A crise obrigou Estado a assumir seu papel


A recessão mundial trouxe uma mudança profunda na conjuntura internacional. O economista Alex Araújo enumera as transformações. "Primeiro, é um mundo diferente depois da crise", dispara. "Houve uma mudança na polarização internacional: dos Estados Unidos à Ásia. Os investimentos internacionais tendem a ficar mais rigorosos. E os governos vão ter um papel mais atuante nesse novo mundo do que no passado". Um exemplo disso, segundo ele, é a criação da PetroSal, subsidiária da Petrobras que vai administrar a exploração de petróleo na camada pré-sal, assim também como a atuação dos bancos em reduzir o spread. Esse Estado novo tem papel ativo. É uma nova realidade. O Estado assume a dianteira nos investimentos. Será um cliente importante para o mercado".

Um segundo ponto, diz o economista, é a preponderância da China em relação ao mundo e ao Brasil. "A China é o principal parceiro comercial do País", afirma. "E tem capacidade suficiente de gerar oportunidades para o mundo nas próximas duas décadas. Deve fechar este ano com incremento econômico de 6% a 7%, retomar maior expansão em 2010, e induzir o crescimento do mundo. Cabe ao Brasil fazer negócios com a China".

Um terceiro fator é o posicionamento do Brasil no cenário mundial. "A perspectiva que está se colocando indica que se o País souber usar com inteligência sua participação no mercado internacional terá relativo longo prazo de crescimento sustentável e desenvolvimento com oportunidades em todas áreas", diz Araújo. As oportunidades, cita, vem com o pré-sal e produção de commodities.
CAROL CASTRO

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