É hora de campanha, não de avaliação

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Passou o 1º turno, ontem, agora é hora de consolidar o apoio do cidadão eleitor que apoiou e votou na presidenta Dilma Rousseff no 1º turno contra tudo e contra todos. Menos do que contra os candidatos Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (coligação PSDB-DEM), o que mais se sobressai é que a maioria (a presidenta Dilma ganhou quase 42% dos votos) votou contra a posição da mídia, toda ela contra a candidata do PT e as posições do partido.

É hora, também, de chamar o voto de esquerda a partir de compromissos sociais e políticos históricos do PT com nosso projeto de desenvolvimento nacional apoiado na distribuição de renda, nos programas sociais, no mercado interno e na poupança nacional.

Apoiado, também, não se pode deixar de ressaltar, na defesa de nossa política externa soberana, da integração sul-americana, de uma política econômica que não se renda ao neoliberalismo e ao Estado mínimo, porque aí, nesse apoio e reeleição da presidenta, está a garantia de manutenção e ampliação das conquistas sociais, trabalhistas, da continuidade do aumento real do salário mínimo e dos benéficos da previdência.

Reeleger Dilma é dizer não ao recuo e ao retrocesso social

Além da manutenção de conquistas sociais como o Bolsa Família, o PróUni-FIES (financiamento de curso superior a estudantes), o programa Mais Médicos, o PRONATEC (escolas e curso técnicos) e o Minha Cada Minha Vida.

A hora, então é de apoiar a presidenta Dilma como reafirmação do apoio ao papel dos bancos públicos, do investimento publico que garanta em 1º lugar o emprego e a renda dos trabalhadores e que se oponha a banca e ao capital financeiro. Fazer campanha e reeleger Dilma é compromisso com as reformas política e tributária, com os avanços sociais na reforma agrária, na saúde e educação e na mobilidade urbana.

A hora, portanto, insistimos, é de chamar e convocar a juventude, para fazer avançar nosso governo na defesa de seu lazer e cultura. Hora de compromisso com a diferença e de repúdio à homofobia e ao racismo. Hora de se comprometer com uma mudança radical do país em suas políticas de segurança e penitenciária.

Para tanto é preciso diálogo e a reafirmação de compromissos programáticos

Um apoio e um ânimo cada vez maior na campanha que virão no 2º turno, com certeza, em cima e com base em compromissos programáticos e de abertura do governo para o diálogo e participação na elaboração das políticas públicas. Compromisso como o de mobilizar o país para avançar na reforma política com financiamento público das campanhas eleitorais, único caminho para por fim ao domínio do poder econômico nas eleições, o que hoje ocorre pelo financiamento privado.

Compromisso pela reforma tributária que realize a justiça social e federativa, viabilize os investimentos públicos e a estabilidade fiscal do país – e que o faça sem recessão, arrocho salarial, desemprego, diminuição da renda do trabalhador e desindustrialização do país. Que possibilite e dê as condições para uma revolução social, cultural e tecnológica no nosso Brasil.

É hora, também, de refazer o pacto produtivista e nacional entre os trabalhadores e os empresários que não se conformam com a rapina do capital financeiro; hora do mercado interno e da reindustrialização do país; hora de mais, cada vez mais amplos investimentos em educação e inovação; hora de se avançar nas concessões da infraestrutura e no pré-sal; em uma nova política urbana como a de São Paulo, que rompa com o atual modelo onde predomina a especulação imobiliária e a segregação social; hora de eleger a juventude como prioridade de governo e da sociedade.

É hora – e o momento nunca foi tão crucial quanto este – de chamar todas as forças democráticas, nacionalistas, populares para defender nosso legado e a reeleição da presidenta Dilma e do governo do PT. Para fazer avançar e aprofundar as mudanças e reformas que nossa juventude e sociedade reclamam, nossos empresários demandam e nosso povo aspira. Hora mais do que nunca, de garantir as conquistas dos últimos 12 anos. Hora de dizer não ao recuo, ao retrocesso, ao atraso, a volta aos fantasmas do passado.


Paulo Nogueira: Agora é esquerda versus direita e não mudança versus continuidade

Agora Aécio e aliados vão dizer que é mudança versus continuidade.

Mas não é.

Agora é esquerda versus direita. Ou centro-esquerda versus centro-direita.

Com Marina no segundo turno, se poderia levar razoavelmente a sério a hipótese da mudança.

Mas com Aécio, não.

O Aécio real, o de Armínio Fraga, tem um programa econômico que é uma réplica do thatcherismo dos anos 1980.

Thatcher, para quem não lembra, foi a real inspiração de FHC – a começar pela fé cega em que privatizações e desregulamentações eram a receita sagrada para dinamizar uma economia.

Na verdade, como o tempo mostrou em todos os países que adotaram o thatcherismo, era uma fórmula para concentrar renda e favorecer uma pequena elite que seria apelidada posteriormente de o “1%”.

No Brasil, a concentração só não foi maior porque um efeito colateral da estabilização favoreceu os pobres, que não tinham refúgio nos bancos para se proteger da inflação.

Fosse o Brasil, na era FHC, um país estável, como a Inglaterra de Thatcher, hoje provavelmente ele seria amaldiçoado como é, entre os britânicos, a Dama de Ferro.

Enxergar com clareza a oposição entre direita e esquerda vai ajudar muita gente indecisa a tomar uma posição, quer para um lado ou para outro.

A alta votação de Aécio surpreendeu, mas nem tanto assim. Muita gente antipetista se bandeara para Marina por entender que ela era a chance real de bater Dilma.

Quando, às vésperas da eleição, Aécio começou a aparecer na frente de Marina, os marinistas de ocasião voltaram para seu favorito.

Ficaram com ela, essencialmente, as mesmas pessoas que votaram nela em 2010. São eleitores que gostam de sua trajetória, e enxergam nela uma espécie de Lula de saias, com colheradas de sustentabilidade.

É difícil acreditar que a maior parte desses eleitores opte por Aécio, ainda que a própria Marina o apoie.

Também não devem ser subestimados os mais de 2 milhões de votos que tiveram, conjuntamente, Luciana Genro e Eduardo Jorge.

Os que os escolheram – tipicamente jovens idealistas – tenderão a ficar com Dilma diante do bloco de direita que se comporá em torno de Aécio.

Passada a ressaca, fica claro que parte da euforia tucana – e da mídia que apoia o PSDB — é fruto de uma estratégia de marketing destinada a convencer indecisos de que a vitória está próxima e intimidar os adversários.

É o chamado otimismo de conveniência.

Nunca, nos embates entre PT e PSDB, foi tão nítida a diferença entre as visões de mundo que os comandam.

Isso pode ser demonstrado pela opção que terão os simpatizantes de quatro candidatos com propostas opostas, Pastor Everaldo e Levy Fidelix, de um lado, e Luciana Genro e Eduardo Jorge, de outro.

Os eleitores de Everaldo e Fidelix cravarão certamente Aécio. Os de Luciana Genro e Eduardo Jorge, muito provavelmente, Dilma.

Isso conta, se não tudo, muito da escolha que os brasileiros terão que fazer em 26 de outubro.

Diga-me quem apoia você e eu direi quem você é: esta é uma frase que ajuda a entender o que está em jogo agora.

Luis Nassif: no segundo turno, a disputa será política

O único ponto previsível dessa campanha foi a imprevisibilidade.

As ondas se deram entre quatro públicos distintos:

Um segmento centro-esquerda, representado pela candidatura Dilma, que vota nela por convicção..
Um segmento neoliberal, em torno de Aécio, também por convicção.
Os inconformados – os que não conseguem se ver representados em nenhum candidato.
Os indignados, que acreditam que toda política é corrupta e são fundamentalmente antipetistas.

Movimento 1 – a mídia e a construção da corrupção.

O primeiro divisor de água da campanha, transformando o antipetismo na maior força da oposição. Esse sentimento cresceu exponencialmente com a cobertura intensiva do julgamento do mensalão, com o episódio Paulo Roberto Costa e com Pasadeña – que Dilma jogou, de graça, no caldeirão das suspeitas. A grande vitória da mídia foi ter pregado no PT a máscara da corrupção.

Movimento 2 – a busca do sonho.

No início da campanha, Dilma Rousseff representava o establishment. Eduardo Campos e Aécio Neves não representavam nada – por absoluto desconhecimento junto ao eleitor.

A tragédia de Eduardo Campos empurrou os inconformados para Marina Silva, que acabou soçobrando, não por falta de tempo, mas por excesso. Só quando acabou o sonho Marina, aparentemente parte dos inconformados passou a olhar e a descobrir Aécio.

Movimento 3 – o início da politização.

A campanha permitiu, pela primeira vez, que Dilma exercitasse (ao menos no discurso) um início de politização – de explicar um projeto de governo, em vez de enumerar obras -, assim como Aécio Neves.

O segundo turno
Nos últimos debates, Aécio descontraiu e recuperou a imagem do “moço de família” que não havia conseguido no início. Por outro lado, deixará de ser novidade. Haverá quase um mês para que sejam expostas suas vísceras e as diferenças programáticas com Dilma.

Na outra ponta, a visibilidade do horário gratuito reduziu a rejeição a Dilma. Sua arma estará no discurso político, na explicitação das diferenças programáticas.

Nos últimos tempos, a própria Dilma melhorou o discurso, tornando-o mais redondo e substituindo a evocação de projetos pontuais por uma visão mais politizada e abrangente do modelo político que representa.

Aécio cavalgou a última onda dos inconformados. Continuará com os indignados e provavelmente irá ganhar o apoio de parte do eleitorado de Marina. As mágoas de campanha dificultarão a passagem dos eleitores de Marina para Dilma.

Por outro lado a explicitação dos princípios político-econômicos de Aécio farão os inconformados pensar duas vezes antes de pular para seu barco. E, apesar de Aécio não ter a face macilenta e tenebrosa de José Serra, a perspectiva de se jogar fora um projeto de país em que acreditam deverá mobilizar as forças que hoje em dia apoiam Dilma sem entusiasmo.

O desempate programático
Aguardem baixarias dos grupos de mídia e nas redes sociais, menos na campanha propriamente dita. Se Aécio resolver apelar pelas denúncias, ambos os candidatos serão soterrados por um caminhão de denúncias recíprocas.

A partir de agora, o embate será eminentemente programático.

Dilma conseguirá crescer se expuser de forma clara o que o país poderá perder com o abandono das bandeiras social-desenvolvimentistas por um candidato neoliberal.

De seu lado, Aécio explorará o que o país terá a ganhar com a condução mais competente da macroeconomia. Essa ofensiva em cima do ponto mais vulnerável do governo Dilma a obrigará a atitudes firmes para mostrar que efetivamente o segundo governo será composto por ideias novas.

Antes de demonstrar que a política econômica irá mudar, Dilma terá que convender os recalcitrantes que ELA mudou.

Assim como ninguém esclarecido acreditará que Aécio ganhará sensibilidade social com a campanha, poucos estão acreditando que a pedagogia da campanha mudará o temperamento e o estilo de Dilma.

Ambos terão enormes desafios para reduzir o ceticismo. Terão que explicitar projetos e programas – e serem confrontados com sua história.

Os modelos em jogo
Assim como nas democracias maduras da Europa, há dois modelos em jogo. Um trabalhista ou socialdemocrata, representado por Dilma; outro neoliberal, representado por Aécio.

Ambos estão calçados em diferenças programáticas significativas.

O socialdemocrata – ou desenvolvimentista apud Dilma -, pressupõe prioridade para a construção do estado do bem estar social e para as políticas econômicas proativas. É mais sensível aos pleitos das minorias (está-se falando do governo como um todo, não especificamente da postura pessoal de Dilma) e para o combate à miséria. Menos sensível para a melhoria do ambiente econômico e para reformas institucionais, embora ambos os objetivos sejam conflitantes entre si. Aceita a iniciativa privada mas sem abrir mão do protagonismo da presidência. O erro é muito mais na forma autoritária, que no conteúdo. Muitas vezes é descuidado com a gestão macroeconômica.

O neoliberal concede toda prioridade à melhoria do ambiente econômico. É insensível em relação às políticas sociais – com exceção dos períodos eleitorais - e aos reclamos da sociedade como um todo e a formas de coordenação da economia, como as políticas industriais. E mais sensibilidade para a gestão macroeconômica e para a responsabilidade fiscal.

Essas diferenças explodem em dois ambientes preferenciais.

Orçamento

O desenvolvimento de Dilma utilizou o orçamento arbitrariamente, mas tendo como foco o social e o desenvolvimentismo. Avançou muito no combate à miséria mas contaminou o ambiente econômico com sua imprevisibilidade. A melhoria depende apenas da vontade pessoal, não de dogmas ideológicos.

O neoliberalismo de FHC – que está na matriz de Aécio – entrega todo o ouro ao mercado. O ajuste fiscal proposto visa ganhar espaço para o Banco Central praticar políticas de juros sem restrição fiscal. E julga que, abrindo tudo ao mercado e à economia internacional, o progresso virá por si só. Está firmemente amarrado aos princípios ideológicos do neoliberalismo.

Emprego

Dilma preservou o emprego ainda que à custa de sacrificar o ambiente econômico (não por relação direta com o emprego, mas pela pouca eficácia da área econômica). O ajuste de Aécio-Armínio, por mais que negue, é fundamentalmente recessivo e, sem ter que prestar contas aos eleitores, tratará o pleno emprego como ameaça à estabilidade de preços.

O que queremos ser quando crescer

O terceiro campo é dentro da ideia “o que queremos ser quando crescer”.

O último capítulo do meu livro “Os Cabeças de Planilha” foi uma longa entrevista com FHC. Ele não tinha a menor ideia sobre mecanismos de desenvolvimento, papel das pequenas e micro empresas, da inovação, das políticas sociais, da diplomacia, criação de redes econômicas, arranjos produtivos etc. Sua única proposta era turbinar os grandes grupos financeiros, julgando que eles trariam a reboque a modernização do país.

Dilma sabe como crescer. Sua vulnerabilidade está no seu método centralizador de governar.

Os fatores político-midiáticos
Dois episódios poderão influir com maior ou menor intensidade na campanha:

Os escândalos de Paulo Roberto Costa e Yousseff.
Há um acordo de delação premiada. E a informação de que o sigilo dos relatos é protegido por lei. Mas como a lei – ora, a lei -, os vazamentos continuarão sendo praticados, com direito a cada revista colocar o que quiser no texto – e atribuir a fontes anônimas.

O caso da água em São Paulo.
Nos próximos dias a Sabesp terá que encarar, finalmente, a crise de água. Dependendo da abrangência do rodízio, poderá colocar em xeque as promessas de campanha do PSDB.


Fhc menospreza quem vota em Dilma/Lula/PT

O elitismo e o preconceito que vemos se espalhar pelas redes sociais e pela imprensa se reflete no discurso do tucano FHC. Nesta segunda, o ex-presidente desmereceu os eleitores de Dilma: "Não é porque são pobres que apoiam o PT, é porque são menos informados", afirmou em entrevista ao UOL.

Na absurda entrevista de Fernando Henrique ainda encontramos frases aterrorizantes como a afirmação de que há "uma coincidência entre os mais pobres e os menos qualificados". A visão elitista do apoiador de Aécio talvez explique o porquê de tão pouco ter sido feito para quem mais precisa nos oito anos em que ele esteve no governo. FHC deixou a presidência sem ter criado UMA ÚNICA escola técnica – porque condicionou sua criação à manutenção das escolas pelos estados e municípios –, com o  Brasil em destaque no Mapa da Fome, sem assistência médica nas regiões menos ricas, com alta taxa de desemprego, e sem luz(link is external) para todos!

Quem jamais olhou para "os grotões do Brasil", como ele mesmo diz, não poderia proferir outra coisa que não uma afirmação preconceituosa como essa. FHC e Aécio são isso: um programa de governo calcado num viés elitista, que ignora os setores da sociedade que mais precisam do apoio do Estado.

Irônico é pensar que, muita vezes, são os votos dos "desinformados" que elegem os candidatos tucanos. E nós, ao contrário de FHC, não estamos falando em recorte de renda. Quem se informa vê a mudança. Quem foge da bolha imposta pela mídia pessimista entende melhor as transformações pela quais o País está passando nos últimos 12 anos.

extrema pobreza(link is external) caiu de 25,6% (1990) para 4,8% (2008), o Bolsa Família(link is external) beneficia um em cada quatro brasileiros. O orçamento para a educação aumentou mais de 6 vezes, dobrou-se o número de universitários, criou-se 3 vezes mais escolas técnicas com Lula e Dilma do que em toda a história do país. Um em cada quatro brasileiros se beneficia com o Mais Médicos(link is external), 75% da população é coberta pelo atendimento do SAMU. Chegamos ao menor desemprego da história (link is external)e ao cenário de pleno emprego. Quem vota em Dilma está muito bem informado sobre todos esses avanços e não quer voltar ao passado. Quer e vai mudar mais com #Dilma13paraVencer.

Pedro Porfírio: Na primavera nem tudo são flores

É preciso muita calma nessa hora, é preciso ir fundo para entender para onde podem levar o Brasil

Por enquanto é temerário comentar o produto das urnas deste dia 5 de outubro, cujas características mais protuberantes foram os conflitos ameaçadores: se tivemos algumas boas novas nas escolhas majoritárias (executivos e senadores) já parece incontestável que entre os deputados a nova turma é ainda pior do que a anterior, cujo maior emblema é o descarado Eduardo Cunha,  patrocinador de expedientes nada republicanos, que ganhou um caminhão de votos. Quando o porta-voz da ditadura Jair Bolsonaro se faz o deputado federal mais votado do Estado do Rio com quase 500 mil votos temos de admitir que na primavera nem tudo são flores.

Obrigo-me pessoalmente a fazer uma verdadeira devassa nessa  eleição que insiste, por indefensável pressão do Judiciário, em proteger as urnas contra o elementar direito de conferência, ao  contrário do que acontece em países estigmatizados como não democráticos, como a Venezuela, em que cada voto eletrônico foi  comparado com o impresso numa das suas mais acirradas disputas.

É preciso ir fundo para saber por que o ministro Gilmar Mendes, conhecido por todo um histórico comprometedor, resolveu sentar sobre a decisão, já definida por maioria de 7 votos no âmbito do próprio Supremo Tribunal Federal, que proibia o investimento pragmático de empresas sob forma de financiamentos de campanha a quem lhe parecesse mais confiável.
Temos que entender o porquê da transformação de cada grande veículo de comunicação em palanque político com o propósito deliberado de impedir a reeleição de Dilma Rousseff, influir nas eleições estaduais e contribuir para essa bancada de baixíssima qualidade moral que vai continuar chantageando os chefes dos executivos como condição para a governabilidade.

Claro que o poder de uma articulação movida a interesses dolarizados não tirou o passaporte para a vitória final, no returno.  Mas assim como seus monitores não tiveram recato em atacar por todos os lados, operando com frieza as duas alternativas contratadas, o arsenal do retrocesso está mais azeitado do que nunca. É preciso analisar as coincidências em fatos envolvidos direta ou indiretamente com o processo de votação em si.

Há casos em que a opinião pública ficou sem entender nada. Enquanto a batalha campal atraía a distinta platéia, o Judiciário se concedia privilégios absurdos, como auxílio moradia para todos os juízes e auxílio-educação de até R$ 7 mil, sem falar na proposta de aumento linear de vencimentos que rompe com todos os parâmetros da razoabilidade. Não poderiam ter sido mais inoportunos  esses procedimentos que envolvem dinheiro público.

Neste momento, só posso me comprometer a jogar meus 53 anos de vida profissional como jornalista para tentar contribuir para a defesa do regime de direito porque sacrifiquei minha juventude, como quase toda uma geração, entre os quais muitos jovens desaparecidos, cujos familiares até hoje não conseguiram sequer saber o destino dos seus corpos.

Nas próximas reflexões, conto com a sua colaboração honesta. Sei que muito pouco posso influir, mesmo assim não me entregarei à amargura do pessimismo e do fatalismo.





Comédia: Marcelo Adnet ironiza eleitores elitistas

2º turno: Slogan da campanha da Presidente Dilma Roussef

13 Dilma Presidente 
Para Continuar Mudando a Vida das Pessoas 

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