A pré-candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, afirmou ontem que, se eleita, é possível acabar com a miséria em dez anos.
"Do ponto de vista do projeto que represento, acabamos com a miséria na próxima década", afirmou em entrevista ao programa Supermanhã, de Geraldo Freire, da Rádio Jornal, a emissora de maior audiência em Pernambuco.
"Sabemos como fazer".
Dilma voltou a atacar o "comportamento dúbio da oposição", que comparou a uma "biruta de aeroporto", porque, segundo ela, ora critica, ora elogia e ora volta a criticar programas do governo de acordo com a plateia - no caso da biruta, de acordo com o vento. A ex-ministra da Casa Civil disse não esquecer que a oposição chamou o Bolsa Família de "bolsa esmola" e "bolsa preguiça", sem a percepção de que o Bolsa Família é uma das maiores armas na luta contra a miséria. E que os oposicionistas também afirmaram se tratar de "malabarismo e marketing político" as obras de transposição do Rio São Francisco, desconhecendo a importância da obra para acabar com a sede de 20 milhões de pessoas do semiárido.
"De repente, visitam a obra e desandam a elogiar, depois, voltam a criticar".
Ela garantiu que o Bolsa Família vai continuar enquanto houver pobres no Brasil e disse que a geração de mais de 2,5 milhões de empregos no governo Lula não significa o fim da miséria, mas é fruto da decisão do governo de voltar a fazer política industrial.
"Tudo que pode ser fabricado no Brasil vai ser produzido no Brasil", afirmou.
Para ela, a oposição, quando esteve no governo, incentivou a compra de plataformas, navios e embarcações de Cingapura e da Coreia.
"Quando chegamos no governo, tinha no máximo 1,2 mil metalúrgicos na área naval, hoje deve ter mais de 40 mil", disse, citando o Estaleiro Atlântico Sul, no litoral pernambucano, que vai colocar no mar o seu primeiro petroleiro no início de maio.
Dilma disse que se sente "extremamente preparada" para governar o País e adiantou que, se eleita, terá sempre o presidente Lula como conselheiro.
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