A importância de uma "mexidinha" na relação


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A complexa arquitetura burguesa para tirar o Partido dos Trabalhadores do poder, por Gustavo Conde


Quando a gente for estudar história mais adiante, um dos capítulos mais instigantes será este: “A complexa arquitetura burguesa para tirar o Partido dos Trabalhadores do poder.”
Porque no voto ia ser realmente difícil.
Lembro do ministro do STF Gilmar Mendes desolado dizendo em idos de 2014 mais ou menos o seguinte: “com todos esses programas sociais será impossível tirar o PT do governo”.
Pobre Gilmar. Quase foi baleado por Rodrigo Janot – outro ídolo fascista desse câncer judicial que é a Lava Jato – mas sobreviveu para se arrepender parcialmente dos serviços prestados ao anti-petismo branco. Teve mais sorte que Teori Zavascki.
Divertido é – e trágico. Pensar em como a nossa elite conspirou longos 13 anos para ejetar a soberania popular do Planalto faz a gente pensar na força deste partido político prestes a fazer 40 anos.
Um sentimento ambíguo, sem dúvida.
Aos fatos já históricos.
Depois de três derrotas seguidas, Lula vence. Não fossem essas três derrotas, talvez, ele nem tomasse posse. Foram exatamente essas três derrotas que tornaram a legitimidade de Lula e do PT algo inatacável para a nossa elite assassina. Tiveram de engolir o mais legítimo dos presidentes eleitos da história, porque foi um presidente que sempre apostou na democracia e soube perder.
Não dava para impedir sua posse em 2003, “lamentavelmente”.

Brasil cachaceiro

Abriu o bar, eu estou bebendo
Pinçado do Facebook de Roseane Vasconcelos Vasconcelos
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Devastação

Sempre teve queimadas
na Amazônia!
Também sempre teve
imbecis no Brasil mas,
nunca tinha se revelado
se alastrado como agora!

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Tereza Cruvinel: 2019 ano das mentiras e torpezas


Lá se vai 2019, o ano de Bolsonaro, ano trevoso, de mentiras e torpezas. Quando ele for revisitado lá adiante, quando tudo isso tiver passado, pois não há mal que sempre dure, haveremos de nos perguntar: como pudemos tolerar tudo aquilo sem nos revoltar? Como pudemos nos silenciar diante do esbulho de direitos, das mentiras diárias, da semeadura de preconceitos, dos ataques à cultura e ao conhecimento, do empurrão constante do Brasil rumo à barbárie, do flerte com a morte pelo incentivo à violência, até mesmo no momento natalino, com o indulto a policiais assassinos e a celebração do aumento de armas em mãos de brasileiros?

A pesquisa Datafolha parcialmente divulgada neste domingo precisa ser lida pelo reverso, valorizando a omissão, a cumplicidade monstruosa com tudo o que está aí. Se apenas 36% consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo, outros 62% não estão incomodados, enxergam em tudo uma normalidade inaceitável, pois 30%  o consideram ótimo ou bom e 32% regular. Se acham regular, não estão vendo nada de anormal. Esta, a meu ver, é a pior notícia para o ano que vem aí. Indica o quão longe estamos de construir na sociedade uma maioria que diga não à brutalidade a que estamos submetidos. Com 62% aplaudindo ou cruzando os braços, eles - Bolsonaro, seus lacaios e a extrema direita - vão continuar passando o trator sobre as universidades, os direitos trabalhistas, a rede de proteção social, os direitos humanos, o meio ambiente, a cultura e tudo mais. Não há dia em que mais de uma atrocidade não seja anunciada.

Reveillon 2019

Que no dia 31 o povo possa 
assar um churrasco de Ano Novo!

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