Soma emprestada neste ano já é 63,7% superior à quantia de R$ 647,5 milhões disponibilizada em 2009
O ano de 2010 está sendo considerado o melhor de todos os tempos para a Caixa Econômica Federal no que concerne ao crédito imobiliário. De janeiro até o dia 11 de novembro foram emprestados pelo banco R$ 1,059 bilhão para a compra da casa própria no Ceará. O valor supera em 63,7% os R$ 647,5 milhões conferidos durante todo o ano passado, período que, segundo a instituição financeira, detinha o melhor desempenho da história. Entretanto, somente nos sete primeiros meses deste ano, o resultado de 2009 foi ultrapassado.
Conforme explica o superintendente regional da Caixa, Gotardo Gurgel, os bons números do crédito imobiliário estão relacionados ao equilíbrio da economia brasileira. "O aquecimento do mercado foi baseado em alguns fatores cruciais, como uma maior desburocratização do processo; mais conhecimento, por parte da população, acerca das modalidades de crédito; e pelas vantagens do financiamento habitacional, além do aquecimento da construção civil com os novos lançamentos", diz.
A menos de um mês e meio para o fim do ano, a Caixa Econômica espera ainda anunciar em seu balanço final do financiamento da casa própria uma cifra mais inchada para o crédito imobiliário, em torno de R$ 1,3 bilhão no Estado.
Gotardo Gurgel destaca também que a procura pela casa própria não desacelera. "O ritmo de crescimento está alto, e a demanda continua elevada em todos os segmentos", garante, optando por não adiantar as perspectivas para 2011.
O montante liberado pela Caixa em 2010 é relativo à assinatura de 19.725 contratos, que devem beneficiar, em média, 80 mil cearenses. Em 2009, quando foram emprestados R$ 647,5 milhões, foram efetivadas 12.050 operações e favorecidas 48.200 pessoas. Segundo a instituição, os empréstimos com recursos da caderneta de poupança (SBPE), no ano, somaram R$ 401,8 milhões em 7.597 imóveis; ou 38% do contratado até agora. Nos financiamentos realizados a partir do FGTS, foram aplicados R$ 358,2 milhões em 5.296 operações. Foram aportados ainda R$ 285 milhões, em 6832 contratos, por meio do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) e R$ 14,7 milhões com recursos do Orçamento Geral da União.
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