Se os pobres matam por oitenta reais é porque sabem que talvez não serão presos e se forem, será por pouco tempo. Sabem eles que o ex-diretor do jornal "O Estado de São Paulo" contratou uma estagiária, por seus dotes físicos e gostou tanto de seu desempenho que, em pouco tempo, a nomeava editora de economia da empresa decadente. Quando ela não quis mais sair com o barrigudo jornalista, ele sacou um revólver e a assassinou. Ela já estava fatalmente ferida por outro tiro dele. Foi no chão que ele executou o restante do homicídio. Nunca passou um dia na cadeia, por que é importante. Ainda ri dos familiares da vítima que contavam com a justiça para punir seu crime. Vai rir até morrer, de velho, solto, sem expiar o malfeito. Gente importante pode matar com a certeza da impunidade. De primeiro, quem tinha tal certeza eram policiais. Hoje, nem todos ficam impunes. Mas cumprem prisão, no quartel onde serviram e onde se encontram seus amigos.
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