Vocês lembram que, não faz um mês – quando o caso Palocci não tinha estourado e a “aposta” na inflação crescente era a única arma da oposição – inclua-se nela a mídia , a pedido da presidente da Associação Nacional dos Jornais, D. Judith Brito” – contra o Governo Dilma?
Eram as tais “expectativas de mercado” empurrando lá para cima a inflação e pressionando – aí está o que queriam, mesmo – para a elevação da taxa pública de juros, a Selic.
Bom, o golpe inflacionário falhou e os “sabidos” do mercado estão, já há quatro semanas, realinhando para baixo suas previsões expressas na pesquisa Focus, feita todas as sextas-feiras pelo BC junto à instituições financeiras.
E a nossa imprensa, que noticiava cada alta do Focus como uma hecatombe, mal registra, em letras miúdas, as suas seguidas baixas.
Baixas que são a conta gotas, mas baixas: de 29 de abril, quando marcaram 6,37%, para a última sexta, 27 de maio, para 6,23. E pode anotar que vão baixar mais. As expectativas do mercado, segundo a Reuters, era de 0,58% de aumento para o IGP-M. Deu 0,43%, no número divulgado hoje pela Fundação Getúlio Vargas. A inflação acumulada nos últimos 12 meses, por este índice, teve uma queda expressiva: ficou 9,77% em maio, ante 10,60% em abril em 12 meses, acumulados.
Mas, como eles querem é juro alto, mesmo assim não baixam a sua previsão para a taxa Selic. Ao contrário, fazem tudo para dizer que o consumo e o crédito ainda estão aquecidos demais e que o remédio são…mais juros.
O resto é o “método Ricupero invertido” da nossa mídia: o que é bo a gente esconde, o que é ruim a gente mostra. E ainda piora, se der.
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