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Observatório da imprensa

A ética vesga do "jornalismo investigativo"

O objetivo foi claro: confirmar a justeza na exposição dos nomes divulgados até o momento na longa lista do Swissleaks – o vazamento da relação de correntistas do HSBC na Suíça. Mas o resultado é uma sentença de autocondenação: na entrevista publicada simultaneamente no jornal O Globo (ver aqui) e no blog do jornalista Fernando Rodrigues, do UOL (e aqui), que têm exclusividade na apuração, a diretora-adjunta do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), Marina Walker Guevara, afirma que “não interessa revelar a conta secreta de pessoas comuns, que são irrelevantes e não influenciam no destino do país nem na opinião”. E que “o trabalho do repórter é justamente pegar essa base de dados e aplicar sobre ela critérios de interesse público, avaliando que pessoas devem entrar em reportagens e que pessoas não precisam ser expostas”.
Já em artigo publicado na Folha de S.Paulo (“Jornalismo e interesse público”, em 4/3), Marina justificava o motivo pelo qual o ICIJ não publicava a lista completa de nomes: “[É porque] somos jornalistas investigativos, não vazadores de dados, ou ativistas, ou um órgão governamental”.
Os jornalistas brasileiros que apuram este caso, entretanto, não parecem estar agindo de acordo com os princípios que eles mesmos prometeram respeitar. E a recente entrevista da representante do ICIJ é uma comprovação disso.
Exposição indevida
Do contrário, como justificar – apenas para citar um exemplo mais evidente – a divulgação do nome dos quatro filhos de Alberto Dines, apresentados em meio a uma relação de “empresários de mídia e jornalistas”, em 14/3? No caso específico, o fato é especialmente grave porque os dois jornalistas estiveram com ele no programa de TV do Observatóriodedicado ao caso, naquela mesma semana. Tiveram todas as oportunidades de esclarecer o que precisaria ser esclarecido – como o próprio Dines fez, em artigo publicado no mesmo dia em que saíram as reportagens (ver “Vazamentos suíços, canalhices brasileiras”). Tais esclarecimentos teriam sido suficientes para evitar a exposição indevida daquelas pessoas, e o dano irreparável que isso provoca.
Para piorar, O Globo publicou um quadro em que os quatro aparecem identificados como “família Dines”. Alguma dúvida a respeito do alvo real da suspeita?
Em artigo seguinte (“Consórcio de jornalistas e não um ‘pool’ de jornais”), Dines isentou o jornalista Chico Otavio de responsabilidade e afirmou que “a matéria foi editada e manipulada por ordem do ‘aquário’”. Diante de fato tão grave, qual deveria ser a atitude do repórter?
Procurado, Chico Otavio não quis se manifestar.
Na mesma edição, aparece o nome de Arnaldo Bloch, colunista de O Globo, e sua justificativa, que também seria suficiente para que seu nome não fosse sequer mencionado.
Ao mesmo tempo, representantes dos grandes grupos de mídia são citados, respondem que não têm nada a declarar, e fica por isso mesmo.
Celebridades e interesse público
Na segunda-feira (23/3), os jornalistas envolvidos nesse trabalho divulgaram uma lista de celebridades brasileiras, ou que atuam no país. Há interesse público na exposição desses nomes? Em seu blog, Fernando Rodrigues diz que sim, porque celebridade vive de exposição pública, frequentemente se apresenta como um exemplo para a sociedade e sua privacidade não pode ser medida pela mesma régua que mede a de um cidadão anônimo. Mais: muitas delas receberam dinheiro público para seus projetos. Esta, entretanto, seria uma justificativa menor, porque, afinal, todos os cidadãos, célebres ou anônimos, têm obrigação de prestar contas ao fisco, seja qual for a origem do dinheiro que recebem.
O problema todo é o rigor na conceituação de interesse público: celebridades, por definição, diferem dos cidadãos comuns, mas, se não cometeram nenhuma irregularidade, por que deveriam ser expostas? Será difícil concluir que a simples exposição já insinua a suspeita? Não foi exatamente por saber disso que o repórter justificou, desde o início, o cuidado em não revelar imediatamente a íntegra da lista?
No entanto, ele agora sugere que os citados poderiam adotar uma atitude simples para mostrar que está tudo legal com eles – noutras palavras, para afirmar sua inocência:
“Basta mostrar a linha da declaração de bens no Imposto de Renda indicando que o eventual depósito no exterior foi informado à Receita Federal”. E termina com um “#ficaadica”.
É isso mesmo? Agora as pessoas devem exibir documentos a um jornalista? Justamente a um jornalista que demonstrou saber que só pode ir “até onde o ofício permite” e que a profissão “tem limites fixados pela lei”? (Ver, a propósito, neste Observatório, “A ética pisando em ovos”.) Que é o governo que tem os meios para pesquisar quem é ou não passível de acusação e processo?
A “vacina”
A exploração da imagem das celebridades nesse caso pode perfeitamente servir como cortina de fumaça, como tantas vezes ocorre: atrai-se a atenção do público para um lado, enquanto o outro continua na sombra.
Mas não é só isso. Agora, como na lista que misturava empresários de comunicação e jornalistas, há um embaralhamento que levanta dúvidas quando aos critérios e as intenções de quem divulga as informações.
Na sua página no Facebook, o professor Nilson Lage deu o tom dessa crítica:
“Em novo pequeno jato urinário, sai leva fresca de supostos depositantes brasileiros em banco suíço.
“Os agentes que se apossaram da relação completa de correntistas brasileiros no HSBC têm o cuidado de juntar contas ativas e inativas e de misturar os reais possíveis sonegadores com nomes de alta credibilidade.
“Na relação anterior, apareceu, de maneira enviesada, o nome do Alberto Dines, citado como pai de dois cidadãos que não moram no Brasil – e que ele, portanto, nada tem com o caso.
“Agora, ao lado de atores da Globo e outras mediocridades, surgem as contas inativas dos falecidos Jorge Amado e Antônio Carlos Jobim.
“Ambos receberam quantias vultosas do exterior pelos direitos autorais de suas obras, o que provavelmente explica as contas encerradas.
“Essa estratégia objetiva evidentemente diluir a suposta responsabilidade dos depositantes amigos.
“Dines, Jorge, Tom e outros cumprem aí função há muito descrita na crítica do discurso fascista: a ‘vacina’ (Mithologies, R. Barthes, 1957; La propagande politique, Domenach, J-M, 1950)”.
Para esclarecer, citando Barthes, na edição brasileira: “Vacinar o público com um pouco de mal, para em seguida o mergulhar mais facilmente num Bem Moral doravante imune”.
Ao mesmo tempo, é necessário sublinhar o método adotado, que obedece à regra do que costumo chamar de “jornalismo de mãos limpas”: como se bastasse mostrar os dois lados da moeda e lavar as mãos, sem avaliar-lhes a espessura, o peso e a qualidade do material.
Esta tem sido a fórmula, ao longo das semanas: divulga-se uma lista e ouve-se o “outro lado”, que nega ou silencia.
É assim que se investiga?


Debossan Moretzhon - jornalista, professora da Universidade Federal Fluminense, autora de Repórter no volante. O papel dos motoristas de jornal na produção da notícia (Editora Três Estrelas, 2013) e Pensando contra os fatos. Jornalismo e cotidiano: do senso comum ao senso crítico (Editora Revan, 2007)

Jornal GGN: Entre 700 políticos UOL e O Globo encontram apenas 5 contas na Suiça

Óbvio que essa lista tem de ter no mínimo o dobro de nomes. Pois com certeza os "mensaleiros" José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, João Paulo Cunha e o ex-presidente Lula tem conta lá.




Segundo os veículos, Dilma, Temer, todos os deputados federais, senadores titulares e suplentes, deputados e vereadores de 3 estados e capitais foram analisados
Jornal GGN – Entre cerca de 700 políticos da atualidade, o UOL e O Globo afirmam que apenas cinco possuem ou já possuíram contas no HSBC da Suíça. Nesta quinta-feira (26), os dois veículos – que detêm exclusividade na apuração do caso SwissLeaks relacionado a brasileiros – divulgou os nomes de figuras que se encaixam em cinco partidos: Márcio Fortes, da direção executiva nacional do PSDB; Marcela Arar, ex-tucano que hoje é vereador pelo PT do Rio de Janeiro; o bilionário da Forbes Lirio Parisotto, suplente de senador pelo PMDB; Jorge Roberto, ex-prefeito de Niterói pelo PDT e Daniel Tourinho, presidente nacional do PTC. Entre familiares e assessores de políticos estão duas irmãs de Paulo Maluf (PP), um assessor de Silveira, e três filhos do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB).

Segundo o UOL e O Globo, antes de divulgar essa lista, os veículos se debruçaram sobre o cruzamento de dados com os nomes de todos os atuais 513 deputados federais, os 81 senadores titulares, os 162 senadores suplentes, Dilma Rousseff (PT) e seus antecessores na Presidência, o vice Michel Temer (PMDB), os deputados estaduais de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, além dos vereadores da capital paulista, de Belo Horizonte e do Rio.
Todos os listados negaram irregularidades. Apenas os filhos do socialista Marcio Lacerda apresentaram provas de que as contas foram declaradas às autoridades brasileiras e, portanto, são legais.

Jô Soares, José Dirceu e o linchamento midiático


CULTURA SWISS LEAKS
Lembro bem, quando estourou o escândalo do "Mensalão" o apresentador Jô Soares afirmou que não iria convidar José Dirceu para uma entrevista porque sabia que ele negaria tudo. Quer dizer, de bate e pronto condenou um acusado sem lhe dar nenhuma chance de defesa - o STF fez o mesmo -.

Hoje Jô Soares aparece como correntista do Hsbc com conta na Suiça - Suiçalão, sinônimo de sonegação -. 

Não farei como Jô Soares fez, darei a ele e demais celebridades ou não - com conta na Suiça - o direito de defesa. Pergunto:

Vocês são sonegadores, Sim ou Não?



Correntista do Hsbc-Suiçalão preferem patrocinar tucano Aécio Neves

do O Globo
Ao menos 16 pessoas que doaram mais de R$ 50 mil na campanha eleitoral de 2014 também aparecem na lista dos brasileiros que eram correntistas do HSBC na Suíça em 2006/2007. Juntas, elas deram R$ 5,824 milhões para políticos de 12 partidos. Esta é a conclusão do cruzamento entre as pessoas físicas que mais dinheiro doaram às campanhas com os registros do HSBC vazados por um ex-técnico de informática do banco. Consultados, os doadores negaram irregularidades. Dois deles apresentaram provas de que declararam suas contas às autoridades brasileiras.
Ao todo, 142.568 pessoas físicas fizeram doações para campanhas políticas no ano passado — nem sempre na forma de dinheiro, mas também como serviços ou produtos, que foram precificados na prestação de contas à Justiça Eleitoral. Um total de 976 doaram R$ 50 mil ou mais, somando uma ajuda de R$ 170,6 milhões para a disputa eleitoral de 2014.
Neste grupo, O GLOBO, em parceria com o UOL, encontrou 16 nomes que também aparecem nas planilhas do SwissLeaks. Desde a última quinta-feira, o jornal e o portal publicam uma série de reportagens que analisa os dados bancários vazados em 2008, numa iniciativa do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês).
CONEXÃO COM PARAÍSOS FISCAIS
Os 16 nomes encontrados foram os de Alceu Elias Feldmann (Grupo Fertipar); Arminio Fraga Neto (ex-Banco Central e atual Gávea Investimentos); Benjamin Steinbruch (CSN); Carlos Roberto Massa (o apresentador Ratinho, do SBT); Cesar Ades (Banco Rendimento); Cláudio Szajman (Grupo VR); Edmundo Rossi Cuppoloni (da incorporadora 5S); Fábio Roberto Chimenti Auriemo (empreiteira JHSF); Francisco Humberto Bezerra (ex-sócio do BicBanco); Gabriel Gananian (Steco Construtora); Hilda Diruhy Burmaian (Banco Sofisa); Jacks Rabinovich (CSN); José Antonio de Magalhães Lins (Axelpar); Miguel Ricardo Gatti Calmon Nogueira da Gama (advogado, OAB-SP); Paulo Roberto Cesso (Colégio Torricelli) e Roberto Balls Sallouti (BTG Pactual).
Ter uma conta na Suíça ou em qualquer outro país não é ilegal, desde que seja uma operação declarada à Receita Federal e informada ao Banco Central.
As doações eleitorais foram para candidatos de vários partidos: PSDB, PT, PSDC, PV, PMDB, PSC, DEM, PROS, PTB, PSB, PRB E PP. Receberam dinheiro desse grupo de 16 financiadores relacionados a contas na Suíça as campanhas presidenciais de Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos e Marina Silva (PSB). O comitê de Dilma Rousseff não ganhou recursos diretamente, mas o PT está na lista por meio de diretórios estaduais da legenda.
Ao todo, os tucanos foram os que mais receberam do grupo analisado. Aécio, outros candidatos do PSDB e diretórios do partido foram beneficiados como R$ 2,925 milhões. Já o PT e seus candidatos tiveram R$ 1,505 milhão de doações.
As planilhas do HSBC revelam que 10 dos 16 doadores analisados têm relação com empresas abertas em paraísos fiscais. Há uma preferência por Panamá e Ilhas Virgens Britânicas, mas também aparecem Uruguai e Bahamas.
Dos 16 clientes do HSBC que também foram doadores, dez ainda apareciam com contas abertas e em operação no período 2006/2007, pouco antes de os dados serem vazados...
Com colaboração do UOL

do Observatório da Imprensa

Caso HSBC-SwissLeaks

Vazamento suíços, canalhices brasileiras 

Para mostrar-se isento, imparcial, impecável e imaginando que fazia história, a edição de sábado (14/3) de O Globo resolveu escancarar suas culpas e revelar os nomes dos empresários de mídia, herdeiros, cônjuges e jornalistas que mantinham contas secretas na Suíça.
Entre os sete profissionais vivos estão os quatro filhos deste observador agrupados como “Família Dines”. Embora classificados como “jornalistas independentes”, adultos e efetivamente independentes, aparecem identificados pelo nome do pai que apenas se prontificou a prestar esclarecimentos ao repórter já que três deles vivem no exterior há cerca de 30 anos, não têm conta bancária nem declaram rendimentos no Brasil.
O mesmo e perverso sistema que consiste em identificar as proles pelo nome dos pais não foi usado ao mencionar a conta secreta da falecida Lily de Carvalho, viúva do também falecido Roberto Marinho, cujos três filhos comandam o mais poderoso grupo de mídia da América Latina.
Seguindo a infame lógica que levou o jornal a colocar este observador no meio de supostos infratores, também os filhos de Roberto Marinho – o primogênito Roberto Irineu Marinho, o filho do meio João Roberto Marinho e o caçula, José Roberto Marinho (ou um deles em nome dos demais) – deveriam ter sido nomeados e feito declarações para explicar os negócios da madrasta.
O certo seria dar voz a João Roberto Marinho (que fala em nome da empresa e dos acionistas majoritários, além de comandar o segmento da mídia impressa) para dar as explicações que o Globo generosamente preferiu encampar no próprio texto da matéria para não macular a imagem do grande chefe.
João Roberto Marinho é uma figura decente, este observador assim se considera igualmente. João Roberto Marinho foi poupado pelos subordinados; já este observador foi incluído numa relação precária, suspeita, e que, além disso, diz respeito apenas a correntistas e/ou beneficiários.
História suja
Onde está a equidade, a isonomia? Ficou no aquário da redação alimentando a hipocrisia e a onipotência dos que se sentem senhores do mundo e da verdade. Ao jornalista profissional, crítico da mídia, persona non grata para os barões da imprensa e seus apaniguados, o rigor deste insólito código que se serve de um sobrenome para avacalhar todos os que também o usam. Nos cálculos deste observador há no Brasil outros oito membros da honrada família Dines que nada têm a ver com o caso HSBC. Ao falar de Roberto Marinho ou Octavio Frias de Oliveira, suas respectivas proles – por cavalheirismo – foram poupadas.
Este observador vive do seu salário de jornalista há 63 anos. Numa idade em que outros vivem dos direitos autorais, poupança ou investimentos, este profissional vive dos rendimentos de um PJ (pessoa jurídica) sem direito a férias, plano de saúde e outras regalias dos celetistas. Há 17 anos consecutivos é obrigado a passar dois dias por semana no Rio e nos demais trabalhando dez ou doze horas diárias para obter o suficiente para viver com algum conforto.
Se os meus filhos fossem “laranjas” como alguns idiotas das redes sociais tuitaram, as obras de sua casa no Rio – único bem que possuo –, paradas há mais de um ano, já estariam terminadas e o estresse das viagens, eliminado. Meus filhos são adultos, com mais de 50 anos, solteiros, independentes. Nunca perguntei quanto herdaram, quanto guardavam, nem onde. Não tenho conta na Suíça, não tenho poupança, CBDs, ações, investimentos nem no Brasil nem em lugar algum.
Meus filhos têm mais de 50 anos, vivem no exterior há cerca de 30 anos (exceto o caçula, no Rio, beneficiário dos irmãos). Os valores foram herdados da mãe, com quem fui casado em regime de total separação de bens, e de quem me separei em 1975. Eles estão pagando por causa das trapalhadas dos parentes maternos (a família Bloch) e o pai, que deles se orgulha, envolvido numa história suja armada por empresas jornalísticas que, para limpar o seu nome, não se importam em macular a vida, carreira, escrúpulos e sacrifícios de outros.
Pretendo continuar a viver da minha profissão, renda ela o que render, porque para mim jornalismo não é apenas sobrevivência. É opção de vida limpa, digna, honesta.
Em Tempo –  O que significa ‘jornalista independente’?
Na relação das “contas secretas” no HSBC suíço divulgadas no sábado (14/3) pelo Globo e pelo blog de Fernando Rodrigues no UOL há 22 empresários de mídia e sete jornalistas: quatro deles classificados como “jornalistas independentes”  e com o sobrenome Dines. Qual o critério que norteou esta classificação profissional se apenas dois deles têm diploma de jornalismo, mas deixaram o seu exercício há pelo menos 15 anos?
A explicação é simples: se arrolados em outra relação, a lista dos profissionais sairia ainda mais mirrada e a dos empresários ganharia ainda mais relevância.
Para equilibrar e mostrar que empresários e jornalistas são farinha do mesmo saco foi preciso forçar uma qualificação profissional enganosa só porque com o mesmo sobrenome há um conhecido jornalista na ativa.

Arautos da moralidade chafurdam na lama

Confira o abaixo o texto na íntegra:

Nesta madrugada, foi divulgada a lista com os nomes de brasileiros com contas no HSBC da Suíça, envolvidos num dos maiores esquema de evasão fiscal e de divisas já revelados no mundo. A relação traz representantes de grandes grupos de comunicação no País. Dentre eles, Folha, Globo, Abril, Bandeirantes, Verdes Mares, Rede Transamérica e outros arautos da moralidade.
O material foi divulgado após as manifestações em defesa da democracia, realizadas nesta sexta-feira por movimentos sindicais e sociais de todo o Brasil, e à véspera dos atos marcados para 15 de março, numa estratégia para tentar diminuir a repercussão do caso junto à sociedade.
A lista mais recente, divulgada pelo jornalista Fernando Rodrigues e pelo site do jornal “O Globo”, contém o nome do já falecido empresário Otávio Frias, fundador do Grupo Folha, e de seu filho, Luís Frias, um dos donos do Uol, como beneficiário de conta no paraíso fiscal.
O material também revela o nome de Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, da Globo, morta em 2011, com nada menos que US$ 750,2 mil. O material caiu como uma bomba dentro da organização que tentou desviar a atenção do caso relacionando o ex-marido de Lily, Horácio de Carvalho, morto em 1983, aos recursos.
Quatro integrantes da família Saad, da Rede Bandeirantes, também mantinham contas no HSBC, em Genebra. São eles, João Jorge Saad, a empresária Maria Helena Saad Barros, Ricardo Saad e Silvia Saad Jafet.
A conta de José Roberto Guzzo, colunista e membro do conselho editorial da Abril, um dos mais raivosos contra o governo e o Partido dos Trabalhadores, também foi revelada.
O apresentador do SBT, Carlos Massa, conhecido como Ratinho, manteve a bagatela de US$ 12,4 milhões nos cofres suíços.
Mona Dorf, jornalista ligada à Rádio Eldorado, tinha US$ 310 mil na conta.
Arnaldo Bloch, do extinto grupo Manchete, também foi correntista, assim como a família Dines, que, à época, manteve US$ 1,3 milhão no banco suíço.
Com US$ 120,5 milhões, Aloysio de Andrade Faria, dono da Rede Transamérica, tem a maior soma das contas. Em suas rádios críticas contra à corrupção são comuns por parte de seus jornalistas e apresentadores.
Depois dele, aparecem Yolanda Queiroz, Lenise Queiroz Rocha, Paula Frota Queiroz e Edson Queiroz Filho, do grupo Verdes Mares, afiliado da Globo no Ceará, com US$ 83,9 milhões.
Ao Blog do Fernando Rodrigues, do Uol, todos eles disseram não terem cometido irregularidades. Além deles, aparece na lista Luiz Fernando Levy, que quebrou a Gazeta Mercantil, deixando dívidas tributárias e trabalhistas. Os registros indicam que 14 contas já estavam encerradas em 2007, quando os dados vazaram.
No Senado, a CPI do HSBC aguarda a indicação dos membros pelos partidos para que as investigações sobre o caso sejam iniciadas.
Agência PT de notícias

P.S - Nenhum senador tucano assinou o pedido da CPI do HSBC, por que terá sido?

SwissLeaks fisga Catões da mídia

Entre os personagens que preferem ter prejuízo com aplicações financeiras - receber menos juros na Suiça que no Brasil -, estão:

  • Otávio Frias e seu filho Otavinho - Folha de São Paulo/UOL
  • Jonny Saad - Bandeirantes
  • Lily Marinho - Rede Globo
  • Aloysio de Andrade Farias - Rede Transamérica
  • Yolanda Queiroz, Lenise Queiroz Rocha, Paula Frota Queiroz, Edson Queiroz Filho - Grupo Verdes Mares
  • Fernando João Pereira dos Santos - Rádio Tribuna, do Espiríto Santo
  • Luiz Fernando Levy - Gazeta Mercantil
  • Família Dines
  • Carlos Massa - o Ratinho
  • José Roberto Guzzo
  • Mona Dorf - ligada a Rádio Eldorado
  • Arnaldo Bloch - colunista do O Globo


Além de gostar de perder dinheiro, esse pessoal com contas em paraísos fiscais tem mais coisas em comum, todos tem nojo de corrupção, são paladinos da moral, ética e honestidade nacional.

P.S: Tou aguardando a divulgação dos valores depositados nas contas de Genoino, Delúbio, João Paulo, José Dirceu, Lula e Dilma Roussef.

Os Marinhos e o SwissLeaks-HSBC

A família Marinho de saia justa, justissíma.

A lista do Suiçalão entregue por Fernando Rodrigues ao jornal O Globo revela que um dos irmãos tem dinheiro depositado na Suiça sem que os outros soubessem.

É, quem sonega do fisco, sonega de todo mundo.

Qual a surpresa?

Nenhuma!

Surpresa seria O Globo publicar uma vírgula sobre a sonegação familiar.

Corruptos da lava jato, da Metrô-Alstom no SwissLeaks-Hsbc

Hipocrisia e ameaças da direita na véspera das manifestações 
da Redação do VioMundo
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O repórter Fernando Rodrigues publicou em seu blog o quadro que aparece acima sobre clientes brasileiros do HSBC na Suiça.
Paulo Celso Mano Moreira da Silva, ex-diretor do Metrô de São Paulo, acusado de improbidade administrativa no caso Alstom, tinha U$ 3.032.936,00 em sua conta entre 2006 e 2007.
Conforme denunciou o site 247, uma das filhas dele, a aecista Fernanda Mano de Almeida, tem vergonha da corrupção no Brasil.
Vejam só:
Captura de Tela 2015-03-12 às 12.04.36
É ou não é o cúmulo da cara-de-pau?


Mas há mais hipocrisia dos revoltados.
A leitora BSS chamou a atenção para um vídeo em que um brasileiro morador da Califórnia, apresentado como Plaucio Pucci, convoca lutadores de jiu-jitsu e torcidas organizadas para atuar na manifestação do dia 15 contra supostos infiltrados.
Ele faz seu discurso enquanto dirige. Ou seja, viola a lei dos Estados Unidos enquanto prega consertar o Brasil!
Allan Ribeiro notou em sua timeline a seguinte publicação patrocinada:
Captura de Tela 2015-03-12 às 11.26.45
Por outro lado, Fabrício Vital nos mandou a reprodução de um anúncio:
“Precisa-se de hackers para trabalhar como freelancer entre os dias 12 ao dia 15. Desejável conhecimento em invasão de sites. Valor, R$ 150,00″.
Estava em uma página que desde então foi removida.

Caso a blogosfera sofra ataques nesses dias, já sabemos por onde começar as investigações.

Mas, a corrupção não foi inventada em 01/01/2003?

Entre os novos nomes descobertos, com a adesão de O Globo nas investigações, estão de ex-diretores denunciados no esquema de cartel do Metrô de São Paulo
 
 
Jornal GGN - Depois de divulgar que empreiteiras envolvidas com a Lava Jato estavam na lista das contas secretas do HSBC da Suíça, com um hiato na divulgação de mais notícias e o ingresso de outros jornais nas tentativas independentes de investigação, o jornalista Fernando Rodrigues deixou para agora as informações de talvez maior impacto. Os dados são resultado da parceria de O Globo, que agora integra a equipe do ICIJ, consórcio de jornalistas que têm os arquivos suíços.
 
Dois ex-diretores do Metrô de São Paulo tinham contas na época em que foi firmado o acordo com a Alstom; assim como Paulo Roberto Grossi, denunciado de participação no mensalão petista e no mensalão tucano; dois advogados e o então procurador-geral do INSS, durante a Máfia do INSS; três condenados no caso SERPROS, de desvio do fundo de previdência complementar, entre 1999 e 2001.
 
Também foram dectadas contas do casal de diretores do TRE-RJ acusado de desviar recursos do Tribunal, em 1998; cinco condenados na operação Sexta-feira 13, de evasão de divisas e lavagem de dinheiro de grupos suspeitos de fraudar licitações para importar matéria-prima para a fabricação de coquetel anti-HIV; denunciados do caso INTO, de suposta fraude de licitações no Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia, ligado ao Ministério da Saúde, entre 1997 e 2001; do lobista condenado Correa Júnior, que atuava em diferentes partidos e casos desde 1987; José Alexandre Guilardi de Freitas, condenado no caso Porto Cred, por crimes contra o sistema financeiro entre 2002 e 2007; e do banqueiro Exequiel Nasser, que ficou conhecido por adquirir o Banco Econômico por 1 real, em 1996.
 
Crédito: blog do Fernando Rodrigues

Blogueiros pedem acesso à lista e dados dos 8.667 clientes brasileiros do HSBC


Swissleaks_original

Assino embaixo:
Dar acesso à lista e dados dos 8.667 clientes brasileiros do HSBC/SwissLeaks
Blogueiros encaminharam hoje ao Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) uma carta (na íntegra, abaixo), solicitando acesso à lista e dados dos 8.667 clientes brasileiros do HSBC na Suíça.
Postamos ainda a carta,em forma de petição, no Change.org
Ajude-nos a disseminá-la.
Quem quiser apoiá-la, é só clicar aqui.
****
Ao Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ)
Caras senhoras e senhores,
Nós, blogueiros do Brasil, falando em nome de nossos milhões de leitores, vimos através desta requerer ao ICIJ o acesso à lista com os dados completos dos 8.667 clientes brasileiros do banco HSBC no Swiss Leaks.
Somos jornalistas e/ou blogueiros engajados na luta por transparência no sistema financeiro, o que necessariamente passa pelo combate à sonegação estimulada pelos refúgios fiscais.
Alertamos que, diferentemente de outros países do mundo, a mídia brasileira é altamente concentrada.
Os 30 Berlusconis fazem parte da elite política brasileira, à qual protegem praticando frequentemente a seleção, a distorção e a manipulação de notícias.
Os 30 Berlusconis são suspeitos de recorrer aos refúgios fiscais para sonegar impostos — e de proteger aqueles que o fazem.
Num caso recente, o maior grupo de mídia do Brasil, as Organizações Globo, recorreram ao paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas para, de acordo com autoridades fiscais brasileiras, fazer uma manobra que evitou o pagamento de impostos na compra dos direitos de transmissão das Copas do Mundo de futebol de 2002 e 2006.
A multa para as Organizações Globo foi superior aos R$ 600 milhões de reais.
Esta informação foi suprimida ou não teve o destaque necessário na maior parte da mídia brasileira.
Acreditamos ser temerário o ICIJ fazer uma única parceria no Brasil, o que na prática deixa os Swiss Leaks sob monopólio de um grupo de mídia que frequentemente coloca seus próprios interesses políticos, econômicos e ideológicos acima do direito à informação.
Jornalistas subordinados a este e a outros grupos de mídia trabalham sob pressão para fazer o vazamento de acordo com critérios de seus superiores.
A posse da lista por mais de um grupo de jornalistas, além de estimular a saudável concorrência, vai permitir que uns monitorem o trabalho de outros — e vice-versa.
Somos, alguns de nós, jornalistas investigativos premiados.
Prometemos aplicar critérios jornalísticos à divulgação dos nomes e dados dos correntistas do HSBC.
Seria lamentável se os Swiss Files fossem vazados no Brasil de forma seletiva, atendendo a interesses que não os da opinião pública.
Tornaremos esta carta uma petição pública para adesão de nossos leitores.
Aguardando ansiosamente por suas considerações,
Paulo Henrique Amorim
Rodrigo Vianna
Luiz Carlos Azenha
Conceição Lemes
Altamiro Borges
Renato Rovai
Conceição Oliveira
Eduardo Guimarães
Antonio Mello
Miguel do Rosário
NaMariaNews
Fernando Brito
Lúcio Flávio Pinto
Débora Cruz
Kiko Nogueira
Paulo Nogueira
Marco Weissheimer
Tarso Cabral Violin
Diógenes Brandão
Daniel Dantas Lemos
Wagner Nabuco
Joaquim Ernesto Palhares
Marcus Vinícius
Lúcia Rodrigues
Igor Felippe
Nilton Viana
Breno Altman
Esmael Moraes
Elaine Tavares


SwissLeaks - no mínimo 99,99% são sonegadores

No Brasil é legal ter conta em qualquer país do mundo, basta declarar aos orgãos competentes. Portanto quem declarou possuir contas na Suiça ou qualquer outro país do mundo não tem de que prestar contas a ninguém.

Qual o problema desta lista do HSBC?

Pelo que sei, o problema é:  a maioria absoluta dos correntistas não declararam sequer as contas - imagine os valores -.

Portanto 99,99% dessa gente é no mínimo, sonegador. 

99,99% são grandes sonegadores, no popular: 

Ladrão!

Como dentre os ricos e poderosos deste nosso amado e roubado Brasil estão as famílias midiáticas e elas estão fazendo um silêncio ensurdecedor sobre o caso, sinceramente, acho que eles estão atolados até o pescoço nessa roubalheira. 

O mesmo penso do alto tucanato.

Acho muito suspeito nenhum senador do Psdb ter assinado o pedido de cpi.

Os paladinos da moral, ética e honestidade não querer investigar um caso de corrupção desta magnitude?

Sei que:

"Todo homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente, até que sua sua culpabilidade seja provada em julgamento público, ao qual lhe tenha sido garantido o amplo e irrestrito direito de defesa".

Concordo em gênero, número e grau com está premissa constitucional. 

Mas sou assim: 

Jogo limpo! 

Você joga sujo? 

Jogo sujo também!

Quer porrada? Porrada tem. Do cabelo pra baixo, pra mim é canela.

E como para a mídia, o mpf, o judiciário e a oposição todo petista é culpado - mesmo sem prova cabal, mesmo que prove o contrário -, nesse caso do Suiçalão, repito:

99,99% são desde ontem sonegadores. 

E eles que me processem e provem que não são.

Falei!