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Luciano Coutinho
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, anunciou que o banco vai reduzir o volume de financiamentos neste ano em cerca de R$ 30 bi ante os concedidos no ano passado. Assim, a instituição vai conceder em empréstimos neste 2011 um total próximo ao concedido em 2010 - R$ 144 bi.

Luciano justificou que o objetivo do BNDES a partir de agora "é dar espaço ao setor privado" nas operações de financiamento de projetos de longo prazo. "O sucesso do BNDES neste ano será medido pela ampliação do processo de 'crowding in' na economia", destacou, pela capacidade do Estado de estimular e reter as empresas privadas para produzir e gerar investimentos na economia.

Para o dirigente do BNDES, o desafio agora é "enfrentar o choque de preços vindo de fora sem gerar recessão", em um mercado interno já aquecido. A mídia puxou pela redução dos financiamentos, mas para além dela, o que interessa, na entrevista do Luciano Coutinho, é esta sua fala sobre o cuidado ao tomar medidas para combater a inflação importada e evitar a recessão.

A questão chave do governo Dilma

O ponto chave, no momento, é este. Tudo indica que as coisas estão sendo conduzidas (e terão êxito) nesse sentido - crescer pelo menos 5% ao ano e manter a inflação dentro da meta (4,5% ao ano) mais a banda de tolerância de 2%.

Já a meta da qual ele fala, de substituir financiamento público do BNDES por financiamento a longo prazo dos bancos privados, vai depender, sempre, ou de recursos externos, ou da queda dos juros no país, uma vez que a banca privada busca recursos no exterior, ou no mercado interno, concorrendo com os títulos do governo que pagam a taxa Selic.

O importante, então, é manter o crescimento da taxa de investimentos acima da do crescimento, como bem afirmou o presidente do BNDES: "os investimentos devem crescer entre 8% e 10% neste ano, enquanto o PIB deve subir perto de 4%".

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