Ibope e Datafolha fecham um resultado em comum na primeira pesquisa: 51% para Aécio, 49% para Dilma.
Estes números, que seriam os votos válidos, correspondem a 46 a 44%, com 4% de nulos e 6% de indecisos, em ambas as pesquisas.
Com a “margem de erro” revelada nas pesquisas finais do primeiro turno, isso quer dizer…absolutamente nada.
Ou melhor, quer dizer, sim.
Aécio está, com o surpreendente resultado que obteve no primeiro turno e ruidosa comemoração da mídia deste fato, no seu melhor momento.
Aliás, com a permanência de Marina, até as pesquisas finais, de adversária mais provável de Dilma, Aécio vinha se livrando de questionamentos mais diretos.
E os dias seguintes, era saudado como o que iria receber todos os apoios, o que só em parte se confirmou, com a relutância de Marina Silva em passar-lhe um cheque em branco.
Aécio está naquela mesma condição em que estava a ex-senadora Marina Silva quando se tornou candidata, aparecendo do nada a que estava relegado como “grande esperança” de vitória contra o governo Lula-Dilma.
E, ainda assim, não lhe puderam – bem que a Época tentou, com uma pesquisa marota, feita para ser exibida no programa de TV de Aécio, hoje – dar-lhe uma vantagem na disputa.
E olhe lá se tem estes números…
Quem estava pessimista, se olhar que nem neste momento conseguem disparar com Aécio.
Aécio vai minguar depois de sua festa de ressurreição que pareceu a muitos um milagre e a mim, apenas, a reafirmação de que a política real – não os nossos delírios – é a que acaba prevalecendo.
E Dilma, refeita do baque que foi perceptível na sua entrevista pós-eleição, vai crescer, se alimentando da mobilização que seus dois primeiros dias de campanha de rua.