Por Carlos Chagas
Em poucos dias José Serra e Dilma Rousseff entrarão na geladeira, cedendo para Dunga o lugar no caldeirão. Para os dois candidatos presidenciais será vantajoso, abrindo-lhes tempo e espaço para meditação sobre suas campanhas e até a elaboração final de seus programas de governo. Para o treinador, abre-se a oportunidade da glória sem precisar de votos ou um lugar garantido na fogueira.
O problema é que só quando faltar um mês para o início da Copa do Mundo, na próxima terça-feira, saberemos quais os 22 craques que irão à África do Sul. Pior ainda, ignora-se quais os 11 titulares. Muito menos sabemos se todos se conhecem, quanto mais se dispõem de um mínimo de entrosamento em campo. Os chamados “estrangeiros”, maioria absoluta, virão ao Brasil para ser fotografados e visitar o presidente Lula. Quem sabe participarão de um ou outro coletivo. Depois, será o que Deus quiser, ainda que nem Ele, hoje, arrisque um palpite sobre a melhor formação do nosso time.
Serra e Dilma pelo menos foram escalados e mostram suas qualidades pelos palanques visitados e as entrevistas concedidas, mas o selecionado brasileiro, nem
isso. As pré-campanhas sucessórias começaram há pelo menos dois anos, mesmo sem a escalação formal dos candidatos. A Copa do Mundo parece muito menos previsível do que a escolha do futuro presidente da República. Aqui, o campeão será o tucano ou a companheira. Lá, o risco pode ser da desclassificação prematura. Melhor alertar antes do que lamentar depois.
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