Bretas, tua família trabalha com bijuterias ou não?

Qual a razão do semi-deus togado sentir-se incomodado com a menção que a família trabalha com bijuterias?
Simples, a casta gosta mesmo é de joias e mordomias, oraite?
Mostra o contra-cheque Bretas



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Carta a Michê, por J. Carlos de Assis

Você e seus asseclas do Planalto pagarão caro pela extrema aventura de destruírem os fundamentos morais da República. Seus cargos não serão eternos, assim como o controle dos recursos públicos que desviam do povo para simularem defesa. Quando se defrontarem com o julgamento que a maioria da Câmara dos Deputados manobrou para evitar, na base de favores espúrios, merecerão o que mais  de 90% dos brasileiros exigem, ou seja, a cadeia. Por isso não hei de me empenhar agora com o fora Temer. É perda de tempo. Vou esperá-los em 2018.
Suponho que, se caráter não for de origem genética ou por afinidade, você e seus asseclas terão de olhar diretamente, todos os dias, nos olhos de suas mulheres, de seus filhos e de seus amigos, sendo inevitável neles um rastro de desconfiança.  Por algum caminho, por uma conversa casual, por um pedaço de jornal, por um lance na internet vazarão informações de que algo muito suspeito terá acontecido com vocês, já que não podem explicar o inexplicável. O que farão? Vão comprá-los também como fez com dois terços da Câmara?


É certo que você, Temer, carregará a maldição histórica de levar as marcas indeléveis de Joaquim Silvério dos Reis. Em dois momentos, você submeteu o país a uma dupla humilhação. Primeiro, manipulou grande parte do Congresso para comprar o impeachment de Dilma, sem qualquer prova de crime. Segundo, manipulou grande parte do mesmo Congresso para evitar um julgamento a fim de esconder, estas sim, as provas de seus próprios crimes. É difícil encontrar exemplo similar na história de tal audácia  entre países civilizados.

Não vou chamar você e seus asseclas de bandidos. Isso ficará a cargo da Justiça brasileira depois de 2018, quando você será o maior cabo eleitoral de algum candidato que exprima a indignação do povo diante de seus crimes. Entretanto, como sua capacidade de manobrar o orçamento é quase infinita, é necessário extrema vigilância para que não acabe de vez com o país. A quantidade de favores que usa para manipular o Congresso e a mídia constitui um desafio para as denúncias da parte sã do Congresso e do Ministério Público.

Você, particularmente você, Temer, mudou não  apenas a geografia política de Brasília mas também sua expressão arquitetônica. O Planalto não é mais o lugar da extraordinária arte de Niemeyer e de Lúcio Costa, admirada em todo o mundo, mas o lugar da infâmia, da traição e do absurdo. Não é absurdo que, para comprar votos barrando denúncia conhecida pela população inteira, você promova venda de estatais e de aeroportos, retire impostos de petrolíferas, reduza a proteção ambiental e as proteções contra o trabalho escravo?

Como você traiu as centrais sindicais em relação à promessa de mudar na margem a infame lei aprovada contra a CLT, seus aliados explícitos, agora, são os ruralistas e a nata dos empresários retrógrados. Num acordo implícito com a grande mídia e o governo, Fiesp, Confederação do Comércio e Confederação da Agricultura queimam vastos recursos públicos em publicidade de promoção pessoal e institucional com o fim único de transferir dinheiro para televisões e jornais. É um total descalabro, ainda ignorado pelo Ministério Público.

Todos que tem conhecimento mínimo de história sabem que esses eventos, por mais extravagantes que sejam, são temporários. Sim, Temer, breve você irá para o lixo da história. Não importa a proteção que venha a ter do Legislativo a curto prazo. Nem confie muito na desídia do Judiciário. Como escreveu Max Weber a propósito da organização do judiciário a partir da Idade Moderna, o controle burocrático dele vai apenas até o ponto em que surge uma sublevação do povo. Nesse caso, sai o juiz comum e entra a justiça do cádi.

A pergunta do dia

Cabral é transferido para presídio federal após bate boca em que disse que família de juiz faz “negócios com bijuterias.

A pergunta que fica é:

A família do juiz faz ou não faz negócios com bijuterias?

Pura verdade

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No fim a verdade apareceu. Dilma não tinha conta no exterior, não recebeu valores ilícitos, demitiu Geddel da Caixa Econômica, demitiu Paulo Roberto Costa da Petrobras, negou apoio a Cunha no Conselho de Ética, contrariou Aécio em Furnas e não deu os 70%  de aumento que o STF exigia. Resumindo: a mulher prestava, e o povo brasileiro que tanto pediu um governo idôneo, jogou na lata do lixo sem titubear a nossa tão jovem democracia.

Prioridades e Política


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Lula prometeu acabar com a fome
Aécio prometeu acabar com o primo
Bolsonaro prometeu acabar com os menores infratores

É, cada um com sua prioridade.

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Washington Post: Milhões retornam à pobreza no Brasil, e desmorona a década do “boom”

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Quando Leticia Miranda trabalhava entregando jornais nas ruas, ela ganhava cerca de US $ 160 por mês, apenas o suficiente para pagar por um pequeno apartamento que ela compartilhava com seu filho de 8 anos em um bairro pobre do Rio de Janeiro.
Quando perdeu seu emprego há seis meses, em meio à pior crise econômica do Brasil em décadas, Miranda não teve escolha senão passar para um prédio abandonado, onde várias centenas de pessoas já estavam vivendo. Todos os seus pertences – uma cama, uma geladeira, um fogão e algumas roupas – ficam numa pequena sala que, como todas as outras no prédio, tem janelas sem vidro. Os moradores se banham em grandes latas de lixo cheias de água e fazem o melhor para viver com o cheiro de montanhas de lixo e com porcos no centro do prédio.
“Eu quero sair daqui, mas não há para onde ir”, disse Miranda, de 28 anos, vestida com um top de biquíni, shorts e sandálias para suportar o calor. “Eu estou entregando currículo para emprego e fiz duas entrevistas. Até agora, nada “.



">Entre 2004 e 2014, dezenas de milhões de brasileiros emergiram da pobreza e o país foi frequentemente citado como um exemplo para o mundo. Os altos preços das matérias-primas do país e dos recursos petrolíferos recentemente desenvolvidos ajudaram a financiar programas de assistência social que colocassem dinheiro nos bolsos dos mais pobres.
Mas essa tendência foi revertida nos últimos dois anos devido à recessão mais profunda da história do Brasil e cortes nos programas de subsídios, aumentando o espectro de que essa nação do tamanho do continente perdeu o caminho para lidar com grandes desigualdades que remontam à época colonial.
“Muitas pessoas que saíram da pobreza, e mesmo aqueles que se aproximaram da classe média, caíram de volta”, disse Monica de Bolle, membro sênior do Peterson Institute for International Economics, com sede em Washington.
O Banco Mundial estima que cerca de 28,6 milhões de brasileiros saíram da pobreza entre 2004 e 2014. Mas o banco estima que, no início de 2016 até o final deste ano, 2,5 milhões a 3,6 milhões caíram abaixo da linha de pobreza de R$ 140 por mês, cerca de US$ 44 às taxas de câmbio atuais.
Esses números são provavelmente subestimados, disse Bolle, e eles não capturam o fato de que muitos brasileiros de classe média baixa que progrediram durante os anos de “boom” voltaram a se aproximar da pobreza.
“Todos os dias é uma luta para sobreviver”, disse Simone Batista, de 40 anos, com lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto contava estar sendo cortada do Bolsa Família depois que nasceu seu bebê de apenas 1 ano. Ela quer apelar, mas não tem dinheiro suficiente para pagar o ônibus até a repartição que cuida disso no centro da cidade. Batista vive no Jardim Gramacho, em Duqye de Caxias, onde ela e centenas de outros moradores indigentes encontram comida através de lixo ilegalmente despejado na área.

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Folha de São Paulo: 
Governo infla receitas para conseguir fechar as contas
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Rosa de Nagasaki: que maravilha viver num país onde "pedaladas" não é mais crime