O Presidente Lula afirmou, nesta terça-feira (23), que a grande imprensa brasileira trabalha como uma linha auxiliar dos adversários do Partido dos Trabalhadores. “A imprensa aqui no Brasil, especialmente em São Paulo, age como linha auxiliar dos nossos adversários, trabalhando contra o PT 24 horas por dia”, discursou em comício na cidade de Guarulhos. “Não estou falando desses meninos e meninas que estão aqui escrevendo. Falo dos grandes. Há decisão editorial em falar mal do PT e não falar das coisas boas que o PT faz”, completou.
Ao lado do candidato a governador Alexandre Padilha (PT) e de Eduardo Suplicy (candidato ao Senado), o petista prosseguiu: “Em 2006, eu não fui ao debate e teve uma cadeira vazia. Em 1998, o FHC (ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) não foi e não tinha cadeira vazia. O Alckmin não vai e não tem cadeira vazia. Se fosse você, Padilha, teria cadeira vazia”, lembrou.
Lula citou o racionamento de água em São Paulo para atacar o governador Geraldo Alckmin (PSDB). “A última obra na Cantareira (reservatório que abastece o Estado) foi em 1982 e ele não foi capaz de colocar um copo a mais de água”, afirmou. “Daqui a pouco, a culpa da falta de água é dos prefeitos ou da Dilma. Imagine se o governador fosse do PT, mas como o governador é tucano, eles (a imprensa) fingem que não é com eles”, criticou.
O cabo eleitoral voltou a comparar as gestões petistas a frente do Governo Federal com a dos antecessores. “Nós resolvemos dizer pra eles: nós nascemos pobres, mas queremos estudar e queremos que nossos filhos estudem. Nós não queremos mais ser tratados como pessoas de segunda classe”, vociferou o Presidente ao pedir votos para os candidatos do PT. “Eles têm medo, Padilha, é que São Paulo possa fazer coisas melhores do que faz. Nesses 12 dias, 24 horas por dia, vamos eleger nossos candidatos, além de elegermos a Dilma para Presidenta”
Para Padilha, Alckmin foge do enfrentamento político. “Os técnicos da Sabesp foram mais sinceros que o governador e admitiram que já realizam o racionamento. Alckmin fingia que o problema de água não era com ele. Hoje, saiu mais uma notícia de que na prática existe racionamento em SP”, disse, para finalizar: “Não adianta fugir dos debates. No 2º turno não vai ter jeito, ele vai ter que debater comigo”.
Alisson Matos, editor do Conversa Afiada
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