[...] o jogador profissional chega numa mesa de pôquer de capiaus ricos e começou a ganhar a grana deles, até que um coronér (devidamente armado), prestes a perder uma fortuna numa aposta em que enfrentava um imbatível "royal straight flush" do profissa já raspando as fichas, diz:
"Péra, cumpadi! ... Aqui, "ximbica" (apresenta o blefe dele, que nem par tinha) ganha desse troço aí. Né, pessoár?! ... "Éééé!..."
O profissional olhou as armas e pensou: tá legal ... "o bom cabrito não berra..."
Algumas rodadas depois, na mais alta aposta da noite, o profissa armou seu jogo vencedor e o apresenta!
"Ximbica!"...
Começou a raspar as fichas e o coronér:
"Peraí, cumpadi...Ximbica aqui só vale uma vez por noite, sô!"
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Agora vamos comentar, tentando abstrair inicialmente o mensalão®:
É fato que, conforme a humanidade progride, o (ab)uso do poder vai se sofisticando. Do simples rei/imperador absoluto e pessoal e sua corte, que resolvia tudo com seus exércitos, na por#ada, até as "inquebráveis" instituições financeiras, mais fortes que nações e suas instituições, com seus exércitos ... agora de advogados. Portanto concordo que estamos vivendo esta "era" (não tão moderna) "perfeitamente "legal"...
Num documentário sobe a crise de 2008, os executivos de uma agência de rating que dava a classificação máxima AAA na véspera da quebra de uma instituição (que causou imensos prejuízos a acionistas e fundos de pensão com dezenas de milhares de aposentados) foram filmados depondo seguidamente com a seguinte mesma frase: "Era apenas a nossa opinião" ... garantida pela liberdade constitucional...
Estão todos livres e fartamente "patrimonializados", com o dinheiro ganho para "opinar" (remuneradamente e sem nenhuma responsabilidade, igualzinho às mães Dinahs da vida).
Com relação ao "garantismo" ou mesmo à velha discussão da "letra da lei" vs "espírito da lei (sou pela última), o problema não está no garantismo ... Está no seu uso!
Não é o garantismo que é o “problema”! são as pessoas (juízes, no caso) que os usam (ou não), ora para pppp's , ora para os amicci.
Como nunca seria o Congresso que deva ser fechado ... e sim as más pessoas lá dentro que devam ser trocadas!
Enfim, sinto uma certa comemoração por alguns ao "fim do garantismo", à "flexibilização endurecedora" de provas e quetais.
Para mim, quem tem que "endurecer" (melhorar) é a investigação, a preparação, o MP. Eles têm que ser competentes em desnudar e apresentar os delitos. Mesmo "seguros" de que tenham havido, não podem apenas chegar no tribunal e dizer: "Não tenho dúvidas que houve crime. Sou pela condenação geral e máxima" (lembra algo?) ... e daí descer do púlpito com sua esvoaçante toga, com o "dever cumprido"...
O processo tem que ser “duro”. Jamais "endurecer" os juízes!
Estes tem que julgar, serenamente, em viés ou emocionalidades. Ou serão apenas justiceiros.
Se os pppp's já estão "fús" desde sempre, imagine-se com tais mudanças e flexibilizações!
Além disso, há uma autobahn sendo aberta para o golpe!... qualquer golpe! Vai ficar a mór moleza!
Alguns acreditam que estarão pavimentando a condenação de outros "casos" (a maioria mais importantes, relevantes e nefastos)? Duvido! (tomara que esteja errado e venha aqui me retratar).
Que outros casos relevantes estão na fila (de 260 mil processos)?
O mensalão tucano? Já foi devidamente demembrado e só sobrará para Azeredo, deviamente "discrecionado" na míRdia, quando for o caso. O resto JÁ FOI resolvido. Estarão na Justiça Comum pelos próximos "n" anos com todos os recursos e protelações possíveis (e cada nota fará referência apenas a um mensalão@ genérico).
Aí (se e) quando chegarem no STF, nossos filhos e netos nem saberão direito do que se trata, né?
A privataria multibilionária e nefasta? (infinitamente mais do que 50 mil para um deputado que ganha mais do que isso mensalmente em salários, verbas e benefícios)? Nem sequer está nos estágios iniciais de um processo (investigação), a menos do já processado (e premiado) jornalista Amaury Pen Taylor Jr...
Não adianta entrar nos bastidores deste circo. Apenas "suspeito" que ele foi montado para:
- Dar um golpe;
- Tentar alterar a História, que não pode ser "diferente" da contada nos 500 anos anteriores;
- Conservar o poder sendo ameaçado (publicamente!);
- Afetar as eleições, eminentemente em SP, onde fica a fonte de receita e poder dos tucanos, que ainda podem ser desnudados por um outro eventual governo, num momento crítico de consolidação de mudanças e desmascaramentos que já ocorrem há uma década, com aprovação popular recorde...
Portanto, não nos iludamos em pensar que "a moral está mudando", que agora "vai", que a lei (atribuição do parlamento) estará mais "dura", que agora "os de cima também estão na roda", que ...
Puro teatro circense...
Abrindo as portas acrobáticas do perigo...
Um julgamento XIMBICA!
PS: Reafirmo que delitos e delituosos devem ser julgados e condenados ... dentro das regras do jogo. Se culpados escaparem, bom pra eles, culpa da PGR. Se inocentes forem condenados? Ruim para todos nós!