Os burrokratas e o tsunami

A crise mundial já tem quatro meses e, finalmente, o Banco Central brasileiro começa a reduzir a taxa básica de juros. A explicação é que o BC estava esperando para ver se a economia nacional iria mesmo afundar. Como ela dá sinais de que está afundando, o BC decidiu agir. O Comitê de Política Monetária (Copom) recebeu as últimas estatísticas e concluiu que era preciso diminuir o custo do dinheiro.

Depois que os diretores do BC deixarem o atual emprego, tomara que nenhum deles seja nomeado para função pública que requeira capacidade de se antecipar aos fatos, ou aptidão para previsões. Deus nos livre, por exemplo, de o pessoal do Copom acabar designado para uma eventual unidade encarregada de alertar e proteger o Rio de Janeiro no caso de um tsunami.

Dá até para imaginar a cena. A central de monitoramento de tsunamis recebe a informação de que aconteceu um terremoto no meio do Oceano Atlântico. Os burocratas, no alto da serra, talvez em Teresópolis, começam a discutir o que fazer. Até que alguém coloca um ponto final na discussão. “Ainda não aconteceu nada. Por que então deveríamos nos precipitar? Não seria melhor esperar para ver com calma os efeitos do terremoto submarino e só depois agir? Com base em dados. E não apenas em suposições.”

É a lógica do Copom. De setembro para cá, a economia mundial vem brecando com violência, por causa da combinação letal de três fatores inter-relacionados: superprodução, escassez de crédito e queda na confiança do consumidor. E “mundial” aqui não é retórica. A crise está espalhada por todo o planeta, desde que se diagnosticou a fragilidade do sistema financeiro americano. Fragilidade que nasce de uma constatação: não há como a economia atual criar valor em ritmo suficiente para remunerar a massa de capital adiantado para produzir esse valor.

O terremoto submarino foi a quebra do Lehman Brothers. Desde então, o pessoal do BC está esperando para ver a força com que a onda vai bater no litoral brasileiro. Um primeiro impacto foram os 650 mil empregos formais perdidos em dezembro. Que, entre formais e informais, devem ter sido cerca de um milhão, se calcularmos o emprego total na proporção que o próprio governo usa para medir a criação de postos de trabalho, quando interpreta o saldo líquido do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de carteiras assinadas.

Com um milhão de desempregados num único mês, o Copom decidiu agir. Mas seu movimento ainda é tímido. Quando a inflação cai muito rápido, reduções nominais expressivas do juro básico podem representar, paradoxalmente, aumento do juro real. Que os economistas façam as contas. Enquanto isso, o cidadão médio perde o sono, sem saber se amanhã vai ter como cumprir seus compromissos, sem a certeza de que na semana que vem estará empregado.

Isso para não falar no spread, a absurda diferença entre os juros que os bancos pagam ao poupador e os juros que eles cobram do devedor. A explicação dos bancos para isso é o risco de inadimplência. Os bancos dizem que o spread é alto porque existe a ameaça de os empréstimos não serem pagos. Ora, uma das razões para a inadimplência é precisamente o juro exorbitante. Qual é o sentido de o banco cobrar do correntista 10% ao mês no cheque especial? O que isso tem a ver com as leis de mercado? Nada. Tem a ver é com cartel, com oligopólio.

E os burocratas do Copom? Estes não precisam se preocupar. O emprego deles está garantido, por uma circunstância curiosa. O governo não tem coragem de mexer na autonomia operacional do Banco Central, para não melindrar o sistema financeiro. E a oposição construiu para si a tese de que a autonomia do BC deveria ser maior ainda, garantida por lei, para evitar que a condução da política monetária e cambial fique à mercê de injunções alheias à suposta tecnicalidade pura dos burocratas. Uma blindagem “moderna”.

Eu quero ver é algum dos candidatos à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva ter peito de defender na campanha eleitoral mais autonomia para o BC. Pois o próprio BC encarregou-se de desmoralizar a autonomia que lhe foi dada pelo presidente.

Do Mano Rod

O impressionante é que o PIG até agora não se pronunciou. Fico imaginando se o DVD fosse da base do governo, como ele (o PIG) iria se comportar. 

Lembro que quando um ministro do governo usou o seu cartão corporativo para pagar uma TAPIOCA, o PIG não perdoou

A Rede Globo, dedicava cerca de quinze minutos, diariamente em seus tele-jornais, para abordar esse tema "a tapioca do ministro". 

Hoje, que temos a noticia do maior bloqueio da historia do pais, essa mesma imprensa, que se diz "isenta e imparcial", não consegue espaço em seus folhetins, para comentar o assunto e muito menos nos seus tele-jornais.

No Bom Dia Brasil de hoje, falou-se em ate em astrologia, lua, poetas, entre outras bobagens sem menor importância, não esqueceram, eh claro da CRISE e do DESEMPREGO no pais. 

Quanto a Dantas, Mendes e "bloqueio", nadica de nada. 

vejo comentários em blogs de esquerda e no Carta Capital. Veremos o que a Veja, Istoé, Época entre outros folhetins, que são "ÉTICOS", irão escrever uma vez que eles detestam maracutaias

Segundo, um tal de senhor Laguardia, a imprensa não pode se calar, assim ele costuma dizer,especialmente quando a mazela eh de algum membro da base do governo. 

Fico aqui pensando, como será que andam as cabecinhas do FHC, ACM Neto, do Sapo-Boi do Piauí, do Mainardi, do Tio Rei, dos Marinhos, a do presidente pré-eleito e da "sua coisinha tão bonitinha do pai" (Veronica Serra), entre tantos outros. 

Diziam e queriam que Lula estivesse envolvido com esse ladrão-mor, agora iremos ver se isso é verdade. 

Os HDs estão lá nos States e serão abertos, sem menor sombra de duvida, e ai saberemos quem mais esta envolvido, ate a medula, com esse crápula

Segundo Protogenes (esse sim um verdadeiro herói nacional) não são somente DOIS BILHOES DE DÓLARES e sim muito mais.

E o Gilmar Mendes?? Quanto sera que ganhou com aqueles dois HCs? Com certeza ele não foi pago pelo DVD, outros interessados nessa absolvição.

Veremos como isso ira terminar.
 
Viva DeSanctis!!!!!
Viva Protogenes!!!! 

Conselhos de cearense para 2009

1. Você já é um cagado por estar vivo, pense nisso e agradeça a Deus.

2. Não fique arrudiando para estar junto de quem você gosta, se avexe.

3. Não bote boneco no trabalho, seja paciente.

4. Pra você ficar estribado é preciso trabalhar. Não fique frescando com os colegas. Funcionário que não dá um prego numa barra de sabão não fica não.

5. Se você tiver mesmo afim de sair porque não agüenta mais aquele seu  chefe véi fulerage, aquele cabra que te deixa fumando numa quenga, tenha calma, pois não adianta ficar ispritado porque ele não reconhece que você rala o bucho no trabalho, vá procurar algo melhor e cape o gato na hora H.

6. Mesmo que seus objetivos estejam lá na baixa da égua, vale a pena buscá-los e dê uma rabiçaca para os maus pensamentos, pois pra gente conseguir o que quer tem é Zé.

7. Dê um desconto para aquele cabra que só bate fofo com você. Vale a pena investir, pois de tanto insistir pode nascer um bruguelo ou um minino réi amarelo.

8. Quando quiser algo, seja o cão chupando manga e vá em frente. Não desista e dê uma pinóia pros maus pensamentos.

9. Você é um(a) corralinda, é importante que você ame a si próprio.

10.Não vá bulir em coisa que tá dando certo. Deixe quieto, pois de tanto coisar com uma, coisar com outra, vc pode ganhar um  chapéu de touro, seu mói de chifre. E se quiser matar o verme, procure o doidim/doidinha que está a seu lado.

11.Você ainda não tem ninguém, não pegue qualquer marmota. Escolha uma corralinda igual a você e não rebole no mato as boas oportunidades.

12.Pras vitalinas (aquelas que o cabra não pode nem triscar que já ficam igual a uma barata num bico de uma galinha) fiquem pastorando até encontrar alguém pai d'égua. Não escolha um cabra peba ou malamanhado. O segredo é pelejar e não desistir. Não peça pinico e deixe quem quiser mangar. Um dia seu machoréi vai encontrar.

13.Não  fique batendo o quengo pensando em besteira, tenha pensamentos positivos e diga: Sai mundiça.

14.Se algo não sair como você planejou, não fique de lundu. Saia com aquele magote de amigo pra butar buneco.

15.E na noite da entrada do ano, coma aquela gororoba prá dar sorte até encher o bucho, mas não demais senão dá gastura. Ah! Não esqueça do grito de guerra pra dar mais sorte ainda: iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiei Queima raparigal!

16.Aí é torcer que 2009 vai ser só o mi dibuiado e respeite como ele vai ser bom.


 

O atraso se mudou para Davos

A chance de futuro visita Belém

Medo é isso?


O Ministério da Justiça conseguiu o bloqueio de mais de US$ 2 bilhões (R$ 4,5 bilhões) em contas bancárias mantidas no exterior e relacionadas à Operação Satiagraha.


Uai, e o PIG não andava espalhando que o governo federal (leia-se Lula) estava morrendo de medo do DvD?

E agora o que tem a dizer?

Sugiro que leiam o que Nassif escreveu sobre o caso e postei aqui.

Para o brasileiro não tem tempo ruim



Pode parecer

Pode parecer que depois da mão a gente quer o braço, mas o fato é que o corte deveria ter sido maior ainda. Talvez 2 pontos, como fez, recentemente, o Banco Central da Turquia, nosso competidor mais próximo no campeonato dos juros mais altos no mundo.

Explico. Os últimos indicadores de atividade e de inflação mostraram números bem piores do que o mercado esperava. A segunda prévia de janeiro do IGP-M, divulgada hoje cedo pela Fundação Getúlio Vargas, mostrou deflação de 0,58%. O número levou a Tendências Consultoria (do ex-ministro Mailson da Nóbrega e do ex-presidente do BC Gustavo Loyola) a cortar de 6,3% para 3,8% a projeção de alta do índice em 2009, abaixo da meta de 4,5%..

Além disso, o emprego com carteira assinada despencou em dezembro e tudo indica que a carnificina continuou ao longo de janeiro. A produção industrial caiu fortemente em outubro e novembro, na esteira da paralisação das linhas de montagem das montadoras de veículos. Uma queda do PIB é certa no quarto trimestre do ano passado e praticamente inevitável nos primeiros três meses deste ano. Restam, de fato, poucas dúvidas de que vivemos um quadro de esfriamento continuado da atividade econômica (mentes burocráticas, no afã de repetir costumes bobocas de outras economias, chamam esse esfriamento de "recessão técnica", o que não serve para nada, além de dar passagem a manchetes de jornal).

Dizem alguns que, diferentemente do que ocorre no mundo desenvolvido, no Brasil, a margem para a adoção de políticas contracíclicas é estreita. A ver a validade da afirmação. Mas, de outro lado, não há dúvida de que a margem da política monetária, que, nas economias desenvolvidas, e sobretudo nos Estados Unidos, já queimou praticamente todos os seus cartuchos, é agora bem ampla no Brasil.

Pagamos um alto preço para, enfim, dispor dessa margem, cuja origem foram os erros na condução da política de juros, mas agora deveríamos aproveitar e acertar o passo mais rápido. Enfim, o corte de 1 ponto na taxa de juros já ajuda a reduzir a esquizofrenia econômica no governo - o BC segura enquanto a Fazenda solta. A sinalização, no fim das contas, é boa e só resta esperar que não tenha vindo muito tarde.

José Paulo Kupfer