Otimista x pessimista
Exemplo a ser seguido
Coluna econômica
Da discussão, participaram economistas e sociólogos.
***
A grande questão colocada foi identificar que fatores poderiam deflagrar um processo de crescimento similar ao do Japão e Coreia, nos anos 50 e 60, China e Índia mais recentemente.
Nas últimas décadas houve enormes avanços em várias áreas, especialmente no amadurecimento democrático brasileiro. Setores aprenderam a negociar com setores, União, estados e municípios se tornaram parceiros, consolidou a ideia de que o país é a soma de um conjunto enorme de atores - as grandes e pequenas empresas, o agronegócio e a agricultura familiar, o mercado e as políticas sociais. Criou-se um potente mercado de consumo interno e o Banco Central – com a decisão de reduzir a taxa Selic em meio ponto – finalmente passou a enfrentar a questão dos juros escandalosamente altos dos últimos 20 anos.
O que falta, então, para o salto?
***
O primeiro fator é acabar com o espírito de “porque me envergonho do meu país”.
De fato, nas últimas décadas um bordão incessantemente repetido por comentaristas econômicos e políticos era o da vergonha de ser brasileiro. Qualquer tentativa de criar políticas alternativas, que derrubassem os juros, era descartada partindo-se do pressuposto de que o país não teria competência para fugir dos manuais de economia recomendados pela banca internacional – mesmo que nenhum outro país do mundo ostentasse a excrescência de juros básicos acima de 10% ao ano.
***
A industrialização dos anos 30, por exemplo, só foi possível depois de uma década de crise, dos anos 1920, na qual, a partir da disseminação dos rádios, dando expressão a uma cultura popular e erudita que devolveram a autoestima nacional.
***
O segundo grande desafio é alguma episódio que deflagre o chamado “espírito animal” do empresário, isto é, aumente sua propensão a investir e canalize as energias do país para pontos fundamentais para o desenvolvimento.
Tenho para mim e tenho escrito há tempos sobre isso – e os economistas Yoshiaki Nakano e Luiz Carlos Bresser-Pereira endossam também a tese – que o fator capaz de deflagrar esse espírito é a redução dos juros e a desvalorização cambial.
Embora haja riscos de uma volta provisória da inflação, esses dois movimentos trariam vários efeitos colaterais fundamentais para a explosão de desenvolvimento brasileiro.
De um lado, estimularia investimentos privados, liberando uma enorme quantidade de recursos hoje aplicados na rolagem da dívida pública.
***
Muitos economistas sustentam que a emergência da Coreia se deveu a investimentos em educação, pesquisa e desenvolvimento, apoio a grandes grupos empresariais. Mas, antes de tudo, houve uma desvalorização cambial que baixou os preços dos produtos coreanos no mercado internacional, permitindo ao país vender bens de qualidade inferior, mas por preço competitivo.
Depois desse primeiro empuxe, ainda nos anos 50, criou-se uma dinâmica de desenvolvimento que facilitou as grandes reformas estruturais.
A Vitória Da Vida
Autor: ( Desconhecido )
A presidenta Dilma Rousseff fez uma avaliação da participação do Brasil na Assembleia Geral ONU
Ela afirmou que foi uma honra discursar na abertura da Assembleia e destacou a necessidade de se buscar uma saída para crise econômica internacional:
"Eu estava representando ali o Brasil, um país que vem tendo cada vez mais destaque no cenário internacional. A força do nosso país e as opiniões do nosso povo estão sendo cada vez mais respeitadas lá fora. Falei da crise econômica internacional em meu discurso, Luciano [Seixas, apresentador], porque o mundo vive um momento muito delicado. É uma crise financeira que nasceu nos países mais ricos e está deixando milhões e milhões de desempregados em todo o mundo, em especial, nos países mais ricos. A posição defendida pelo Brasil na ONU é de que a saída para a crise econômica mundial deve ser discutida por todos os países juntos".
A Presidenta acrescentou que os países desenvolvidos têm maior responsabilidade em relação à crise, mas que todos os outros países sofrem as consequências de alguma forma, ainda que indireta. "Então, todos devem ter o direito de participar das soluções."
Segundo Dilma Rousseff, o Brasil está preparado para esse momento, uma vez que possui reservas internacionais em dólar, um mercado interno fortalecido e os empregos mantidos. Ela disse que o governo trabalha para assegurar o crescimento da economia e para manter a política de distribuição de renda, com melhoria de oportunidades para a população.
Outro assunto de destaque no programa foi a participação da Presidenta na Reunião de Alto Nível sobre Doenças Crônicas Não Transmissíveis, na qual ela falou sobre o programa Saúde não tem Preço.
"Nós já distribuímos 5,4 milhões de medicamentos, em 20 mil farmácias que têm aquela placa – "Aqui tem Farmácia Popular". Isso significa que estamos garantindo o direito das pessoas ao tratamento de saúde". Ela destacou a importância do programa e afirmou que "praticamente nenhum país do mundo distribui de graça, para a sua população, remédios para hipertensão e diabetes. Por isso o interesse sobre esse assunto foi grande, e o nosso exemplo está servindo de inspiração."
Assembleia Geral da ONU - O momento histórico de ser a primeira mulher a abrir uma Assembleia Geral das Nações Unidas foi destaque também no Café com a Presidenta. Segundo Dilma Rousseff, "os caminhos para a participação da mulher estão cada vez mais abertos no mundo inteiro, mas há muito o que avançar. A ONU Mulheres, liderada pela ex-presidenta do Chile, Michelle Bachelet, é um passo importante para coordenar as ações e políticas de apoio às mulheres em todo o mundo".
"Eu voltei muito animada da Assembleia da ONU. Levamos para o mundo as nossas experiências, as nossas ideias e nossa forma de encontrar soluções para os problemas."
Por último, a Presidenta falou sobre os programas sociais e o desenvolvimento econômico do Brasil. Ela afirmou que o Brasil está mostrando ao mundo que é possível fazer a economia crescer e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas melhorem de vida.
Mercado futuro
A velhinha Briguilina propõe que o governo faça como qualquer banca de jogo faz, exija que o jogador deposite o dinheiro. Nenhum casino aceita jogo fiado.
Quem você acha que faz a melhor proposta, Delfim Neto ou a velhinha Briguilina?
Eu tou com a velhinha e não abro.