O presidente Lula a autoridades africanas que seu governo fez "milagre nos últimos anos".
Para exemplificar, ele citou o crescimento da classe média no País.
"Foi a capacidade de consumo dos pobres que fez a economia brasileira resistir à crise dos países ricos. As classes D e E do Norte e Nordeste consumiram mais que a A e B das regiões Sul e Sudeste. Os pobres foram à luta, compraram o que não podiam", disse Lula.
"É a multiplicação dos pães. É um dos milagres que aconteceram no País", ressaltou.
"Os pobres viraram classe média, passaram a comprar em shopping centers."
O presidente afirmou ainda que é necessário que os países ricos continuem ajudando as nações africanas e pediu que o próximo presidente da República mantenha as atuais relações com o continente.
"Eu espero que o próximo governo continue pensando nessa trajetória", disse.
"Espero que outros presidentes viajem mais do que eu para que possam descobrir o potencial que existe em nossas relações."
O presidente disse que, na política, os candidatos sempre prometem mudar a vida dos pobres, mas que, após a eleição, são os ricos que têm acesso às decisões.
"Na hora de governar, o pobre sai da agenda e entra o rico", afirmou.
O presidente reforçou ainda que não se pode esperar que sobre dinheiro do orçamento para investir no combate à fome.
"O combate à pobreza só será vencido se houver prioridade na política orçamentária de cada país".
O discurso foi feito durante abertura de um encontro em Brasília entre ministros da Agricultura de países africanos e o governo brasileiro, organizado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Lula destacou ainda a importância do desenvolvimento da agricultura africana e a importância de o Brasil e outros países investirem no continente. Lula foi condecorado, durante o evento, como o "Campeão Mundial na Luta contra a Fome".
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