Kassab, Alckmin, Richa barganham cargos e a mídia silencia

Image
Kassab
 
Muito interessante o noticiário de hoje da Folha de S.Paulo sobre a eleição da nova Mesa diretora da Câmara Municipal de São Paulo, um pleito dominado pelo prefeito da Capital, Gilberto Kassab (DEM-PSDB) e da composição do secretariado do futuro governador tucano do Estado, Geraldo Alckmin.

Chama a atenção, ainda, a notícia no Valor Econômico, do processo de escolha e composição da equipe do futuro governador do Paraná, o também tucano Beto Richa.

No caso da eleição para o comando da mais poderosa Câmara Municipal do país, a de São Paulo, o prefeito Kassab abertamente dá as cartas - ou melhor, dá cargos em abundância, de 1º escalão até, escandalosa e desbragadamente a tudo quanto é partido. Vale tudo desde que lhe fique assegurado o comando da Presidência e da maioria dos postos da Mesa.

Onde está a imprensa que não dá um pio a respeito?

Kassab junto com seus dois partidos, o DEM e o PSDB (ele ainda está filiado ao 1º, embora de malas prontas para deixá-lo, e sempre governou em parceria com o 2º) está interferindo diretamente na eleição dessa Mesa.

Ainda que mal pergunte, onde fica a independência do Legislativo, tão evocada pela oposição e pela mídia quando se trata das Mesas diretoras do nosso Congresso Nacional (Câmara e Senado) em Brasília? Lá, tão vigilante, cobradora e ciosa de seu papel de, em nome da opinião pública, fiscalizar; aqui, na promiscuidade Prefeitura/Câmara Municipal paulistana, completamente omissa.
Não é diferente, o comportamento da Folha de S.Paulo hoje - e nos últimos dias - na cobertura da composição do futuro secretariado do governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB). O troca-troca de cargos, apoios e o que mais estiver envolvido na história não desperta o menor interesse fiscalizatório do jornalão da Barão de Limeira.

Nepotismo no Paraná


O Valor Econômico dá hoje o mesmo tratamento de indiferença à barganha e ao nepotismo (nomeou secretários a esposa e um irmão) que envolve a composição da futura equipe do governo Beto Richa no Paraná. Lá, Richa contempla todos os partidos, coopta até quem não o apoiou.

E esse jogo todo na composição do secretariado do governo paulista, não é aparelhismo nem fisiologismo? A mídia só vê isso e imprime linha editorial do seu noticiário nessa direção, quando se refere ao governo federal - composição ministerial e dos demais escalões da administração da União.

Aqui, em São Paulo, para os jornais os partidos têm legitimidade de reinvindicar cargos - como de fato têm mesmo -. Como vemos, da parte da Folha de S.Paulo em relação aos governos tucanos um tratamento "neutro", "imparcial", "isento" e favorável à disputa de cargos. Já em relação ao governo federal...
Zé Dirceu
L3R ? 3NT40 CL1K4 N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Nenhum comentário:

Postar um comentário