Os números do petista Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo não estão no patamar que era esperado pelo PT no início da campanha. Ele vem subindo nas pesquisas, é verdade, e Alckmin apresenta uma pequena queda (segundo o Datafolha, Mercadante subiu em um mês de 16% para 23%, enquanto Alckmin caiu de 54% para 49%), mas a mudança ainda é muito modesta e não leva a eleição para o segundo turno. Os petistas imaginavam que a popularidade de Lula, que impulsiona Dilma Rousseff para uma possível vitória no primeiro turno na campanha nacional, servisse também para empurrar Mercadante para o segundo turno em São Paulo.
Não é o que está acontecendo faltando apenas 17 dias para a eleição.
Os petistas, porém, apostam numa mudança de quadro. Eles analisam que o eleitor demora a pensar na sucessão ao governo do Estado. Detectaram também um equívoco na campanha de Mercadante. Segundo uma pesquisa interna mais aprofundada, muitos eleitores ainda acham que Mercadante é candidato ao Senado. Por isso, a palavra governador passou a ter maior destaque na propaganda de rádio e tevê nos últimos dias. Lula e Dilma entraram mais na campanha.
Em 2006, quando disputou o governo contra José Serra, o cenário para Mercadante era muito mais complicado. Os escândalos do mensalão e dos aloprados respingavam em sua campanha. A popularidade de Lula era de 45% e os tucanos lideravam a corrida presidencial em São Paulo. A candidatura do PT ao governo paulista tinha apenas dois partidos na sua base de aliados, um grupo reduzido de candidatos à Assembleia e à Câmara e apenas um minuto de tempo de tevê. Mesmo assim, Mercadante conseguiu 32% dos votos para o governo.
Agora, Lula é o grande cabo eleitoral do País, com mais de 78 % de aprovação e Dilma vence no Estado, considerado reduto tucano. O governo capitaliza a sensação de bem-estar econômico. Os 11 partidos da base de apoio dão a Mercadante cinco minutos na tevê e um exército de 800 candidatos a deputado estadual e federal que percorrem o estado pedindo votos. As pesquisas mostram que as denúncias do Receitagate e contra a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, não estão surtindo efeito eleitoral importante por enquanto.
Os dois líderes da campanha ao Senado são da base do candidato petista. “Em eleição nós trabalhamos com uma lógica conjuntural. Se em 2006 tivemos 32% dos votos ao governo, esperamos que nesta eleição o Mercadante ultrapasse isso”, diz Antônio Mentor, líder do PT na Assembléia paulista. “Contando os votos do Celso Russomanno (PP), do Paulo Skaf (PSB), do Paulo Búfalo (Psol) e dos outros candidatos certamente teremos segundo turno”.
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