Investidores estrangeiros deram de responder por mais de 40% do volume negociado, nesta semana, na Bovespa. Até por isso, volume médio diário elevado. Essa conversão de dólares para reais, em bolsa, aumenta a aflição do aflito: o dólar americano no mercado cambial brasileiro.
Flutuando agora perto de R$ 1,70, já há quem aposte em dólar de R$ 1,65 na média da travessia destes últimos 77 dias do ano. Até porque, na semana que vem, o Banco Central faz a revisão periódica dos juros e deve manter a Selic congelada no piso de 8,75%, com viés de alta nas entrelinhas na ata da reunião, a ser divulgada na semana seguinte - como é do ritual canônico do BC.
Sem novo corte na base de juros de mercado, haverá transfusão cambial suplementar também pela renda fixa calibrada pela Selic. Vai daí que o BC se obriga a enxugar dólares da praça, da ordem de quase US$ 7 bilhões nestes últimos três dias.
Enquanto isso, a Bovespa celebra pontuação recorde desde 30 de junho do ano passado, em tempo em que bebemora captação de ações novas, este ano, no total de R$ 36 bilhões. Em 13 chamadas de capital novo. Por enquanto.
Quer dizer, em 13 meses de crise global, está zerado o lero-lero da aversão ao risco Brasil. Até por exclusão, o menor risco de bolsa no mercado de ações do planeta capinanceiro. É de São Paulo a bolsa mais revalorizada do mundo em 2009 - revalorizada até ontem em 77%. A segunda colocada, a de Xangai, não aparece no retrovisor da Bovespa.
O videogame da vez é adivinhar a pontuação do Ibovespa na ponta do réveillon. O recorde, de 73.500 pontos, é o de 22 de maio do ano passado.
Talvez, o Ibovespa contente-se com um Papai Noel de 70.000 pontos. Talvez.
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