O brasileiro engrenou, no início deste ano, um ritmo de consumo nunca visto para o período. Empresas constataram, entre janeiro e março, crescimento recorde, em produção e vendas, e preveem o melhor ano da história.
Houve picos tanto nos bens duráveis (como eletrodomésticos) como nos não duráveis (alimentos).
Queda no desemprego, renda maior e crédito, fatores que ampliaram o poder de consumo das classes C e D, além de IPI reduzido e até a Copa do Mundo pressionam as altas.
A indústria de higiene pessoal e cosméticos produziu 10% a mais no primeiro bimestre contra igual período de 2009, recorde do setor. Os destaques foram os condicionadores (21%) e os esmaltes (26%).
A venda de computadores subiu 23% entre janeiro e março sobre igual período de 2009. Só não superou 2005, quando, com corte de PIS/ Cofins, cresceu 28%.
Nos notebooks, a alta foi de 70%. “Crédito estimula a compra”, diz Hugo Valério, diretor da Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica.
Sem IPI até março, montadores produziram 24% mais carros no trimestre. A indústria de eletrodomésticos vendeu 25% mais itens da linha branca (o IPI acabou para eles em janeiro).
O impacto da volta do imposto já foi sentido, mas a venda de eletrodomésticos ainda cresce. “Venderemos 10% mais neste ano”, diz o presidente da associação Eletros, dos fabricantes de eletrodomésticos e TVs, Lourival Kiçula.
Maior varejista do país, o Grupo Pão de Açúcar prevê crescer 10% na venda de alimentos. “As classes D e E põem 60% mais produtos no carrinho do que há dez anos”, diz o vice-presidente, José Roberto Tambasco.
A comerciária Tatiana Menezes, 29, comprou com o novo cartão de crédito TV, cafeteira, celular e roupas para ela e a filha Yasmin, 7.
“Agora, compro o que quero e pago como quero. Vou quitar a TV e comprar mais.” O irmão repassou-lhe um notebook recém-comprado e já encomendou outro.
O Plano Real instituido por Itamar Franco com Fernando Henrique no Ministério da Fazenda está produzindo bons frutos.
ResponderExcluirAinda bem que pelo menos nisto Lula demonstrou uma atitude responsável ao nomear o tucano banqueiro neoliberal Henrique Meirelles para comandar a economia brasileira nestes oito anos.
O Laguardia acusa Lula de inventar o Brasil. Mas, para ele o Brasil foi inventado com o plano Real implementado no governo Itamar Franco.
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