A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) já conta, agora, com um novo parceiro: a Posco, líder do mercado coreano e uma das maiores do mundo, anunciou ontem que terá 20% de participação na joint venture cearense. A informação foi confirmada pela Vale, que fica como sócia majoritária do projeto, com 50% das participações. Desta forma, a também sul-coreana Dongkuk Mill Co. passa a ter 30% das ações do empreendimento. A entrada da nova empresa fortalece o projeto, cujas obras já estão em andamento no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). De acordo com a assessoria de comunicação da Posco, a empresa integrará o projeto participando apenas da primeira fase, que consiste na produção de três milhões de toneladas de placas de aço. Conforme a assessoria, a participação da companhia na segunda fase do projeto, em que a capacidade produtiva dobrará, ainda está sendo discutida.
O Diário do Nordeste já havia antecipado, na edição da última quinta-feira, que a Posco confirmara o interesse no projeto siderúrgico local, mas que, naquele momento, ainda não tinha chegado a uma decisão. A empresa estudava o empreendimento cearense desde março último. A inserção da nova sul-coreana na CSP é tida como estratégica para o desenvolvimento do empreendimento.
"A entrada deste novo sócio agrega ainda mais valor, pois contaremos com a tecnologia e experiência operacional da Posco em usinas siderúrgicas integradas de grande porte", avalia o diretor de Siderurgia da Vale, Aristides Corbellini. A CSP, que é uma usina integrada (transforma o minério de ferro em produtos siderúrgicos), deverá iniciar sua operação em 2014, com capacidade de produção para três milhões de toneladas de placas de aço anuais.
O presidente da Vale, Roger Agnelli, quando da inauguração da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio de Janeiro, da qual também é sócia, afirmou que concretização dessa segunda fase irá depender da inserção de um novo investidor.
Entretanto, o presidente ressaltou, através de nota lançada ontem pela assessoria da empresa, que a inclusão da Posco na CSP demonstra um interesse crescente de investidores estrangeiros nos projetos do Brasil. "Entendemos que o Brasil é o melhor lugar para se produzir aço. Por isso, temos estimulado parcerias com nossos clientes para aumentar a produção no país", destaca Agnelli.
Orçada em US$ 4 bilhões, a CSP é considerada hoje um dos maiores empreendimentos privados do Nordeste e um dos maiores do Brasil. Durante a obra, está prevista a criação de 15 mil empregos, cujas vagas serão recrutadas, prioritariamente, entre a mão-de-obra local. Na operação, serão outros 4 mil diretos e 10 mil indiretos. A Vale informa que "vai atuar em parceria com instituições de ensino na promoção de cursos de capacitação técnica para formar os profissionais para os postos de trabalho que serão abertos".
Além da CSP e da CSA (esta em parceria com a alemã ThyssenKrupp), a Vale tem ainda projetos siderúrgicos no Pará (Alpa - Aços Laminados do Pará) e no Espírito Santo (CSU - Companhia Siderúrgica Ubu). No total, estes projetos totalizam investimentos de 21 bilhões de dólares, com geração de mais de 80 mil empregos na implantação. Com isso, serão somados 18,5 milhões de toneladas anualmente à produção siderúrgica nacional, que em 2009 foi de 42,1 milhões de toneladas de aço bruto, segundo o Instituto Aço Brasil. Continua>>>
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