Já identifiquei aqui antes uma rachadura na lógica do presidente da República quando trata da imprensa. Umas horas diz que ela não tem mais tanto poder quanto antes. Mas se isso é fato por que gastar tanta saliva com o assunto?
O que mudou na relação entre a imprensa e seus leitores, telespectadores, ouvintes? Hoje há bem mais fontes de informação, e essas fontes são fiscalizadas em tempo real pela internet. O sistema de freios e contrapesos funciona para valer, cada vez melhor.
O que não mudou? A razoável independência entre o que acham e dizem os jornalistas e o que pensa o eleitor.
Lula de vez em quando parece imaginar que está diante de uma baita novidade. Menos, presidente. A História do Brasil já teve outros episódios de dissonância entre o poder e a opinião pública, nos quais a maioria da população seguiu o primeiro e não a segunda. É só pesquisar. Um bom exemplo está no livro “Minha Razão de Viver”, na parte em que Samuel Wainer (com a redação de Augusto Nunes) conta da campanha que levou Getúlio Vargas de volta ao poder em 1950.
O papel dos “formadores de opinião” foi e é limitado. Em geral, quando alguém busca uma ideia é para poder defender melhor o que já desejava defender. O sujeito gosta de um governo ou não gosta. Mas sempre por razões objetivas. Depois vai buscar a explicação.
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