Sem melas e churumelas, me entristece ver Tasso lamber o saco de um traíra, a que ponto ele chegou.
Triste.
Verme!
A que ponto Tasso chegou
A "Jararaca" está vivíssima
As não-pesquisas querem dizer algo
Venezuela - que ditadura é esta?
A Venezuela vai eleger uma Assembleia Nacional Constituinte assim:
Dos 545 deputados, 364 representarão os municípios, sendo um por cidade e dois representando as capitais. Os setores sociais terão 173 membros, divididos entre estudantes (24), camponeses e pescadores (8), empresários (5), pessoas com deficiência (5), aposentados (28), conselhos comunais (24) e trabalhadores (79).
Outros oito representantes na câmara revisora serão eleitos pelos povos indígenas de acordo com seus costumes ancestrais, explica o CNE.
Quem são os ditadores?
Pense, Reflita!
por Gabriel Siqueira
O efebeapa da corrupção que assola o país
Um resumo parcial da situação dramática do nosso país.
“Um prefeito de uma grande capital quer que Temer vá pra puta que pariu! O cara é de BH...
Um procurador renomado, ex-ministro da Justiça, diz que Moro não passa de um chicaneiro.
O maior jornalista vivo de São Paulo diz que Moro "passou de argumento a insulto, que a rigor assim era desde o início", e que Moro "insulta uma das partes, infringe a imparcialidade. e se mostra parte também".
Uma TV Aberta escancara 15 minutos no seu programa da maior audiência no domingo à noite e diz que a emissora concorrente integra uma quadrilha com J. Hawilla, Teixeira, Conmebol e Fifa.
Aécio Neves, em seu território de estimação, o Leblon, é enxovalhado neste bairro que o adotou, é xingado por uma pessoa que votou nele e agora grita diante dele que ele não passa de um ladrão corrupto.
Um Delcídio é grampeado como falastrão dizendo que vai pegar uns votos no Supremo pra depois de um habeas corpus arrumar um avião pro amigo Cerveró fugir pra Espanha, e o senador é preso sem flagrante pelo Supremo que ele denunciou no grampo.
Um senador telefona para um ministro do Supremo Tribunal Federal e, sem a menor cerimônia, usa o pronome "você" e passa a dar orientações, que o juiz telefone para fulano X e o convença a votar de modo Y. E o magistrado, prontamente, responde:: Sim, sim, vou ligar agora mesmo. Deixa comigo."
"Temer em sua primeira viagem à ONU diz a velhos empresários americanos em NY que Dilma caiu porque não aderiu à Ponte para o Futuro, que o impeachment foi apenas isso. E meses depois, Temer, na TV Bandeirantes, deixa escapar que Dilma caiu porque não apoiou Eduardo cunha diante das provas cabais vindas da Suíça mostrando que o presidente da Câmara não passava de um achacador contumaz, um ladrão muito especial."
"A propósito, um grande empresário, vendo a maluquice de Curitiba contra a engenharia pesada, antecipou-se a sua prisão iminente e costurou acordos em Washington e Brasília. Grampeou Temer e depois no MPF disse que Temer, Cunha, Jucá, Padilha, Geddel, Alves e Moreira integram a quadrilha mais perigosa do Brasil, disse que quem deste bando não está dentro do Palácio do Planalto está nas ruas seguindo o mesmo padrão, de roubalheira. Joesley explicou que essa quadrilha há anos age assim: todo dia eles folheiam o DOU e os diários oficiais dos 27 Estados, vasculhando tudo o que é investimento privado e público para, na sequência, abordar empresários, parlamentares e governantes a fim de armar a extorsão. A quadrilha tem governança, dinâmica, padrão de qualidade, é um trabalho diuturno, vai do Arroio ao Rio Chuí....
Sérgio Machado, que era parlamentar tucano no tempo de FHC, bandeou-se para o PMDB e ficou 12 anos na Transpetro. E antes que fosse preso, produziu provas qual Joesley: Mostrou Renan, Sarney e Jucá dizendo que iam derrubar Dilma com a ajuda do Supremo e que iam estancar a sangria. Machado ficou de devolver 70 milhões de reais ao Erário. Informou que deu 32 milhões de reais a Renan, informou que nos bons tempos dava 300 mil reais por mês para Padilha, 300 mil para Eunício, 300 mil por mês para Lobão, 300 mil por mês para Jucá, Caju e o cacete a quatro.
Se Joaquim Barbosa abriu firma offshore e conta offshore no Caribe por que outros agraciados não poderiam abrir também?"
Por Alfredo Herkenhoff
A esquerda precisa definir o Lula que quer por Raphael Silva Fagundes
Se hoje alguém se aventurasse a escrever uma biografia de Luis Inácio Lula da Silva, poderia facilmente lograr-se na lama da ilusão biográfica, cometendo aquele equívoco no qual se tenta descrever a vida como "um conjunto coerente e orientado", uma expressão unitária de uma "intenção" subjetiva e objetiva de um projeto¹. Isso porque a história da maior figura do Partido dos Trabalhadores não pode ser apreendida por meio de uma linearidade, de uma direção firme e coerente, ou pode?
Em 2006, Lula arranca risos e aplausos de uma plateia composta por empresários e intelectuais ao afirmar que pessoas responsáveis abrem mão de suas convicções radicais conforme amadurecem. Diz que tal fenômeno é parte da "evolução da espécie humana". "Se você conhece uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque está com problema". "Se você conhecer uma pessoa muito nova de direita, é porque também está com problema". Depois destacou: "Quem é mais de direita vai ficando mais de centro, e quem é mais de esquerda vai ficando social-democrata, menos à esquerda. As coisas vão confluindo de acordo com a quantidade de cabelos brancos, e de acordo com a responsabilidade que você tem. Não tem outro jeito".²
Poucos meses antes do impeachment de Dilma Rousseff, o ex-presidente afirmou categoricamente: "Eu hoje sou mais à esquerda do que era". Em seguida disse que o "PT errou, cometeu práticas que condenávamos".³
Recentemente Lula fez um discurso no 6° Congresso do PT e assegurou que "se a esquerda entrar com um programa bem preparado, a gente vai voltar a governar este país em 2018"(4). Hoje, o Lula mais idoso que aquele que fazia acordos com o mercado é exatamente aquilo que disse que não seria mais? Deparamo-nos com uma contradição lógica, na qual a vida altera sua coerência de acordo com o lado que você está.
Cair nos argumentos radicais do PT atual, deixar-se seduzir pelas frases inflamadas de Gleisi Hoffmann, pode nos levar a um erro que nenhum marxista deve cometer. Trata-se da repetição da História. Todo indivíduo que é de esquerda reconhece uma das máximas mais famosas de Marx: "os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes [...] a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa"(5). O Lula de esquerda, esse que hoje encanta multidões, se supostamente assumir o poder em 2018, tenderá à direita, como fez uma vez, ou se manterá firme ao discurso esquerdista?
A esquerda precisa definir o Lula que quer! Precisamos reconhecer o fato de que sua história não é coerente, não segue um projeto inaugural e, convenientemente, sua existência se altera de acordo com a essência adequada ao seu lugar no cenário político. Não há dúvida de que ele é o personagem mais carismático da esquerda, capaz de competir com as figuras populistas da direita que ganham espaço, como Doria e Bolsonaro, mas temos que pôr os pés no chão e encarar suas contradições.
É comum o orador, para não parecer incoerente e não dizer algo absurdo quando sustenta simultaneamente uma proposição e sua negação, pouco explicitar suas premissas, deixando de defini-las de modo unívoco e sólido(6). Por isso Lula em 2016 anuncia meio titubeante, após dizer estar mais a esquerda que outrora: "Eu sou um liberal… Eu sou um cidadão muito pragmático e muito realista entre aquilo que eu sonho e aquilo que é a política real".
O que seria a política real? A política de se manter no poder, como descrevia Maquiavel? Comportar-se dessa maneira, é ser como os outros partidos, nos quais a mazela é a implacável tradição que, para o que o PT se propõe, seria a traição. Precisamos de um Lula trágico e não de uma farsa.
Para os fatos não serem uma farsa, é preciso que observemos as alianças que Lula fará. Seu histórico de se unir aos interesses empresariais é extremamente problemático. Aliás, foi o alicerce para o golpe da maneira que se deu em 2016 (7). Esse acordo interesseiro é sem dúvida um dos elementos que podem vir a compor a farsa. As bases de apoio devem ser as organizações operárias, os movimentos sociais, as ruas. O que, sem dúvida, desencadeará uma série de conflitos, mas se a democracia (hoje muito desacreditada; vista mais como uma noção manipulada que algo efetivamente real) não for a voz do povo, vivemos sob o manto da política da ilusão, tendo como única solução prática e tangível o socialismo, isto é, a real democracia.
Raphael Silva Fagundes - Doutorando em História Política da UERJ. Professor da rede municipal do Rio de Janeiro e de Itaguaí.