Há um outro prazer, que é o que – penso – move a questão ideológica dos 4%.
É o de exclusividade. Ter o que ninguém mais tem. Se ninguém mais tem algo que você tem, aquilo é especial. Se essa coisa que você tem (viagens de avião, carro, casa, marcas de status, etc) é algo que outros tem, deixa de ser especial. Todo esse barulho é movido não somente por uma questão de interesses (afinal, Lula beneficiou os “nossos” ricos e elites na prática também, pois o mercado consome mais coisas que eles fabricam), mas por uma questão emocional.
Há as questões de publicidade, sim, mas – fora da mídia, fora dos outros interesses – é uma questão que vai além do “eu ter” e chega a “os outros não terem”. Para certas pessoas, o prazer é aumentado (ou só é obtido) se os outros não têm nada.
Como disse alguém, numa versão expandida:
Não basta para um dos 4% ele ter o Mercede, tem que ter um pivete sujo e maltrapilho babando sobre o Mercedes dele, Pivete esse que pode perfeitamente assaltar ele no Mercedes e matá-lo para roubar o carro e vender ou trocar por drogas. Mas MESMO essa insegurança, MESMO saber que isso pode prejudicá-lo no final, não significa nada perto da sensação de “eu tenho, e, o mais importante, VOCÊ NÃO TEM”.
A grande maioria dos brasileiros, incluindo as elites, não está nem aí para isso.
As elites também ganham com o governo Lula, e aqueles que se satisfazem em ter, quer o outro tenha, quer não, estão felizes com esse governo e desejam a continuidade dele.
O povo é pragmático. Viu que ganha com o governo Lula e vai votar na Dilma por isso.
Eu idem!
Jõao Lucas
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