Aparelhamento do Estado

A formação da equipe do segundo mandato do prefeito eleito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEMO), equiparou forças entre seu partido e o PSDB na estrutura da prefeitura. Em 2005, na posse do tucano José Serra com Kassab na vice, o Demo ocupou duas Pastas, Educação e Habitação, enquanto Serra colocou onze secretários ligados ao seu partido. As nomeações feitas pelo prefeito até agora equilibraram o jogo. Cada uma das duas legendas detém, por enquanto, sete secretarias. Continua...

Engraçado , quando os tucademos colocam seus filiados para ocupar cargos de confiança a gente nunca vê seus lideres, os jornais, revistas, tvs e blogueiros piguistas de plantão dizer que é "aparelhamento do Estado".

Corja!!!

A encarnação do otimismo

Para o economista Antônio Delfim Netto, ministro da Fazenda em tempos de chumbo e de milagre econômico, o que fará a diferença na economia do tão temido ano de 2009 é a sensibilidade do brasileiro. E, segundo o professor emérito da FEA-USP, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a encarnação do otimismo. "Lula é o maior economista do Brasil", diz Delfim. Em entrevista à Agência Estado, concedida na manhã do dia 10 de dezembro, em seu escritório localizado ao lado do Estádio do Pacaembu, no bairro paulistano de Higienópolis, o economista falou de Platão, Aristóteles, Henry Paulson, Alan Greenspan e, claro, Lula. A seguir, os principais trechos da entrevista.

 

Qual a avaliação que o sr. faz sobre os impactos da crise financeira no Brasil em 2009? 
Você está em um ambiente complicado e é claro que o Brasil vai pagar o preço de fazer parte do mundo, como tem os benefícios. O Brasil usou a expansão que houve no mundo. E eu estou convencido de que esta crise é, simplesmente, a própria crise de 2001 consertada pelos economistas. Teve a crise em 2001, que foi a crise do pontocom, que explodiu, e apareceu aquela patifaria da Enron. E como é que os economistas resolveram essa crise? Fornecendo liquidez e permitindo que toda a imaginação do sistema financeiro se exercitasse plenamente, com a idéia de que o sistema tinha em si uma moralidade ínsita. Portanto, ninguém precisa se preocupar porque é tudo gente correta, que não vai fazer nada de patifaria...

 

O sr. avalia que hoje, então, houve o estouro da bolha da moralidade? 
Não, a moralidade já explodiu na Enron. E o que o governo foi fazendo? O Fed e o Tesouro americano passando a grosa, permitindo que você fizesse um curto-circuito aqui, outro lá. Quando o (Henry) Paulson (secretário do Tesouro) tomou posse, em 2006, ele declarou: "Eu vim para acabar com o resto de regulação que está perturbando o crescimento." Em 2006! A crise já estava explodindo! Então, você está diante de um fato: os economistas são capazes de produzir uma crise, mas não podem resolvê-la. A crise está fora da economia.

 

Seria uma crise de expectativa? 
Seria uma crise de expectativa, de crença, de confiança Qual é a origem da sociedade? Está no velho Platão, antes do Aristóteles. Para a coisa funcionar, tem de ter possibilidade de trocar o meu trabalho com outro. E tem de ter uma moeda. Nós estávamos produzindo milho. Eu vivia pobre, você também. Mas eu produzia o meu, você produzia o teu. Mas chegamos a um acordo. Eu vou produzir o milho e você vai fazer um buraco aí até conseguir água, depois a gente irriga o milho, vai dobrar a produção e vamos viver melhor. Esse é o progresso. Está no Adam Smith. Divisão do trabalho. Isso exige que eu confie que, enquanto eu estiver produzindo o milho, você esteja fazendo o buraco. Então, a confiança precede a sociedade. Ela é o cimento, o fator catalítico que faz funcionar a sociedade. Os economistas nunca se preocuparam em saber o que estava por trás do mercado. Atrás do mercado está o Estado. E, atrás do Estado, está a confiança.

 

É quando o sr. diz que economia não é ciência. 
É claro que economia não é ciência. É um bom conhecimento empírico que deve ajudar a administração. Porque o homem tem um defeito enorme: ele pensa. Se o átomo pensasse, a física seria bem mais complicada. Na verdade, o homem aprende. Na economia, ele aprende e se defende. A minha idéia é que você tem de pagar o preço de estar no mundo, mas temos condições melhores. Nem é por virtude. Foi por um acidente. Nós tivemos uma crise bancária muito séria, fizemos um Proer e, com ele, nós demos uma arrumada no sistema bancário.

 

O Proer foi positivo para o sistema? 
Eu vejo o Banco Central (BC) como dois 'animais'. Um tem nota dez, outro tem nota dois. O BC fiscalizador se saiu muito bem. Os bancos estão hígidos, têm alavancagem baixa, são cuidadosos. É claro que o Brasil tem contato com o mundo e precisava de financiamento externo para fazer funding dos bancos.

 

Na atual crise, o BC agiu no tempo certo? 
A ação do BC foi no tempo próprio, com alguns pecadilhos. Em lugar nenhum do mundo o BC diz: "Eu vou dar dinheiro para banco grande comprar banco pequeno." Muito menos vou dar dinheiro para banco público, porque aqui você tem dois problemas graves: a higidez de um banco não depende nem da sua propriedade nem do seu tamanho. O banco público não é muito mais seguro que nenhum banco privado. Mas por uma simples razão: porque banco, por definição, é quebrável.

 

Quando o sr. diz que o BC não deveria ter dito que o dinheiro era para comprar bancos pequenos, deveria ter dado o dinheiro sem dizer...
Não, deveria ter feito as coisas já de uma vez! Não deveria usar a técnica do conta-gotas. Quando se faz um sistema no qual eu compro a carteira do outro, estou levantando dúvidas sobre essa carteira. É como ter um dinossauro Rex de boca aberta e tem uma galinha que eu estou espantando para a boca do dinossauro.

 

Hoje sofremos o risco de, ao tentar resolver esta crise, criarmos outra? 
Eu acho que hoje as pessoas estão aprendendo. Primeiro, porque se não fosse o Brown (Gordon Brown, primeiro-ministro britânico), o Paulson estava até hoje procurando a causa do problema. Com sua intuição inglesa, Brown disse: "Não, o problema é do capital. O problema veio da alavancagem que vocês fizeram." Nunca houve uma coordenação mundial como está havendo. Se tudo funcionar mais ou menos, essa crise deve ser menor do que seria sem a intervenção do governo e mais rápida do que seria sem ela.

 

Mas o sr. não avalia que a crise financeira será tão forte no Brasil como está sendo para o resto do mundo? 
A crise americana vem vindo desde o começo de 2007. No Brasil, não. É uma crise datada. Vinha se desarrumando e, quando o Paulson faz a barbeiragem no Lehman, desaba tudo. Ou seja, ele matou o fator catalítico, que era a confiança. E no Brasil ocorreu uma função descontínua. É uma crise de confiança que atingiu os bancos lá fora.

 

Mas houve uma queda na concessão de crédito no Brasil. 
Você imagina uma coisa. Chega um grande banqueiro brasileiro no Waldorf-Astoria e encontra com o homem do Citi, na sua importância, para dizer: "Eu ainda não cortei o crédito lá." O homem do Citi diz: "Esse sujeito não faz parte do nosso clube " Agora, nenhum deles fez patifaria aqui, nem sei se por virtude É que aqui tinha formas de ter retorno muito mais seguro e mais alto que com a patifaria.

 

Com juros? 
Então, nós já tínhamos a mais alta taxa e fizemos o maior aumento do mundo. Quando o mundo inteiro reduziu, nós continuamos insistindo na mesma política. Isso tudo, que era um defeito enorme, agora as pessoas dizem que foi uma clarividência É como aquele francês, para quem ofereceram a Brigitte Bardot. Só que hoje ela está com 80 anos!

 

Se o senhor fosse o presidente do BC, qual seria a taxa ideal de juros? 
O Brasil não tem nenhuma razão para ter a maior taxa de juro do mundo. A taxa de equilíbrio é 3%, 3,5%, como é no mundo todo. Com inflação de 5%, poderíamos rodar com 8% nominal. Mas tudo isso é absolutamente irrelevante porque o BC nem tem mecanismo para fazer esse negócio. Então, vamos pensar onde paramos. Paramos por uma questão psicológica. O Lula é o único economista que presta no Brasil porque é o único que está falando a verdade. A intuição dele mostra o seguinte: nós estamos interrompendo o circuito econômico porque, se você não comprar o carro, porque tem medo de ficar desempregado, é certo que você vai ficar desempregado, porque a Volkswagen não faz o carro por medo que não vai ter demanda. E o banqueiro, no final, que pensa que está salvo, ele também vai morrer junto com o sistema.

 

É como o sr. já comentou que, ao pregar a morte do crédito, os banqueiros acabam se "suicidando"? 
Eles se suicidam porque não têm outro remédio. Porque nenhum banco é seguro! E aqui é que vem a segunda crítica à política do BC. Quando ele diz que está dando dinheiro para o Banco do Brasil, para a Caixa Econômica pra fazer isso ou aquilo, está dizendo o quê? Esses bancos são mais seguros. Isso tudo é um equívoco monumental.

 

Como o sr. mede a expectativa hoje? 
O Lula, com todas as críticas... As pessoas ficam furiosas com o Lula. Porque há, na verdade, um preconceito enorme. A vantagem do Lula é não ter um curso superior.

 

É uma vantagem? 
Sim, não é um prejuízo. Senão ele estava igualzinho aos de curso superior aí dizendo "tá tudo perdido!, "estamos perdidos!", "'sifu' para todos nós!". Então, o que acontece? É uma atitude ingênua, mas que corresponde a uma realidade. O fator principal é restabelecer aquilo que é o cimento da sociedade, que é a confiança.

 

Em uma entrevista recente, o sr. afirmou que não fazia previsões para 2009... 
O que você pode esperar do Brasil? Devido a essas condições, pode-se esperar uma situação um pouco melhor. Não adianta fazer editorial dizendo que o Lula é oportunista, que fala errado. Também ele não vai brigar por conta disso. E dizer que o Lula não conhece física quântica porque ele também prefere não saber física quântica. O que ele conhece é gente. Então, se quatro quintos do Nordeste e dois terços do Sul acreditam no Lula, é porque tem alguma coisa que funciona.

 

E quanto disso pode se refletir no crescimento do Brasil? 
Qualquer número é um chute. A minha convicção é a seguinte: quando o Brasil cresce? Cresce quando cresce mais que o mundo.

 

O sr. não pensa em voltar para o governo? 
Você está louco! Esquece essas coisas. Deixa eu te contar. Hoje é outro mundo. Hoje você precisa de gente e de uma arrumação do governo. Desligou já isso (o gravador)? Não, não tem nada de desligar não, é isso mesmo.

Fala Lula

O que o Lula deveria falar (e fazer):

- O capital financeiro é o maior inimigo do crescimento econômico do país. Remunerado pelas mais altas taxas de juros reais do mundo, é um capital parasita, sanguessuga, que vive às custas do endividamento das pessoas, do Estado e das empresas (especialmente das pequenas e médias empresas). Seus balanços são um acinte pelo nível de lucros que seguem acumulando, sem criar empregos (ao contrário, despedindo trabalhadores), sem criar riqueza, sem financiar as pesquisas, os investimentos produtivos e o consumo. Deve ser combatido frontalmente, para o quê o governo precisa impor um plano rigoroso de diminuição radical e imediata das taxas de juros e submeter o Banco Central às diretrizes gerais do governo, eleito para promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil e não o enriquecimento dos banqueiros.

Para que diminua a desigualdade e a injustiça social no Brasil, precisamos adotar um modelo econômico que privilegie a produção, a criação de empregos, o fortalecimento do mercado interno de consumo popular, para o que medidas fundamentais que terminem com a hegemonia do capital financeiro – que entre nós é fundamentalmente um capital especulativo.

Para que tenhamos um Brasil realmente para todos, precisamos terminar com a farra especulativa do sistema financeiro, que já demonstrou seu caráter anti-social, para que seja possível utilizar os recursos do Estado brasileiro para estender os direitos sociais, econômicos e culturais para todos, superando o estigma de país mais desigual do mundo, em grande parte porque remunera o capital financeiro da maneira mais generosa e submete a massa da população a políticas de crédito que só os enriquecem, em lugar de favorecer o crescimento econômico e social do país.

- No Brasil, quem paga impostos são os cidadãos e os trabalhadores comuns. Grandes empresas e, sobretudo, os bancos e o sistema financeiro, sempre encontram formas de driblar o fisco. Por isso o Brasil precisa urgentemente de uma grande reforma tributaria, com um profundo caráter social e redistributivo, em que quem ganha mais e tem mais, paga mais. Só assim o Estado brasileiro deixará de transferir renda do mundo do trabalho para o mundo financeiro.

- Os capitais financeiros são verdadeiros urubus, que voam para onde encontram maiores ganhos, com maior liquidez e pouco ou nenhum imposto. Não têm nacionalidade, nem compromisso com os interesses do país e da massa da população. Por isso a circulação do capital financeiro precisa ser controlada, tributada, orientada para as necessidades de financiamento dos setores que o crescimento econômico e social impõem. A entrada e saída de capitais do país será tributada, com impostos que servirão para estender os direitos de cidadania da grande massa pobre do país.

- O governo não concederá nenhuma isenção fiscal ou favores afins, sem contrapartidas concretas de parte das empresas, centralmente extensão dos empregos formais, melhoria das condições de trabalho, respeito estrito às condições meio ambientais, pagamento rigoroso de todas as tributações governamentais.

- A crise atual demonstra a fragilidade do sistema financeiro internacional. Por essa razão o Brasil propugnará para que o Banco do Sul seja o depositário fundamental das reservas do nosso país e de todos os outros da região. Se determinará a centralização do câmbio, porque a política monetária é uma variável com inúmeras conseqüências sobre a economia e por essa razão não pode estar simplesmente determinada pelos vai-e-vens do mercado.

- Como as grandes empresas privadas da mídia brasileira são propriedade de algumas poucas grandes famílias, que pretendem impor seus pontos de vista à grande maioria da população, o governo passará a atuar para fortalecer de forma decididas as mídias públicas, assim como todas as formas alternativas de mídia – de radio comunitárias a internet -, utilizando para isso, de forma clara, os recursos da publicidade governamental. 

O povo decidiu, nas duas últimas eleições presidenciais, que não está de acordo com a grande mídia privada e que, ao contrário, elegeu e reelegeu o candidato que essa mídia oligárquica ataca sistematicamente. Essas eleições são a maior e a mais verdadeira pesquisa de opinião. E o povo disse que quer uma mídia democrática, pluralista, de raízes nacionais, identificada com as grandes políticas governamentais que favorecem o povo. Por isso atuaremos firmemente na direção da democratização profunda da mídia brasileira, sem a qual nunca teremos uma democracia real no país.

- O Brasil precisa engajar-se prioritariamente no fortalecimento da economia familiar, das pequenas e medias empresas e das cooperativas que são as que realmente produzem para o mercado interno e geram ocupação e renda no campo para a grande massa de trabalhadores. Para isso incentivará a produção desses setores com créditos e toda forma de apoio técnico, combatendo ao mesmo tempo a produção com trangênicos por parte das empresas de agronegócios.

- O governo incentivará todas as formas de mobilizações populares na luta pelos interesses da massa da população, sem a qual não será possível combater e superar os enormes obstáculos à construção de um Brasil para todos. Foi assim que se conseguiu, no segundo turno das eleições presidenciais de 2006, derrotar à direita e seu candidato neoliberal, apesar de todo o empenho da mídia. É assim que será possível construís no Brasil uma democracia com alma social.

- O governo se empenhará fortemente na construção, junto a todas as forças do campo popular, de uma plataforma anti-neoliberal, para que o candidato que suceda a este governo possa consolidar os avanços conseguidos, combater as forças conservadoras e fazer o país avançar na direção de uma sociedade justa e solidária.

O QUE MAIS LULA DEVERIA FALAR (E FAZER)? 

Emir Sader

Combate a corrupção

 Controladoria-Geral da União (CGU) criou uma "lista suja" de empresas que cometeram falhas em contratos com o governo, como desvios de dinheiro público em licitações, e fará a divulgação dos nomes dessas companhias para que elas fiquem fora de contratações com o poder público. São mais de mil empresas apenas no Estado de São Paulo e 491 empresas inadimplentes com o governo na Bahia. Os casos se multiplicam em todos os Estados e, por isso, a CGU quer um cadastro unificado dessas "companhias inidôneas".

A vedação para futuras contratações não valerá apenas para companhias que fazem negócios na esfera federal. A partir do momento em que a empresa for incluída na "lista suja", não poderá mais fazer contratos com governos estaduais e prefeituras.

"Nós defendemos a tese de que a companhia que for inidônea com o governo federal não pode contratar com nenhuma outra esfera de governo", disse o ministro da CGU, Jorge Hage, durante o Encontro Nacional de Combate à Lavagem de Dinheiro (Encla), em Salvador.

A lista será divulgada pela CGU em 9 de dezembro, Dia de Combate à Corrupção. Nela, haverá o nome da empresa e a irregularidade cometida. Segundo Hage, a empresa que se reabilitar será automaticamente retirada da lista, chamada tecnicamente de "Cadastro de Empresas Inidôneas". Ele prevê que muitas companhias deverão entrar na Justiça com pedidos de liminar para retirar o seu nome do cadastro.

O ministro explicou que a lista está sendo confeccionada a partir do conceito de empresa inidônea. "São empresas que cometem falhas graves, seja fraudando licitação ou descumprindo cláusulas contratuais", afirmou Hage. "Elas permanecerão no cadastro até quando durar a inidoneidade." Ou seja, para sair da "lista suja" a companhia deve pagar as suas dívidas com o governo, prestar adequadamente os serviços conforme estabelecido nos contratos com o poder público e, nos casos de condenação criminal, cumprir a pena até a plena reabilitação.

Hoje, o Ministério da Justiça deverá informar o nome das empresas que estão descumprindo as novas regras do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). As empresas têm que garantir nos SACs o contato direto com o atendente como primeira opção no menu eletrônico por telefone, o tempo máximo para o atendimento deverá ser de 60 segundos e os SACs terão de prever o cancelamento dos serviços entre as primeiras opções aos consumidores.

A secretária de Direito Econômico, Mariana Tavares, afirmou que em todos os setores há pelo menos uma empresa que conseguiu seguir todas as normas do novo SAC. Isso fez Mariana concluir que não há desculpas para as empresas não terem se adequado em tempo hábil às novas medidas. "Algumas empresas alegaram dificuldades técnicas para implementar as novas regras, mas pudemos notar que pelo menos uma companhia cumpriu as normas em cada setor", disse a secretária. Houve um prazo de 120 dias para a adequação.

A SDE pretende divulgar primeiro o nome das empresas que estão cumprindo as regras como forma de beneficiá-las junto aos consumidores. A idéia é que os consumidores possam fazer consultas para verificar qual empresa cumpre as normas do SAC. A punição para a empresa que descumpri-las pode chegar a R$ 3 milhões por processo instaurado.

Juliano Basile
Comentário:

Vocês vão ver, o judiciário conceder liminares e mais liminares a favor destas empresas. E pior, dá ganhos de causa a elas e fazer o Estado pagar elos danos causados. Anote.

Agora o SPC divulgar os nomes de pessoas inadimplentes é absolutamente legal.

Não merecemos o judiciário que temos. 

Os vícios de cada um - réplica

Ilmo Sr. 
A. Capibaribe Neto

Peço desculpas por te-lo tratado por Capiba. É que depois de tanto tempo lendo-o confundi admiração com intimidade, perdão.

Também " sou muito tímido para aplausos e elogio". Gosto da crítica porque me faz olhar-se no espelho.

Reafirmo que sinto dó de qualquer ser humano, não "porque ele é bonitinho, só porque é da Globo", mas porque é um ser humano que precisa de ajuda.

Tenha dó das vítimas da impunidade, da violência, da insegurança, dos que são atacados diariamente pelos bandidos e filhos dos bandidos que ficam à margem das avenidas e promovem arrastões que aterrorizam e apavoram cidadãos pacatos

Tenho dó de quem fica do outro lado dos canos dos revólveres, das pontas de faca, das ameaças dos seqüestros relâmpagos e das execuções que cobram dívidas para com o tráfico. 

Tenho dó das pessoas que padecem por conta da impunidade, da lerdeza ou conivência de uma Justiça falha, oportunista e cheia de hermenêuticas coniventes e ações protelatórias, isso para não falar dos polpudos ´habeas corpus´ que campeiam soltos por aí. 

Tenho pena desses. 

Se eu pudesse, não seria a palmatória do mundo, seria bem mais, seria o carcereiro de um Nardoni desses, do assassino da Eloá, dos estupradores de crianças indefesas, violentadas e deixadas em malas ou largadas aos pedaços pelos caminhos da violência. 

É que prezo tanto a liberdade que considero a falta dela, maior punição.

Não acho que gostar de rir, de fazer rir os amigos, de sadia molecagem e de fazer mil brindes com copos de cerveja, doses de cachaça e depois ir embora a pé ou de carona curtir ressaca com a consciência limpa de que, afora as molecagens alegres que fiz, mantenho-se  íntegro, respeito a pessoa humana, seja fraqueza.

Não estou pasmo com a hipocrisia da sociedade que é cúmplice da bandidagem dos grandes.

Não estou pasmo com a sociedade que é cúmplice das milhares de mortes e de feridos causados pela bebida e pelo cigarro. É legal.

Depois de ler sua crônica de hoje me olhei por bastante tempo no espelho, perguntei a familiares, amigos e conhecidos  se "certinho" era um termo que me enquadrava bem e...Ilmo, definitivamente "certinho" não se aplica a mim. Talvez porque não faça mil brindes com taças de bons vinhos. 

Quem sabe se um dia isso acontecer eu me sinta cúmplice e fique pasmo com a solidariedade de outras pessoas com dependentes de drogas ilegais.

O enigma


O carro do Tó pifou enquanto ele passava por um lindo mosteiro.
O Tó bateu à porta do mosteiro
Um monge atendeu-o, o Tó contou o que se tinha passado com o carro, e o monge convida-o para passar a noite.
Os monges ofereceram-lhe um ótimo jantar e depois encaminharam-no para um pequeno quarto, onde ele iria dormir.
O Tó agradeceu e dormiu serenamente até ser acordado por um estranho mas bonito som.
Na manhã seguinte, enquanto os monges lhe reparavam o carro, o Tó perguntou que som era aquele que o tinha acordado.
- Lamentamos, disse o monge.
"Não lhe podemos dizer o porquê do som. Você não é monge."
O Tó ficou desapontado, agradeceu aos monges e foi embora bastante curioso.
Alguns anos mais tarde, o Tó passava novamente em frente ao mosteiro.
Parou e foi pedir aos monges se podia passar ali a noite, já que tinha sido tão bem tratado da última vez que lá estivera.
Os monges concordaram e ele lá ficou.
De madrugada, ele ouve de novo o tal som estranho e lindo.
Na manhã seguinte, pediu aos monges para lhe explicarem o som.
Mas os monges deram-lhe a mesma resposta.
- "Lamentamos. Não lhe podemos falar acerca do som. Você não é monge"
Então a curiosidade transformou-se em obsessão.
Ele decidiu desistir de tudo e tornar-se monge, porque era a única maneira de desvendar aquele mistério.
Então ele informa os monges da sua decisão e começou a longa e difícil tarefa de se tornar monge.
17 anos depois, Tó era finalmente um verdadeiro membro da ordem.
Quando a celebração acabou, ele rapidamente dirigiu-se ao líder da ordem, e perguntou pelo som.
Silenciosamente, o velho monge conduz o Tó a uma enorme porta de madeira 
Abriu a porta com uma chave de ouro; essa porta conduziu a uma 2ª porta, esta de prata; depois uma 3ª de ouro; e  depois a 4ª, de brilhantes; a 5ª de pérolas; a 6ª de diamantes; a 7ª de safiras; a 8ª de esmeraldas; a 9ª de rubis; a 10ª, novamente de ouro; a 11ª, novamente de prata;
Até que chegou à 12ª porta, esta de madeira normal.
A cara do Tó encheu-se de lágrimas de alegria assim que viu a origem de tal lindo e misterioso som que ele ouvira tantas vezes . . .
Nunca tinha sentido uma coisa assim . .
Era uma sensação indiscritivel . .
Durante toda a vida dele tinha esperado por aquele momento.
Mas não posso dizer o que era.
VOCÊ TAMBÉM NÃO É MONGE ! ! ! . .

O poder da oração

Uma pobre senhora, com visível ar de sofrimento estampado no rosto, entrou num armazém, se aproximou do proprietário conhecido pelo seu jeito grosseiro, e lhe pediu fiado alguns mantimentos.

Ela explicou que o seu marido estava muito doente e não podia trabalhar e que tinha sete filhos para alimentar.

O dono do armazém zombou dela e pediu que se retirasse do seu estabelecimento

Pensando na necessidade da sua família ela implorou: 

- "Por favor senhor, eu lhe darei o dinheiro assim que eu tiver...".  

Ele lhe respondeu que ela não tinha crédito e nem conta na sua loja.

Em pé no balcão ao lado, um freguês que assistia a conversa entre os dois se aproximou do dono do armazém e lhe disse que ele deveria dar o que aquela mulher necessitava para a sua família, por sua conta.  

Então o comerciante falou meio relutante  
      para a pobre mulher:

- "Você tem uma lista de mantimentos?"  

      - "Sim", respondeu ela.  

      - "Muito bem, coloque a sua lista na balança e o quanto ela pesar, eu lhe darei em mantimentos"!

      A pobre mulher hesitou por uns instantes e com a cabeça curvada, retirou da bolsa um pedaço de papel, escreveu alguma coisa e o depositou suavemente na balança.

Os três ficaram admirados quando o prato da  
      balança com o papel desceu e  
      permaneceu embaixo. 
 

Completamente pasmado com o marcador  
      da balança, o comerciante virou-se lentamente  
      para o seu freguês e comentou contrariado:

      - "Eu não posso acreditar!".   

O freguês sorriu e o homem começou a colocar os mantimentos no outro prato da balança.Como a escala da balança não equilibrava, ele continuou colocando mais e mais mantimentos até não caber mais nada.

 O comerciante ficou parado ali por uns instantes olhando para a balança, tentando entender o que havia acontecido...

Ele pegou o pedaço de papel e ficou espantado, pois não era uma lista de compras e sim uma oração que dizia:

"Meu Senhor, o Senhor conhece as minhas necessidades e eu estou deixando isto em Suas mãos..."

O homem deu as mercadorias para a pobre mulher no mais completo silêncio, que agradeceu e deixou o armazém.

O freguês pagou a conta e disse:  

      - "Valeu cada centavo.." 

      Só Deus sabe o quanto pesa uma oração...

Quando você receber esta mensagem, faça uma oração, peça a Deus por seus sofrimentos, por suas necessidades, pela falta de um emprego, por uma pessoa especial doente, por alguma enfermidade, e se não tiver nada a pedir, agradeça pelas bênçãos que recebemos todos os dias. É só isso o que você deve fazer.

Se DEUS falou ao seu coração, abençoe alguém, enviando-lhe esta fantástica lição!

Não existe impossível para DEUS!  

ELE DIZ:  

- "EU SUPRIREI TODAS AS SUAS NECESSIDADES"  
      (Filipenses 4:19).  
 

Jamais desista daquilo que você realmente quer. 

      A pessoa que tem grandes sonhos é mais forte do que aquela que possui todos os fatos"

O ateu Briguilino não tem nada a pedir. Tem muito a agradecer, e agradece diariamente ao São Briguilino.

Bom domingo e felicidades a todos...