Selic em 10,75 é erro

Decisão esperada, porém errada
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A posição do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC), adotada na reunião encerrada ontem, de manter a taxa Selic em 10,75% (ao invés de baixá-la), ainda que fosse uma medida esperada e preparada pela recente decisão de enxugar a liquidez do mercado contraindo o crédito em geral, mantém o nosso país na contramão do mundo em matéria de juros.
Continuamos com juros reais acima de 4%. Tirando a África do Sul e a Austrália, todos os demais países ou tem juros menores que os nossos ou negativos. O Brasil continua na liderança do ranking levantado em pesquisa entre as 40 maiores economias do planeta. Na 2ª posição aparece a África do Sul, com taxa real de 2% e na 3ª, a Austrália, com 1,9%.

É evidente que o Brasil não pode estar certo sozinho no mundo. Algo de errado acontece em nossa economia e na política monetária de nossos governos, na desenvolvida pelo nosso BC especialmente. Algo precisa ser feito, então, e urgentemente.

Baixar os juros deve ser prioridade
Não podemos continuar ancorados unicamente na política monetária para combater a inflação. Essa opção já se mostrou completamente errada. Precisamos adotar todas as medidas necessárias para superar essa anomalia, antes que seja tarde.

Pelas conseqüências que essa situação traz para o nosso câmbio, e pelas que tem na política fiscal, no serviço  da dívida interna e no conjunto da economia, a solução dessa anomalia pode e deve ser a prioridade nacional na próxima década e no governo da presidenta Dilma Rousseff que se inicia daqui a três semanas (1º de janeiro).
Não tem porque em matéria econômica e de política monetária a prioridade não ser o Brasil ter juros baixados aos níveis internacionais e não se fazer, concretamente, todas as reformas que viabilizem esse objetivo. Começando, inclusive, pela tributária.

Aproveito e convido a todos a lerem o artigo Primeiro Sinais , publicado hoje no jornal Brasil Econômico.
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