas estariam nessa situação. Qual o problema? O governador Virgínia, do Democrata, representante de um colégio eleitoral com 13 votos, autorizou essas pessoas a votarem.

Como se pode observar, nem corrupção, nem pedaladas são obras do Partido dos Trabalhadores, mas sim resultado da cultura politico-econômica alimentada por paneleiros e “troikas” do mundo inteiro, os quais unidos jamais serão vencidos. Os progressistas também.

Armando Rodrigues Coelho Neto é advogado e jornalista, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-representante da Interpol em São Paulo