99,8% dos togados de São Paulo furam o teto

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Se eles não respeitam as leis, por que nós temos de respeita-los?

Bandido!


Saturnino Braga - pois que venda a puta que os pariu

Venda
(Quem sabe o último Correio)

Tenho oitenta e seis anos, sessenta de política.
Votei em Getúlio Vargas em mil novecentos e cinqüenta.
Chorei sua morte, li sua carta, entrei na fila e vi seu corpo.
Trabalhei pelo Desenvolvimento no BNDE que ele criou.
Conheci pessoalmente e admirei Rômulo de Almeida, Inácio Rangel, Jesus Soares Pereira e Cleantho de Paiva Leite, seus projetistas, os Boêmios Cívicos como ele os chamava.
Vi e repudiei dois golpes entreguistas: o dele e o de Jango, que era um filho dele, dez anos depois.
Exultei quando Geisel rompeu e governou nacionalista.
Convivi com Tancredo, Ministro de Getúlio a vida inteira.
Revoltei-me profundamente com este terceiro golpe.
Visceralmente o vomitei.
Mais entreguista do que os outros dois.
Mais sem vergonha.
Que fatiou logo a Petrobras e entregou o Pré-sal.
Vendeu dezenas de dezenas de empresas brasileiras.
Que acabou com as ações preferenciais da Vale para torná-la uma Empresa de Mercado.
Que secou de verbas a cultura e a ciência do Brasil.
E quer vender as nossas terras para o mundo.
Que pôs à venda a Estação de Alcântara e o satélite brasileiro de informações.
Vendeu estradas e aeroportos.
E quer vender a nossa Casa da Moeda.
Pois agora chega a nova que faltava,
Desfaçatez que nos deixa sem palavras:
Querem vender a irmã da Petrobras,
Vender a luz e a força do Brasil.
Querem vender, vender, privatizar.
Que vendam, pois, a puta que os pariu!

O judiciário é lento?

Todo mundo sabe que o judiciário brasileiro é uma lesma aleijada, para os pobres mortais. Porém para agir contra o ex-presidente Lula é um jato supersônico. Acredite, o padrinho do filho de Sérgio Moro, precisou de apenas sete horas para despachar um processo de Lula.

Recorde mundial? Não sei. Mas, é uma prova cabal que imparcialidade é uma palavra que o desembargador Gilbran Neto só ouviu falar, igual a Moro.

Corja!

Cachorro de barão

Pobre de direita é como cachorro de barão, late a noite toda protegendo as coisas do patrão, mas fica do lado de fora da mansão.

Babaca!

Janio de Freitas - um magistrado sem limites


Além do papel de orientador voluntário do denunciado Michel Temer, o ministro Gilmar Mendes presta-lhe outro serviço, de igual ou maior utilidade: suplantou-o na dupla condição de figura mais comentada e reprovada. Essa desonraria se deve, porém, muito menos à sua atividade de político e tutor ideológico do que à maneira como usa sua magistratura contra a Magistratura.

A tal ponto Gilmar Mendes está personificando a ideia de desmandos da Justiça que o repúdio o excede e causa danos ao Judiciário e em particular ao próprio Supremo Tribunal Federal.

Gilmar Mendes age, com indiferente segurança, como quem pode desafiar o que quiser e desacatar a quem quiser –e nada lhe acontece. Não que desfrute de cobertura legal ou moral para tanto. Conta, isso sim, com a falta de resposta para a pergunta que mais se ouve e se faz: não há ninguém nem o que fazer contra esse vale-tudo?

A partir de Gilmar Mendes, começa a ficar claro que, pior do que um ministro-magistrado sem limites, é não se encontrar entre os seus pares quem busque impor-lhe os limites éticos e funcionais a que, como princípios, está submetido.

Ainda mais estarrecedor é que o contraste de deslimite e omissão se passe em um conjunto de vidas dedicadas a dizer se condutas alheias incorreram em falhas ou não. E, se as cometeram, condenar os autores. Até à prisão. (...)

Bob Fernandes -

Temer diz que semipresidencialismo seria “muito útil para o país”. Útil para ele e para a outra metade desse “semi”.
A primeira metade do semi seria o presidente. Outra metade seria o Congresso, que elegeria o Chefe do governo. Como no sistema parlamentarista.
Imaginem, só por hipótese, o desastre: o Brasil governado por um Temer e por um Chefe escolhido por um congresso igual ao de hoje?
Temer sinaliza para esse congresso algo assim como “tamo junto, vamo junto nas próximas”. São esses que querem semipresidencialísmo, distritão ou assemelhados. 
Essa aberração seria perpetuar o que está ai: um presidente sem votos que chegou ao Poder numa farsa executada, no último ato, pelo pior Congresso da história.
Se aprovado, o modelo eleitoral “distritão” consolida o desastre.
Esse modelo elege o mais votado em cada distrito. Na aparência é legal. Na prática, favorece a manutenção dos que já estão e liquida de vez com a fidelidade partidária.
E nos distritos em que quem tem poder e dinheiro é o narcotráfico?
E quem terá chance nos distritos em que candidato é célebre por ter exposição numa rádio? Ou numa TV? Ou em igrejas? Que congresso e governo saem disso?
Isso para o futuro. Para o presente temos: “Para fazer caixa governo propõe privatizar a Eletrobras”.
Motivo caixa à parte: quem terá, na prática, o controle de decisões estratégicas no setor energético?
Quais países importantes do mundo abrem mão do controle de decisões estratégicas nesse setor?
Já presente no controle e distribuição de energia em boa parte do Brasil, a China mantém o seu setor energético sob absoluto controle.
E não apenas a China entre países que sejam ou pretendam ser grandes e independentes.
E notícias preocupantes em outra frente: hoje o Bom Dia Brasil, da Globo, informou: ratos estão tomando conta das ruas de São Paulo.
“Eles estão se multiplicando”, alerta o biólogo Randy Baldresca, que descreve os três tipos: rato-de-telhado, camundongo e ratazana.

Oração do dia

“Meu Pai, agradeço-Te porque a Alvorada da eternidade está se aproximando.
A longa noite passará.
A tristeza terá seu fim e as lágrimas, que foram choradas neste vale escuro, brilharão como o orvalho na hora do nascer do sol.”