Poesia dominical

Nada fica de nada
Fernando Pessoa

De tudo fica um pouco
Carlos Drummond de Andrade

Do nada e do pouco é feito o tudo
Joel Neto

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Cada um com suas prioridades



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Lula dá aula de política a jornalista da Folha

É por estas e outras tantas revoluções silenciosas que Lula fez durante apenas os 08 anos de seus governos que a elite econômica, midiática e política que mandaram no país durante mais de 500 anos não querem que ele volte ao Palácio do Planalto, e faça ainda mais e melhor. 

Um semi-analfabeto governar melhor que doutores quatrocentões, é demais...


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Assédio - só falta essa

Eu também fui vítima de assédio, Grega Garbo, Bette Davis, Sophia Loren, Elisabeth Taylor, Julia Roberts, Nicole Kidman, Helen Mirren, Marion Cotillard, Cate Blanchett, Meryl Streep...todas me abraçaram, me beijaram e passaram a mão na minha bunda.

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Oscar 2018

E o Oscar para maior cara-de-pau vai para qualquer um que tenha imóvel, trabalhe onde reside e defenda a paralisação em defesa do auxílio-moradia.


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Um país nas mãos do ocaso

Entrevista da jornalista Maria Cristina Fernandes com o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos no Valor. Confira abaixo e tire suas conclusões cobre as ideias do entrevistado:

Wanderley Guilherme dos Santos tornou-se eleitor no governo Juscelino Kubitschek. Atravessou como adulto, portanto, o governo de 15 presidentes da República. Aos 82 anos de idade, o decano da ciência política no Brasil nunca assistiu a crise igual.
Vê o país imerso numa tragédia grega. Os personagens sabem que o papel desempenhado vai dar errado, mas, nem por isso, são capazes de mudá-lo. Ao contrário da tragédia grega, no entanto, o Brasil não está marcado pelo destino. Depende, mais do que nunca, do acaso para mudar o rumo da história.
Nenhum personagem da política brasileira fica em pé ante seu tirocínio. Wanderley Guilherme vê vulgaridade em todo lugar. Do vampiro da Tuiuti à intervenção no Rio, mas nada o impacienta mais do que a teimosia do PT em desqualificar uma disputa eleitoral sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além de antidemocrática, a cegueira deliberada petista ignoraria a evidência de que a decisão será de uma maioria insatisfeita com este governo. É à clareza deste cenário que atribui o envolvimento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na busca de um candidato improvável. Para Wanderley Guilherme, FHC tem a “lucidez desesperada” de quem sabe que vai perder e teme que as forças a serem derrotadas não se conformem com o resultado.
Casado com a ex-ministra da Cultura Ana de Holanda e muito próximo dos três filhos e três netos, Wanderley retomou, depois da colocação de dois stents no ano passado, os seminários no Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp), os cáusticos artigos em seu blog (Segunda Opinião) e as pesquisas para um novo livro sobre a crise da democracia.
Não se lhe atribua o pessimismo, portanto, às contingências da idade. O pensador que previu o golpe no Brasil em livrinho de 1962 que virou um clássico (“Quem Dará o Golpe no Brasil?”, Civilização Brasileira), desta vez não se atreve a fazer prognósticos. O grau de imprevisibilidade da conjuntura política não lhe deixa dúvidas de que esta é a pior crise pela qual já passou o país.
O Brasil não se redimirá antes da eleição, mas a história não termina aí. Além de advogar a legitimidade das próximas eleições, com ou sem Lula, Wanderley Guilherme comprova sua afeição pela polêmica ao defender um plebiscito, depois da posse, para que o futuro presidente não se transforme num refém de um Congresso igualmente eleito. A seguir, a entrevista:
Valor: O senhor escreveu recentemente que uma eleição sem Lula não é uma fraude eleitoral e que a lei está a favor das expectativas dos desvalidos. O que pautará esta eleição?
Wanderley Guilherme dos Santos: Nunca me deparei com uma circunstância de crise política igual à atual. Nunca vi nada igual a isso e não apenas no Brasil. Há uma desestruturação tão grande no sistema político, uma multiplicação de centros autônomos de decisão arbitrários, que, todavia, não podem ser domesticados, ou enquadrados. Também não quer dizer que suas decisões sejam cumpridas, mas torna-se um fato a própria decisão, e não o cumprimento dela.
Valor: O senhor está falando do Judiciário?

Alexandre Frota liga pra Jair Bolsonaro, por Tom T. Cardoso

- Fala, capitão!
- Quem é?
- Alexandre...
- Opa, Ministro, que honra.
- Não virei ministro ainda não, brother. Mas você pode me nomear. Tô dentro.
- Não é o Alexandre de Moraes?
- Não. É o Frota!
- Não entendi. De qual frota você é?
- Alexandre Frota, o ator e ativista.
- Ah, sim. 
- Capitão, você mandou bem. Não sabia que você passava o rodo também.
- Do que você está falando, rapaz?
- De comer gente, brother. 
- É, mas estão me enchendo o saco com essa história.
- Eles têm inveja da gente, capitão, da nossa pegada. O Lula não come ninguém.
- Já você, come tudo que vê pela frente, né? Agora tenho que desligar, tá bom?
- Capitão, deixa eu ser o seu vice, vai. Uma chapa puro-sangue. Dois comedores de gente, sem frescuras. Vamos ganhar no primeiro turno.
- Sei, não.
- Já tenho até um slogan: "Bolsonaro e Sua Frota: Pau pra toda obra". Gostou do trocadilho? Aliás, sua ereção é orgânica?
- ....
- Capitão, taí?
-. ....
- Capitão?
-.....
- Sargentinho mascarado. Come ninguém. Vou ligar pro Maroni.

Publicado originalmente por Tom T. Cardoso no seu Facebook
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