Depois de percorrer 7 quilômetros em uma carreata que começou nos bairros nobres de Belo Horizonte e terminou em um comício relâmpago com militantes no Centro da capital, Lula apostou na minerice de Dilma para vencer as eleições no estado e disse mais uma vez ser vítima do preconceito "dos ricos".
- Belo Horizonte nunca teve um presidente e ela será a primeira - discursou Lula, seguindo o script da coordenação de campanha de Dilma no estado, que aposta na estratégia de ressaltar as origens da candidata.
- Eu nasci aqui e, se Deus quiser, eu vou ser a primeira mineira presidente do Brasil. Essa terra em que eu vi pela primeira vez a luz da vida e que me ensinou os valores da liberdade - discursou Dilma, antes de citar Juscelino Kubitschek, Tiradentes e Tancredo Neves como mineiros que considera ilustres.
Lula provocou a militância a fazer carreatas até o dia das eleições e a buscar conversar "diretamente com o povo".
- Fico constrangido porque aquelas pessoas ricas foram as que mais ganharam dinheiro no meu governo. Na verdade, o que eles não conseguiram superar foi o preconceito. O preconceito contra um metalúrgico ser presidente da República e fazer pelo Brasil o que eles não conseguiram fazer - atacou Lula.
Voltando-se para Dilma, o presidente disse acreditar que neste momento o que está em jogo não é apenas o preconceito contra sua candidatada.
- Agora, é preconceito e medo de ver uma mulher ganhar as eleições e fazer pelo Brasil mais do que eles fizeram. O que é importante é que você viu a diferença da elite e do povo. É com esse povo e para esse povo que você vai governar o país - discursou Lula.
Lula e Dilma estavam acompanhados do vice-presidente da República, José Alencar, que participou pouco da campanha no estado durante o primeiro turno, por causa do tratamento contra o câncer. No segundo turno, mesmo ainda debilitado por causa do tratamento, o vice-presidente voltou à cena como coordenador da candidata no estado.
Alencar discursa
- A nossa candidata foi a mais votada em todas as eleições. Mas a regra do jogo exige que nós ganhemos novamente - discursou Alencar, que estava no mesmo jipe de Lula e Dilma na carreata que passou por 13 pontos de mobilização de militantes do partido, distribuídos pela Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Desta vez, Lula e Dilma não atacaram os adversários diretamente. O papel coube ao presidente do PT em Minas, o deputado federal Reginaldo Lopes, único a discursar além de da dupla e de Alencar.
- Um único estado não pode concentrar todo o poder econômico e político. Minas não vota em paulista - atacou o dirigente petista.
Em entrevista à imprensa na chegada a Belo Horizonte, Dilma aproveitou também para rebater as críticas do adversário José Serra ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
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