Dilma destaca atenção aos pobres como diferença entre projetos do PT e de Serra


Dilma Rousseff e Jaques Wagner valeram-se ontem de discursos e entrevistas, em Salvador, para criticar o Governo FHC e destacar as diferenças entre os projetos que Dilma e José Serra representam na campanha eleitoral deste ano. Segundo Dilma, a diferença essencial está na preocupação do Governo Lula e de sua candidatura com as necessidades dos mais pobres.
     “É o povo que é dono desse país e não o país que é dono do povo. Isso é que diferencia nosso projeto. Fizemos o que não queriam fazer antes: elevamos a condição da população brasileira. Este país crescia voltado para poucos, excluindo amplas regiões do Brasil. Nós mudamos isso. Trata-se de projetos diferentes, porque, a cada programa, olhamos para saber como ele vai beneficiar os 190 milhões de pessoas.”
    Outra diferença citada por Dilma, entre o PT e a oposição, é que, no Governo Lula, o Estado assumiu a obrigação de subsidiar a compra de moradias e de distribuir energia elétrica os brasileiros pobres, porque “entregues às forças mercantis eles jamais conseguiriam”.
    Já para o governador Jaques Wagner, candidato à reeleição, os petistas são aqueles que começaram “como loucos e, depois de 30 anos” ensinaram “que era o contrário do que eles falavam – que era preciso crescer para dividir o bolo. Nós crescemos dividindo o bolo. Enquanto eles idolatravam o mercado absoluto, o bezerro de ouro, nós resistimos e mantivemos a Petrobras, o Banco do Brasil, a Embasa. Quem sustentou esse país em 2009, durante a crise, foram os bancos públicos”, afirmou Wagner em alusão aos projetos privatizantes do Governo Fernando Henrique.
 SEGURANÇA  
     Em entrevista que concedeu após o ato de lançamento da pré-candidatura de Jaques Wagner à reeleição, Dilma defendeu o reforço da Força Nacional de Segurança Pública para combater o crime organizado. Na opinião da petista, os problemas só podem ser enfrentados com autoridade e com a execução de políticas sociais em regiões dominadas pelo crime organizado.
    “Nossa questão é derrotar o crime e aí precisa reforçar a Força Nacional de Segurança, que nós criamos”.
    Dilma destacou ainda a necessidade de ampliar as atividades de inteligência da Polícia Federal e os programas sociais nos territórios onde o Estado já tenha retomado o domínio antes exercido por criminosos. Ela citou como exemplo as ações desenvolvidas pelas Unidades de Polícias Pacificadoras (UPPs) no Rio de Janeiro.

2 comentários:

  1. É muita cara de pau de Dilma falar nos pobres, abandonados pelo governo lulo petista.

    Em oito anos de governo nada foi feito para melhorar as condições de saúde pública.

    A qualidade da educação pública só piorou segundo relatórios da UNESCO.

    Não foram criados programas sociais novos, todos são continuação de programas sociais de governos anteriores.

    A carga tributária está em 38% e perversamente é uma carga tributária reversiva onde o pobre paga mais tributos do que o rico.

    A corrupção foi intitucionalizada e o governo defende com unhas e dentes a impunidade.

    Este é um governo baseado em mentiras e demagogia.

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  2. 16/05/2010 - 12:49

    O CASO CASTELO DE AREIA E A MÍDIA


    Blog do Nassif:


    Veja” e “Época” descobriram juntas a corrupção tucana.
    Incrível coincidência.

    As duas revistas deram, nesse fim-de-semana, reportagens (discretas, sem estardalhaço), sobre a “Operação Castelo de Areia”. Lembram? A PF descobriu – com um executivo da Camargo Correia – planilhas com doações (amplas, ilegais e muito bem escrituradas) para políticos diversos.

    A reportagem de “Veja” você pode ler aqui – http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/homem-bomba-tucano-aloysio-nunes-559591.shtml .

    A de “Época” está aqui – http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI140500-15223,00-ECOS+DO+BURACO+TUCANO.html.

    O estranho é que – nos bastidores da imprensa paulista – há vários meses circula o relatório final da “Operação Castelo de Areia”, da PF.

    O “Estadão” teve acesso ao relatório. Um dos mais experientes repórteres do jornal teve o relatório em mãos. Mostrou aos chefes. Isso há quase 6 meses. Era uma pancada muito forte nos tucanos (apesar de o relatório atingir políticos de vários partidos, inclusive do PT). A ordem no “Estadão”, segundo uma fonte do Escrevinhador, foi: “esqueça isso, não vamos dar”.

    O repórter – contrariado – acatou a ordem. Mas cópias do material começaram a surgir em outras redações…

    A “Folha” também teria conseguido. Lá, também, o material teria sido vetado. Motivos óbvios: criava constrangimentos para um candidato aliado.

    As revistas também tinham o relatório… Isso há vários meses.

    Por que, então, só agora “Veja” e “Época” entraram na história? Por que ficaram restritas a alguns nomes do tucanato, e não deram mais detalhes? Por que, na “Veja”, o alvo foi Aloysio Nunes Ferreira (homem-forte de Serra, candidato tucano ao Senado por São Paulo)?

    Alguns enxergam nisso um recado a Serra, exatamente na semana em que ele resolveu declarar que é de “esquerda”, em que resolveu bater boca com a Miriam Leitão, contrariando um dos ícones do pensamento (neo) liberal – a tal “independência” do Banco Central.

    A turma do Instituto Millenium estaria insatisfeita com Serra? O candidato estaria se mostrando indisciplinado, incapaz de defender o “programa” estabelecido pelo PIG? Por isso, as revistas resolveram dar uma “pitadinha” da Castelo de Areia, como a avisar: batemos no Aloysio; ou você toma jeito ou temos material guardado também contra você – ou já esqueceu?

    Não se esqueçam, caros leitores, que, nos primeiros relatos sobre a Castelo de Areia, muito antes do relaório final sair, apareciam na imprensa referências a doações ilegais para “Palácio Band” – http://www.rodrigovianna.com.br/forca-da-grana/pf-investiga-propina-pra-palacio-band-a-casa-caiu.

    Rapidamente, as reportagens foram interrompidas. Para ressurgir agora…

    Quem era o inquilino do Palácio dos Bandeirantes até dois meses atrás? Agora, “Epoca” e “Veja” deixaram o Palácio de fora…

    Há outra hipótese para as matérias simultâneas de “Epoca” e ‘Veja”: as revistas estariam sabendo que uma TV de São Paulo tem o relatório em mãos, e prepara reportagens para os próximos dias? Dar o material antes (e, estrategicamente, de forma bem limitada) foi uma “vacina”: se a notícia aparecer na TV, a turma do Serra poderá dizer “ah, mas isso aí até a “Veja” já deu…”.

    Por último, uma pergunta: “Veja” não vai brindar seus leitores com a parte do relatório da PF em que um de seus supostos jornalistas aparece na suposta planilha da Camargo Correia, lado a lado com um ex-secretário de Serra-Kassab?

    De acordo com fontes desse Escrevinhador que viram o relatório da PF, o suposto jornalista teria – pelo menos – 50 mil motivos para defender as posições que defende – seja em seus textos na revista, seja em seus textos no blog que escorre pelo esgoto na internet.

    50 mil motivos! Vocês acham que é muito ou pouco?

    Aliás, um jornalista da “Veja” mostrava-se, já em 2009, muito preocupado com as investigações – http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/castelo-de-areia-e-ilegalidades/

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