Vestindo a carapuça

(...) 
- Quem são vocês?
- Somos fiscais do tribunal superior eleitoral, e temos ordem de retirar a faixa "Abaixo o Fascismo" da entrada da Universidade.
- Sob qual justificativa?
- Ela faz alusão velada a um dos candidatos a presidente.
- Haddad vestiu a carapuça?
- Claro que não. Todos nós sabemos que o fascista é Jair Bolsonaro.


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Briguilinas

Notório fascista, por Pablo Villaça

O fato de Jair Bolsonaro ser um fascista é tão notório que basta uma aula sobre fascismo ser anunciada ou uma bandeira antifascista ser hasteada que o tse - tribunal superior eleitoral - corre para proibir, mesmo sem que o nome do sujeito [dito sujo] tenha sido sequer mencionado.

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Ele diz que não é corrupto, mas olha quem ele já escolheu como líderes do governo


Você conhece estes três?
  1. Alberto Braga: condenado por receber propina de empresa de ônibus
  2. Onix Lorenzoni: confessou que recebeu propina da JBS 
  3. Pauderney Avelino: condenado a devolver 4,6 milhões que roubou 

A PGR pediu a condenação de Alberto Fraga por pedir R$ 1,5 milhão em propinas. Vazou até áudio dele dizendo que recebeu pouco e reclamando do valor.
Pauderney Avelino é pior: vazou um áudio de Sergio Machado (aquele do golpe com Supremo e tudo) falando com Renan Calheiros, dizendo que "não tem cara mais corrupto que o Pauderney". Ele já foi condenado a DEVOLVER R$ 4,6 milhões que roubou em um esquema de superfaturamento no Amazonas.
Onyx Lorenzoni é o braço direito de Bolsonaro. Ele admitiu ter recebido propina da JBS (de Joesley) em 2017.
Não acredita? Dá um Google no nome de cada um deles
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Samara Fellipo: Ciro a gente tá ou não está junto pela Democracia?



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Onze motivos para não votar em Bolsonaro

1 Declarou que vai prender ou expulsar do país quem fizer oposição ao seu governo. Chegou a anunciar que fará o candidato adversário -Fernando Haddad –  “apodrecer na cadeia”. Também disse  que, se for presidente, tratará os movimentos sociais que lutam por terra e moradia como grupos terroristas.
2 Apoiou abertamente a volta da ditadura militar, a tortura e o assassinato de opositores. São suas estas declarações “Eu sou favorável à tortura, tu sabe disso”, e “o erro da ditadura foi torturar e não matar” – como se assassinatos políticos não tivessem acontecido naquele período.
3 Silenciou quando seu filho, detentor de mandato parlamentar, disse há dois meses num vídeo que basta “um soldado e um cabo” para fechar o STF, caso o tribunal imponha alguma restrição à vitória do pai.
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Josias de Souza: Bolsonaro o ex-Bolsonaro

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Há dois Bolsonaros na praça. Um exibe nas redes sociais a retórica crispada do candidato em fim de campanha, preocupado em manter apoiadores mobilizados. Outro ensaia em reuniões reservadas o timbre moderado de um favorito a virar presidente no domingo. Esse Bolsonaro que se equipa entre quatro paredes para governar começa a ficar bem diferente do Bolsonaro do palanque eletrônico.

À medida que vai farejando a perspectiva de vitória, é natural que um candidato aproxime sua retórica da realidade. No tudo-ou-nada da campanha, os programas de governo tornam-se aguados. E as promessas ajustam-se mais àquilo que o eleitor deseja ouvir do que à viabilidade da consecução do que é prometido.
Confirmando-se os prognósticos de vitória, o risco que um candidato tido como mitológico corre é o de ficar irreconhecível. O ministério ultra-enxuto de Bolsonaro começou a esticar. O Meio Ambiente não será mais fundido à Agricultura. A pasta da Indústria e Comércio não será incorporada à Fazenda. O governo Temer já não é de todo ruim. Integrantes da equipe econômica podem ser aproveitados. O time de ministros especialistas pode ter um ou outro político derrotado nas urnas. Bolsonaro começa a virar ex-Bolsonaro antes mesmo de se tornar presidente.
Josias de Souza