Oito Bons Presentes Que Não Custam um Centavo



 PRESENTE ESCUTAR... Mas você deve realmente escutar. Sem interrupção, sem distração, sem planejar sua resposta. Apenas escutar. 

O PRESENTE AFEIÇÃO... Seja generoso com abraços, beijos, tapinhas nas costas e aperto de mãos. Deixe estas pequenas ações demonstrarem o amor que você tem por família e amigos. 
O
O PRESENTE SORRISO.... Junte alguns desenhos. Compartilhe artigos e histórias engraçadas. Seu presente será dizer, "Eu adoro rir com você." 

O PRESENTE BILHETINHO... Pode ser um simples bilhete de "Muito obrigado por sua ajuda" ou um soneto completo. Um breve bilhete escrito à mão pode ser lembrado pelo resto da vida, e pode mesmo mudar uma vida. 

O PRESENTE ELOGIO... Um simples e sincero, "Você ficou muito bem de vermelho", "Você fez um super trabalho" ou "Que comida maravilhosa" faz o dia de alguém. 

O PRESENTE FAVOR... Todo dia, faça algo amável. 

O PRESENTE SOLIDÃO... Tem momentos em que nós não queremos nada mais do que ficar sozinhos. Seja sensível à esses momentos e dê o presente da solidão ao outro. 

O PRESENTE DISPOSIÇÃO... A maneira mais fácil de sentir-se bem é colocar-se à disposição de alguém, e isso não é difícil de ser feito. 


Desconheço o autor. 

Hotel espacial




Orbital Technologies
Estação espacial
A partir de 2016 você poderá adicionar mais um lugar para visitar durante as férias: o espaço. Pelo menos é isso que promete uma empresa russa, que tem planos de construir um hotel para até sete pessoas observarem a Terra lá de cima, segundo o Daily Mail.

Chamado de CSS (Commercial Space Station, ou Estação Espacial Comercial, em tradução livre), o hotel terá uma superfície de 20 metros quadrados e espaço para até sete pessoas se hospedarem ao mesmo tempo. O transporte para o local será feito através da nave russa Soyuz.

O preço não será para qualquer um. Cinco dias no espaço custarão US$ 100 mil por pessoa, mais cerca de US$ 500 mil pela viagem até a estação.

do Olhar Digital

O paralelo [Instituto] Lula

A instalação esta semana do Instituto Lula, uma espécie de Presidência da República para chamar de sua, com mais ministros da Casa e assessores diretos do que tem a presidente de direito, além de um Conselhão de intelectuais e assessores, entre eles dois ministros de fato em dupla jornada, revigorou a constatação que volta e meia chacoalha a pasmaceira político-empresarial: Lula, e não Dilma, concorrerá à Presidência em 2014.
No registro do cenário de segunda-feira o presidente se curva levemente na fotografia para dar uma impressão de que se trata de um escrete do qual é apenas o artilheiro. O disfarce, porém, revelou mesmo um Ministério completo, em pose e formação.
Todos os gestos do ex-presidente são óbvios: denotam decisão e objetivo, campanha aberta para suceder Dilma Rousseff. Na verdade, campanha continuada, permanente, como tem feito há anos, para eleger-se. Portanto, claro está que Lula trabalha para manter acesa a chama do seu eleitorado ao longo desses próximos três anos e meio.

Melhor cenário para ex é Dilma dar-se por satisfeita até 2014
Teoricamente, o ex-presidente vai usar o seu Instituto para promover andanças pelo mundo fazendo palestras, em especial para levar sua experiência à África e à América do Sul. E também para, em matéria de atividade político-eleitoral, ajudar candidatos do PT às disputas municipais de 2012. Até vai, como já foi, mas são atividades singelas demais, que seguem no automático, diante da imensa capacidade da estrutura política que montou. Lula instituiu, na verdade, o governo paralelo, uma Presidência para o ex passar o interregno.
Recebe políticos em romaria, alguns telefonam para seus líderes do Congresso da fila de espera do gabinete de Lula, outros procuram presidentes de partidos para conseguir com ele uma audiência. Mantém os laços com a aliança de partidos que o apoiaram e quer que permaneçam unidos na perspectiva do futuro poder. Alimenta as relações que estreitou com empresários que tiveram excelente trânsito no seu grupo. Procura, ele próprio, os governadores. E, palanque máximo, pede a eles uma agenda para si nos Estados.
Na coreografia da semana passada, por exemplo, Lula conseguiu que Sergio Cabral, governador do Rio, e Pezão, o vice que chefia o governo, organizassem um grande encontro no Estado, para o qual levaram os aliados, deputados, senadores, secretários. Lula presente, houve uma reclamação estridente da presidente Dilma do começo ao fim. Em outro evento da mesma semana, sem a presença física de Lula, o governador de Brasília, Agnelo Queiroz, reuniu os governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, os presidentes do Senado e da Câmara, e a choradeira contra o governo federal e a presidente, os grandes ausentes não convidados à catarse, dominou a reunião. Um relatório completo foi dado a conhecer ao governo paralelo, cujas preocupações centrais vão ao encontro das preocupações centrais dos Estados: dinheiro para a Copa, dinheiro para o PAC.
Lula vai também se metendo de corpo e alma no governo de direito, sem maiores constrangimentos, não só para evitar a dispersão da base aliada, insatisfeita com o estilo da presidente, mas para manter seus ministros nos postos e tratar, caso algum deles caia em desgraça, de emplacar o substituto. Foi o que ocorreu no Ministério da Defesa.
O grande plano estratégico do ex-presidente lhe exige, porém, alguma delicadeza na tática. Na avaliação que fazem alguns de seus próximos aliados na atual empreitada, não interessaria a Dilma ou a Lula explicitar a disputa, isso os fragilizaria. Melhor, para os dois, fazer o discurso do projeto único.
Por mais que a história dos dois personagens desautorize a constatação, não haveria, segundo os aliados, acerto preliminar entre Lula e Dilma para que ela abra mão da sua reeleição permitindo a volta do ex. Acham mesmo que se ela estiver bem, vai querer disputar, e tem arsenal para isso.
Ela teria toda uma base de apoio no Congresso que segue o esquema de poder formal, teria seus ministros que trabalhariam para ela continuar no governo e eles também, teria o poder real e a caneta para levar adiante o projeto. E, claro, está construindo uma agenda própria, diferente da do ex-presidente e até, em alguns casos, em conflito com ele, como seria o caso da das ações de combate à corrupção, que acabam por aproximá-la mais de um eleitorado da classe média e até mesmo da mídia, dois grupos de quem o ex-presidente guardou distância. É o tipo de agenda que, comenta um de seus aliados próximos, a fortalecem, a diferenciam de Lula e a levam a adquirir instrumentos para a reeleição.
O poder, nas análises desse grupo, tem uma vocação, uma vida própria, e ninguém que detenha um mandato de presidente da República vai passá-lo adiante sem razão forte, mesmo que seja para devolvê-lo a quem lhe possibilitou obtê-lo. Isto significa que para Lula voltar, teria que haver uma situação excepcional. Na marra, seria impossível. Uma questão a conferir.
Se estiver à época apropriada com um razoável grau de aprovação do seu desempenho e uma aceitação razoável do governo, a presidente Dilma não seria impedida por Lula de tentar a reeleição. “Seria uma violência inominável, chocaria a vida política, as instituições, o eleitorado”, comenta um analista desta delicada equação apontando as dificuldades para tirá-la do palanque no caso de sucesso. Se, por outro lado, o governo Dilma não estiver dando certo, estará aberto para Lula o espaço da candidatura. Há, contudo, mais duas questões a considerar.
Se Dilma estiver mal, será em razão de crises econômicas e políticas com reflexos no desempenho do governo. Difícil uma situação que debilita a criatura não respingar no criador. Ele será sempre o responsável por ela, o contágio será inevitável.
Lula está em campanha, há uma grande evidência de que cava sua candidatura com garra e as dificuldades, por sua estreita relação com a presidente, como se tem visto, não o impedem de ser ousado e barbarizar. O melhor cenário para ele seria Dilma dar-se por satisfeita com um mandato exitoso. A alternativa, não tão boa assim, é o ex-presidente conseguir convencer Dilma, pela persuasão e sem agredir o eleitorado, a não disputar um novo mandato apesar do bom desempenho.
 por Rosângela Bittar 
E-mail rosangela.bittar@valor.com.br

Compra da Motorola por a Google

"Essa compra da Motorola pelo Google não teve nada a ver com patentes. A verdade é que durante a faculdade os amigos do Lary tinham Motorola - Star Tak e ele não tinha grana pra comprar um -...
Então hoje, só de sacanagem, ele comprou a Motorola"  

Delubio Soares escreve sobre a Marcha da Margaridas

 A marcha das mulheres trabalhadoras rurais recebeu o nome de MARCHA DAS MARGARIDAS em homenagem à ex-líder sindical, Margarida Maria Alves. Ela foi assassinada em 1983, na porta de sua casa, por latifundiários do Grupo Várzea, na cidade de Alagoa Grande, Paraíba.
 
Margarida Maria Alves era Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, e fundadora do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural. Ela obteve grande destaque na região por incentivar os trabalhadores rurais a buscarem na Justiça a garantia dos seus direitos protegidos pela legislação trabalhista. Promovia campanhas de conscientização com grande repercussão junto aos trabalhadores rurais que, assistidos pelo Sindicato, moviam ações na Justiça do Trabalho, para o cumprimento dos direitos trabalhistas, como carteira de trabalho assinada, 13º salário e férias.

Exemplo de luta e coragem
À época do assassinato de Margarida Alves, foram movidas 73 reclamações trabalhistas contra engenhos e a Usina Tanques. Um fato inusitado, em função da então incipiente democracia brasileira, e que gerou grande repercussão. Em conseqüência disso, Margarida Alves passou a receber diversas ameaças. Eram "recomendações" para que ela parasse de criar "caso" e deixasse de atuar no Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
A despeito disso, Margarida Alves não escondia que recebia outras ameaças. Pelo contrário, tornava-as públicas, fazendo questão de respondê-las. Um dia antes de morrer, Margarida Alves participou de um evento público, no qual falou dos recados que vinha recebendo. Em seu último discurso, registrado em fita cassete, Margarida denunciou as ameaças que vinha sofrendo e disse que preferiria morrer lutando a morrer de fome.
Margarida se tornou um símbolo de força, de garra, de coragem, de resistência e luta. Um exemplo e um estímulo com grande força mobilizadora. Cada mulher trabalhadora rural se inspira em Margarida Alves para resistir, lutar contra as formas de discriminação e violência no campo, qualificar, mobilizar e participar das lutas por igualdade de gênero, por justiça e paz no campo. 
O espírito de luta em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras rurais encontrado em Margarida foi o principal motivo de seu assassinato. Margarida não morreu, suas pétalas se espalharam e florescem a cada dia, se multiplicando num imenso jardim.

Trajetória histórica
Após a realização de três grandes marchas, as mulheres trabalhadoras do campo e da floresta retomam o amplo processo de mobilização para a construção da MARCHA 2011.
Em cada uma das três marchas, realizadas nos anos de 2000, 2003 e 2007, a plataforma política e pauta de reivindicações focalizou questões estruturais e conjunturais e aquelas específicas das trabalhadoras do campo e da floresta, todas buscando a superação da pobreza e da violência e o desenvolvimento sustentável com igualdade para as mulheres.

Resultados da Marcha das Margaridas – 2000/2003/2007
A Marcha 2000, realizada durante o governo FHC, teve um forte caráter de denúncia do projeto neoliberal, mas as trabalhadoras rurais também apresentaram uma pauta de reivindicações para negociação com o governo. Grande parte dessas reivindicações voltou a integrar a pauta das marchas seguintes, realizadas nos anos 2003 e 2007 sob o governo Lula, em que foram obtidas maiores conquistas.
Atualmente, após a realização de três grandes marchas, as trabalhadoras do campo e da floresta podem contabilizar algumas conquistas, embora haja muito por construir em termos de políticas estruturantes e políticas públicas para as mulheres.
Trabalho e Previdência Social
 
Conheça as principais conquistas das Marchas das Margaridas:
-    Documentação, acesso a terra, apoio às mulheres assentadas e políticas de apoio a produção na agricultura familiar
-    Criação do Programa Nacional de Documentação da Mulher Trabalhadora Rural – PNDMTR
-    Fortalecimento do PNDTR com ações educativas e unidades móveis em alguns estados
-    Titulação Conjunta Obrigatória – Edição da Portaria 981 de 02 de outubro de 2003
-    Revisão dos critérios de seleção de famílias cadastradas para facilitar o acesso das mulheres a terra
-    Edição da IN 38 de 13 de março de 2007 – normas para efetivar o direito das trabalhadoras rurais ao Programa Nacional de Reforma Agrária, dentre elas a prioridade às mulheres chefes de família.
-    Capacitação de servidores do INCRA sobre legislação e instrumentos para o acesso das mulheres a terra
-    Formação do Grupo de Trabalho (GT) sobre Gênero e Crédito  e a Criação do Pronaf Mulher
-    Criação do crédito instalação para mulheres assentadas
-    Declaração de Aptidão ao Pronaf  em nome do casal
-    Ações de Capacitação sobre Pronaf – Ciranda do Pronaf e Capacitação em Políticas Públicas
-    Inclusão da abordagem de gênero na Política Nacional de Ater e da ATER para Mulheres
-    Apoio ao protagonismo das mulheres trabalhadoras nos territórios rurais
-    Criação do Programa de Apoio a Organização Produtiva das Mulheres
-    Apoio para a  realização de Feiras para comercialização dos produtos dos grupos de mulheres
Manutenção da aposentadoria das mulheres aos 55 anos
Representação na Comissão Tripartite de Igualdade de Oportunidades do Ministério do Trabalho

Saúde
- Implementação do Projeto de Formação de Multiplicadoras(es) em Gênero, Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos em convênio com o Ministério da Saúde
- Reestruturação do Grupo Terra responsável pela construção da política de saúde para a população do campo.

Educação
- Criação da Coordenadoria de Educação do Campo no MEC.

Enfrentamento à Violência
- Campanha Nacional de Enfrentamento a Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta
- Criação e funcionamento do Fórum Nacional de Elaboração de Políticas para o Enfrentamento à – Violência contra as Mulheres do Campo e da Floresta
- Elaboração e inserção de diretrizes na Política Nacional de  Enfrentamento à Violência contra as mulheres voltadas para o atendimento das mulheres rurais
Em 2011, as margaridas marcham por desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade. A Marcha tem ainda, as seguintes razões:
-    Denunciar e protestar contra a fome, a pobreza e todas as formas de violência, exploração, discriminação e dominação e avançar na construção da igualdade para as mulheres;
-    Atuar para que as mulheres do campo e da floresta sejam protagonistas de um novo processo de desenvolvimento rural voltado para a sustentabilidade da vida humana e do  meio ambiente;
-    Dar visibilidade e reconhecimento à contribuição econômica, política e social das mulheres no processo de desenvolvimento rural;
-    Contribuir para a organização, mobilização e formação das mulheres do campo e da floresta;
-    Propor e negociar políticas públicas para as mulheres do campo e da floresta.
Eixos Temáticos – Plataforma política 2011
-    Biodiversidade e democratização dos recursos naturais – bens comuns
-    Terra, água e agroecologia
-    Soberania e segurança alimentar e nutricional
-    Autonomia econômica, trabalho, emprego e renda
-    Saúde pública e direitos reprodutivos
-    Educação não sexista, sexualidade e violência
-    Democracia, poder e participação política

 

 



A presidente Dilma e a guerra que se anuncia

O movimento era previsível e as razões óbvias, mas não deixa de ser perturbadora a investida dos grandes grupos midiáticos ao governo da presidenta Dilma Rousseff, depois de um curto período de risível persistência de elogios e salamaleques cujo único objetivo era o de indispô-la – e a seu eleitorado – com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Digo que era um movimento previsível não apenas por conta do caráter ideologicamente hostil dos blocos de mídia com relação a Dilma, Lula, PT ou qualquer coisa que abrigue, ainda que de forma distante, relações positivas com movimentos sociais, populares e de esquerda. A previsibilidade da onda de fúria contra o governo também se explica pela transição capenga feita depois das eleições, um legado de ministros e partidos de quinta categoria baseado numa composição política tão ampla quanto rasa, e que, agora, se desmancha no ar.

No instantâneo, o tiro de largada

Assim, pode-se reclamar da precariedade intelectual da atual imprensa brasileira, da sua composição cada vez mais inflada de jornalistas conservadores, repórteres raivosos e despolitizados, quando não robotizados por manuais de redação que os ensina desde a usar corretamente o hífen, mas também como se comportar num coquetel do Itamaraty. Mas sobre a indigência do comportamento da base aliada, é tudo verdade, como também é verdade que, ao herdar de Lula essa miríade de ministros-jabutis colocados na Esplanada dos Ministérios, Dilma aceitou iniciar o governo com diversos flancos abertos, a maioria resultado da aliança com o PMDB, e se viu obrigada a fazer essa tal "faxina" pela mídia, embora se negue a admiti-lo, inclusive em recente entrevista à CartaCapital.

Dilma caminha, assim, sobre a mesma estrada tortuosa do primeiro ano do primeiro mandato de Lula, quando o ex-operário chegou a crer, cegado pela venda de inacreditável ingenuidade, que as grandes corporações de mídia nacionais, as mesmas que fizeram Fernando Collor derrotá-lo, em 1989, poderiam ser cooptadas somente na base do amor e do carinho. Dessa singela percepção infantil adveio a crise do "mensalão", a adoção sem máscaras do jornalismo de esgoto nas redações brasileiras, a volta do golpismo como pauta de reportagem e a degeneração quase que absoluta das relações entre o poder público e a imprensa.

Em 2010, agregados ao projeto de poder do PSDB e de seu cruzado José Serra, os grupos de mídia formaram um único e poderoso bloco de oposição e montaram um monolítico aríete com o qual tentaram derrubar, diuturnamente, a candidatura de Dilma Rousseff. Não fosse a capacidade de comunicação de Lula com as massas e a conseqüente transferência de votos para Dilma, essa ação, inconseqüente e, não raras vezes, imoral, teria sido vitoriosa. Perdeu-se, contudo, na inconsistência política de seus líderes, na impossibilidade de comparação entre os dois projetos de País em jogo e, principalmente, na transfiguração final – triste e patética – de Serra num fundamentalista religioso, homofóbico e direitista, cuja carreira política se encerrou na melancólica e risível farsa da bolinha de papel na careca.

Ainda assim, Dilma Rousseff foi comemorar os 90 anos da Folha de S.Paulo, sob alegada conduta de chefe de Estado, como se não tivesse sido o jornalão da Barão de Limeira o primeiro condutor do circo de mídia montado, em 2010, para evitar que ela chegasse à Presidência. Foi a Folha que publicou, na primeira página, uma ficha falsa da então candidata, com o intuito de vendê-la como fria guerrilheira de outrora, disposta a matar e seqüestrar inocentes, sequer para lutar contra a ditadura, mas para implantar no Brasil uma ditadura comunista, atéia e, provavelmente, abortista. O fim da civilização cristã no Brasil. Dilma sobreviveu à tortura e à prisão, mas não conseguiu escapar dessa armadilha, e foi lá, comemorar os 90 anos da Folha. Agora, instada a fazer a tal "faxina", talvez esteja recebendo um salutar choque de realidade.

O fato é que o embate entre as partes, haja ou não uma Lei dos Meios, nos moldes da legislação argentina, não é só inevitável, mas também inadiável. A presidenta reluta, naturalmente, em iniciar um conflito entre a lei e os meios de comunicação, não é por menos. Ela sabe o quanto foi dura e a ainda é a vida dos colegas vizinhos da Venezuela, Argentina, Bolívia, Equador e Paraguai com os oligopólios locais. Faz poucos dias, um jornalista brasileiro, encastelado numa dessas colunas de horror da imprensa nativa, chamou a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, de "perua autoritária", em resposta a leitores que lhe enviaram comentários indignados com um texto no qual ele a acusava, Cristina, de usar o próprio luto (o marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, morreu em outubro do ano passado) para fins eleitorais. Implícito está, ainda, a questão do machismo (a "faxina" da nossa presidenta), ou melhor, a desenvoltura do chauvinismo, ainda isento de freios sociais eficazes.

Tenho cá minhas dúvidas se o mesmo jornalista, profissional admirado e reconhecido por muitos, teria coragem de se referir ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como "pavão engabelado", apenas para ficar na mesma alegoria do mundo animal atribuída a Cristina Kirchner, por ter posado de pai amantíssimo ao assumir, 18 anos depois, a paternidade de um filho da jornalista Miriam Dutra, da TV Globo – e, aos 80 anos, descobrir que caiu no golpe da barriga. Passou dois mandatos refém da família Marinho por conta de um menino que não era dele. Algum comentário sarcástico nas colunas e blogs da "grande imprensa" a respeito? Necas de pitibiriba. Com a presidenta argentina, mulher que enfiou o dedo na cara de um grupo midiático "independente" que sustentou uma ditadura nazista, responsável pelo assassinato de 20 mil pessoas, o colunista, contudo, se solta e se credencia a nos fazer rir.

Duvido que Cristina Kirchner fosse ao aniversário do Clarín.





O Congresso Nacional libera TV a cabo para telefônicas

O princípio básico da nova lei é simples e saudável:
Quem distribui (telefônica) não produz conteúdo (Globo).
Quem produz conteúdo (Globo) não distribui (telefônica).
A lei transforma tudo em empresa de Comunicação.
Onde se encaixam também os provedores de acesso à internet (UOL).
Assim, teremos a seguinte situação, muito interessante.
A Globo vai ter que fechar o Globo.com e o G1.
Porque não pode distribuir e produzir conteúdo ao mesmo tempo.
O UOL – que sustenta os jenios da Folha (*) – também vai.
Porque ele ou é provedor de acesso ou de conteúdo.
E, na pág. B4, da mesma Folha, o Ministro Paulo Bernardo avisa que as telefônicas poderão dar acesso à internet, sem precisar de provedor.
Ou seja, o UOL perde do novo.
Duas vezes.
Os colonistas da Folha vão ficar impossíveis.
O projeto que o Senado aprovou vai à sanção da Presidenta.
Os filhos do Roberto Marinho e do seu Frias só têm uma saída.
Contratar o escritório do Dr. Sergio Bsrmudes e sua consultora, Elena Landau.

O Dr. Bermudes não perde uma !


Paulo Henrique Amorim