Da privataria ao mensalão

[...] A suja realidade que vai além da briga entre tucademos e petistas.

No final da semana passada, as redes sociais estão em alvoroço. O lançamento do livro 'A Privataria Tucana', do jornalista Amaury Ribeiro Jr., tornou-se mais um capítulo na briga constante de "gato-cachorro" entre petistas e tucanos na internet. Virou tradição: a cada denúncia sobre o governo federal, especialmente quando esta se dá através da capa da revista Veja, há uma enxurrada de "contradenúncias" sobre desmandos do PSDB, seja em outras instâncias de governo, como do Estado de São Paulo, ou mesmo de outras épocas, como o caso recente do livro, alçado à pauta da ordem do dia.
A ordem dos fatos, necessariamente, não é sempre a mesma, mas o efeito deles é sempre no mesmo caminho. Enquanto um lado ataca, o outro contra-ataca, embrulhando o Brasil num grande nó de casos e mais casos de corrupção, de cima a baixo, de Leste a Oeste, do Oiapoque ao Chuí. A priori, toda denúncia, quando fundada, deve ser verificada e, depois disso, seguir os trâmites normais do Sistema Jurídico brasileiro. Mas, todos sabem, não é bem assim.
Desde a abertura democrática e a experiência com o Impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, descobriu-se a força de uma denúncia, não importa qual seja, porque ela serve mais para abalar politicamente determinada figura do que, necessariamente, descobrir verdades. Com a máxima "onde há fumaça, há fogo", derruba-se presidente, ministros, mancha-se carreiras públicas e, alcançado o objetivo, tudo volta a ser como era antes. A toada tem sido assim.
Há, porém, uma triste realidade, essa de Nação, e que vai muito além das intrigas entre petistas e tucanos. Toda essa euforia, essa sede de dizer "você roubou antes", "ou você roubou mais", pouco tem contribuído para mudar a cara do Brasil como um país de meliantes em todas suas esferas políticas. Joga-se a verdade do outro no ventilador para colocar na agenda pública o adversário como o problema, tentando incriminá-lo midiaticamente, a despeito da ação jurídica.
Neste ponto, há de se pontuar, o grande desserviço do veículo de comunicação que se submete a esse papel, de ora acobertar, ora divulgar, de acordo com as conveniências partidárias e projetos de poder. E aqui não se trata de nominar quem faz ou deixa de fazê-lo, mas é um exercício de autoavaliação que deve ser feito por cada um que, em maior ou menor medida, tem responsabilidade em transformar determinados temas em prioridade da agenda pública.
As denúncias de 'A Privataria Tucana', como qualquer outra, de qualquer outra sigla, devem ser apuradas, embora, no caso do livro de Amaury Ribeiro Jr., é uma pena terem sido feitas só agora, de fatos ocorridos há 15 anos. Resgatar a história é fundamental para construir um país ciente da necessidade de extirpar os seus males. Mas isso não significa que, descobrindo o crime dos outros, será então possível utilizá-los para justificar os seus próprios crimes. Um não elimina o outro. A conta da corrupção não se divide, ela só se multiplica.
ah!proposito... do Big (Ricardo Sergio) ao Careca2 (Marcos Valerio) - e sem falar no Careca1 (aquele do collor), o que mais tem é manobristas estacionando os carros cheios do (nosso) $$$ !!! putz, até quando vamos aguentar os ladrões de direita, centro e esquerda (e os pulhas idiotas que os adoram e defendem) a meter a mão no rabo da Viuva (Gobierno) sem dó ném piedade...putz!!!


por Erich Vallim Vicente

2 comentários:

  1. Briguilino

    Você leu o livro ou continua fazendo propaganda a mando da petralha?

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  2. Parabéns!!!

    Faço parte de grupos apartidários das redes sociais e digo essa briguinha provoca a maior das derrotas! Colocar propostas contra a corrupção em 2º plano! Parabéns por sua visão! É assim que penso!

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