Joaquim Barbosa - um péssimo exemplo

Caro DCM:

Eu sou o Dinheiro Público, mas pode me chamar de DP.

Mando esta mensagem não com a esperança de que alguma coisa mude efetivamente, mas como um desabafo.

Por que sou tão maltratado? Por que me usam sem a menor cerimônia, como se eu estivesse à disposição de todos os privilegiados brasileiros?

Não nasci para financiar o salmão do Renan, o caviar da Roseana e coisas do gênero.

Não nasci para proporcionar transplante de cabelo ou para pagar uma reforma de 90 000 reais nos banheiros do apartamento funcional do presidente do STF.

Não nasci para pagar uma fortuna por comerciais numa Globo cada vez mais cara e cada vez com menos audiência, e nem para comprar revistas Veja que não vão ser lidas pela criançada nas escolas.

Alguns ingênuos dizem que tudo isto é "trocado".

Caro DCM: isto é uma falácia.

Uma cultura nacional em que eu, o DP, sou tão mal utilizado não pode funcionar.

Uma sociedade justa e equânime tem no respeito por mim um de seus principais fundamentos.

Gosto do Brasil, e detesto ser exportado em grandes quantidades para paraísos fiscais. Vocês publicaram aqui uma denúncia do Wikileaks – admiro-o, aliás – segundo a qual a governadora Roseana Sarney tem uma fortuna nas Caimãs.

Prova de quanto sou desprezado, ninguém na mídia investigou. Ninguém sequer repercutiu.

Agora mesmo, DCM, eu vou ser utilizado por Joaquim Barbosa. Em férias na Europa. O pretexto são palestras que ele fará, uma em Londres e outra em Paris.

Duvido que sejam palestras gratuitas, além do mais. Duvido que os responsáveis pelo convite não tenham oferecido acomodação e cachê.

Mas mesmo assim lá sou eu solicitado: 14 mil reais.

Ninguém me defende? Ao me defender, ninguém defende os brasileiros, sobretudo os desvalidos para os quais eu deveria ser primordialmente usado?

Na Inglaterra ou na França, um presidente do STF que me utilizasse assim cairia imediatamente em desgraça. A opinião pública não tolera.

Nos últimos anos, desenvolvi uma admiração plena por Mujica. Sobretudo pela simplicidade de sua vida – que é base do respeito por mim, DP, em qualquer país, em qualquer cidade, em qualquer lugar.

Como o papa, outro gigante inspirador, Mujica voa de classe econômica, por exemplo.

Retrucarão os ingênuos: é apenas simbólico.

Eu responderei, DCM: tudo se faz com simbologia. O resto é consequência.

Aceite um abraço esquálido, mas sincero.

DP.

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Sou militante do PT


Sou militante do PT e mostro a cara! Nas ruas, nas conversas com os colegas de trabalho, nos debates aqui nas Redes Sociais. Respeito ao contraditório, manter o nível da discussão e cara limpa, sem medo de apresentar nossos argumentos. Quem está ao lado do povo mostra a cara! Sem medo de ser feliz! ‪#‎PTnasRedes‬ ‪#‎PTnasRuas‬ ‪#‎CurtaAnaJulia‬ Via Raul Nascimento (https://www.facebook.com/raulnascimento13) Obrigada, meu companheiro!!

Verdade

É bem assim

O dia D dos calçados em dose tripla

Os descontos chegam até 70%
Dia D Calçados em Dose Tripla é uma liquidação temática de calçados que acontecerá de 17 a 19 de janeiro. Os quatro shoppings participantes (North Shoppings, Jóquei, Fortaleza, Maracanaú e Via Sul Shopping) terão mais de 160 lojas com descontos de até 70%.
“A promoção vai acontecer no final de semana anterior à volta as aulas. Então, apostamos que os sapatos colegiais serão os mais procurados”, fala Carvalho, gerente da Casa Pio do North Shopping Fortaleza.
As lojas âncoras também estarão participando. “Teremos 4.000 pares de sapatos nas lojas dos shoppings com descontos de até 60%.” afirmou Guilherme Tavares, gerente da Riachuelo do North Shopping Fortaleza.
O investimento na liquidação é de R$ 150 mil e espera-se um aumento de  10% no fluxo de pessoas e 15% em vendas. “Acreditamos em um bom resultado, já que esse egmento representa 15% das vendas totais dos quatro shoppings”, afirmou Claudio Freire, Superintendente Regional de Fortaleza.
DN - Redação Web

2014 azul




2014 começou com borboletas azuis, gigantes e brilhantes. Daquelas maravilhosas, meio turquesa, meio royal, que frequentam listas de extinção. As que decoram, ao lado de ágatas, pratinhos de paredes – cafonas, mas vendidos até hoje para gringos em nossas lojas de souvenir. Empalhadas, essas mesmas: elas me saudaram nas primeiras manhãs do ano.
Pensando bem, nem sei se posso usar o plural. Vai ver que era uma só, a mesma, todo dia: afinal, continuam raras. E nunca vi mais de uma ao mesmo tempo. Várias ou única, a verdade é essa: sua Majestade Azul borboleteou à minha frente durante preciosos minutos, muitas vezes, quase sempre no mesmo horário.
O que eu bebi ou consumi? Nadica de nada. Sem alucinação; é tudo real, há testemunhas. Apenas visitei um modesto paraíso particular – na forma de jardim-caipira. No fundo, há uma pequena mata ciliar – e Madame Butterfly sai de lá avançando, serelepe, pelo quintal. Depois some rapidamente, de volta para casa.
 É claro que não há provas materiais. Não fui capaz de fotografá-la. Na verdade, nem tentei; seria imprudente. Tomava o café na escadinha que desce serpenteando no meio da grama para esperar, imóvel, a encantadora aparição de Sua Alteza.
Imagino que, como eu, muita gente goste de borboletas. Na juventude, na fase natureba-esotérica, admirei o significado de sua metamorfose: mudança e renascimento, o eterno ciclo vital. E até estampei borboletas azuis em camisetas. Mas confesso que não me lembrei disso: queria simplesmente ver o bicho, ponto final.
Como ela não se confundia com o céu? É que suas asas são iridescentes, têm um efeito madrepérola. Que privilégio: bela, mais que bela. Deve ter sido neste momento que pensei: vai ver que o melhor de 2014 já passou diante dos meus olhos! Calma: haverá muito (de bom) para ver e viver.
Será? Como a maioria dos jornalistas, tenho dificuldade para controlar o pessimismo. Com ele, são maiores as chances de acertarmos os prognósticos na política, na economia, na vida em sociedade. Sem ele ficamos desguarnecidos. Controlemo-nos: que venha o altíssimo verão, a Copa, a eleição, entremeados pelos rolês e rolés do rolex. Mas é janeiro-azul e ainda se pode dizer: Feliz 2014!

Mara Bergamaschi - jornalista e escritora. Foi repórter de política do Estadão e da Folha em Brasília. Hoje trabalha no Rio, onde publicou pela 7Letras “Acabamento” (contos,2009) e “O Primeiro Dia da Segunda Morte” (romance,2012). É co-autora de “Brasília aos 50 anos, que cidade é essa?” (ensaios,Tema Editorial,2010). 

Vã filosofia, de Carlos Alberto Sadenberg

Os franceses obviamente vivem melhor que os brasileiros. Têm mais renda, empregos bem remunerados, boas aposentadorias, saúde e escola públicas de qualidade, transporte público entre os melhores da Europa e, pois, do mundo, belas estradas. Além disso, os franceses inventaram e cultivam com cuidado e inovação algumas das melhores coisas da vida: a velha e a nova cozinha, os vinhos, os queijos, a moda e o estilo das mulheres. Em resumo: civilização, arte, cultura.
Mas em todas as pesquisas sobre felicidade pessoal — o modo como cada um percebe sua vida e seu futuro — o francês aparece no fim da lista. Declara-se infeliz e, não raro, muito infeliz. Já os brasileiros aparecem nas primeiras colocações.
Na ultima edição do Barômetro Global de Otimismo, do Ibope Inteligência em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN), entre os moradores de 65 países, o brasileiro aparece como o décimo mais feliz. Nada menos que 71% dos brasileiros se declararam satisfeitos com a própria vida.
É verdade que piorou um tanto. Em 2012, 81% se consideravam de bem com a vida. Mas os 71% da ultima pesquisa ainda superam a média mundial.
Aliás, houve aqui um movimento invertido. Se o número de brasileiros felizes caiu no ano passado, no mundo, a porcentagem de felicidade aumentou, de 53% para 60%.
Já na França, apenas 25% dos entrevistados se declararam felizes; 33% consideram-se infelizes; 42% nem uma coisa nem outra, o restante nem respondeu.
Pode-se dizer que a França ainda passa por uma crise longa e dolorosa, com aumento do desemprego. Mas isso ocorreu em praticamente toda a Europa e não cresceu da mesma maneira o número de infelizes.
Na Inglaterra, um país parecido com a França, tirante a comida e os vinhos, 53% se consideram felizes. Na Grécia, onde a crise foi mais devastadora, 30% dos habitantes se consideram felizes, número maior que os infelizes (23%).
E, para complicar de vez a questão, reparem nestes dados: afegãos felizes, 59%; sudaneses do Sul, 53%; palestinos em seus territórios, 20% (só aqui um número menor do que na França).
E então? Na edição especial de fim de ano, a revista “Economist” trouxe um excepcional ensaio sobre a malaise francesa. Tem a ver com a situação atual, mas pouco. Tem também algo a ver com a perda da importância global, inclusive a língua. E muito a ver com a cultura que forma e desenvolve um estado de espírito miserável.
Invertendo os termos, talvez se possa entender por que tantos países emergentes aparecem na ponta do ranking da felicidade. Além do Brasil, estão entre os dez mais animados: Colômbia (86% de moradores felizes), Arábia Saudita (80%), Argentina (78%), México (75%), Índia (74%) e Indonésia (74%).
Os emergentes, com poucas exceções, tiveram desempenho extraordinário desde o inicio deste século. Equilibraram suas economias, eliminaram velhos fantasmas, como a inflação, cresceram, ganharam renda e reduziram o número de pobres. E passaram com menores danos pela crise global justamente porque suas economias estavam com os fundamentos arrumados.
O sentimento geral é de melhora constante, o que deixa o pessoal mais animado em relação ao futuro. A vida normal nos emergentes, digamos assim, é de crescimento e melhora. Há de tudo por fazer e consumir: de metrôs a mais comida; de residências a celulares; de usinas hidrelétricas a motos. Mesmo em um ano fraco, permanece a sensação de que há muita coisa por fazer — e, pois, muitas oportunidades.
Já na Europa rica, parece que está tudo feito e que, daqui em diante, só pode piorar. O pessoal precisa se esforçar para manter o que tem e não sabe se isso é possível. Ou seja, é forte o sentimento de que se perderá algo, inevitavelmente, e que as novas gerações não serão tão ricas quanto a de seus pais.
Resumindo: nos emergentes, os habitantes estão em condições econômicas piores, mas vêm melhorando e mantêm a expectativa de melhora. Nos ricos, a sensação seria a de que a festa está acabando.
Entre os dez de mais bom astral, há apenas dois países ricos, FinIândia (com 78% de felizes) e Dinamarca (74%). Em comum: pequenas nações, pequenas populações, mais fácil de manter o padrão. Explica?
E quem são os mais felizes?
Os 88% dos 890 mil moradores das ilhas de Fiji, no Pacífico Sul. Têm um PIB per capita de 4.500 dólares, o que os classifica como pobres, numa economia dominantemente de subsistência. Passaram por uma sequência de golpes militares, o atual governo é ditadura. O lugar é lindo.
Vai saber.

Alexandre Weber - jornalismo familiar

O Jornalismo no Brasil é familiar, e aos parentes tudo aos outros nada.
Simples assim, uma câmbada de oportunistas preconceituosos de segunda ou terceira geração, monopolizam a informação em benefício próprio com o claro fim de sustentar privilégios inconfessáveis.
Assim, esperar qualquer atitude com relação ao bem do povo e do país é de extrema ingenuidade, de dar dó.
Não têm como mudar.
Pau que nasce torto, morre torto.
A mudança vai ser na marra.