Dilma se reúne com Cabral para discutir combate ao tráfico no Rio de Janeiro

A presidenta Dilma Rousseff, deve se reunir hoje terça-feira (30) com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, para falar sobre as operações nos morros da cidade para combate ao tráfico de drogas. O local e o horário do encontro ainda não estão definidos mas o mais provável é que eles se reúnam em Brasília.

De acordo com a assessoria de imprensa da transição, Dilma vem mantendo conversas com Cabral sobre o tema. Na semana passada, início da reação da polícia aos ataques que ocorreram na capital e nas cidades próximas, a presidenta eleita, Dilma Rousseff, ligou para o governador manifestando solidariedade à população.

Dilma, segundo a assessoria, considerou "positivo" o resultado das ações da polícia no fim de semana, no Complexo do Alemão. O bom resultado, na avaliação da presidenta eleita, se deve à parceria entre o governo do estado e o governo federal. Nos telefonemas, Dilma destacou que o uso dos equipamentos da Marinha foram fundamentais para que a polícia conseguisse entrar no conjunto de favelas e assegurou que essa parceria vai continuar em seu governo.

Há previsão de agenda hoje para a presidenta para tratar de questões sobre a área da saúde.

O KiGOL , rede social focada em futebol

Lança um desafio aos usuários e internautas: o Detetive kiGOL.
A iniciativa tem como objetivo testar os conhecimentos futebolísticos dos participantes, com perguntas e dicas espalhadas pelo site
http://www.kigol.com.br. Para participar, basta procurar pelos banners, selos e links da campanha, que estarão no ar até o dia 6 de dezembro. Legal, né?
Será que você terá sorte e ganhará os prêmios?
Vai tentar?
Eu acho que vou arriscar também.


Kigol - II
A dinâmica para saber quando as perguntas estarão no ar, é simples: basta acompanhar os blogs da rede - e, a cada dia - um deles postará as instruções e dicas relacionadas ao desafio.
Boa ideia.
Na Rede

Combates que o PT deve travar

Comemorar sim, mas de sandálias

Nossa avaliação das eleições presidenciais de 2010 deve começar sempre com uma tripla comemoração e com um forte agradecimento. Comemoração pela continuidade do processo de mudanças iniciado em janeiro de 2003, pela eleição da primeira mulher presidente da República e por termos derrotado mais uma vez a direita demotucana. Agradecimento ao povo de esquerda, especialmente ao povo petista, milhões de brasileiros e brasileiras, alguns anônimos, outros nem tanto, que perceberam o perigo e foram à luta, sem pedir licença, sem pedir ordem, sem pedir autorização e sem precisar de orientação. Foi principalmente este povo que ganhou a eleição presidencial, e não governantes, candidatos, dirigentes, coordenadores ou marqueteiros.
Devemos agradecer e comemorar, mas sem descuidar de um balanço crítico e autocrítico do processo.
Este balanço deve começar lembrando que vencemos com uma bandeira: dar continuidade à mudança. Como lembrou a própria Dilma, como recebemos uma “herança bendita”, nossa única alternativa é aprofundar as transformações.
Ocorre que para vencer, enfatizamos a continuidade e debatemos pouco as mudanças. O tratamento dado ao programa do Partido e ao programa do coligação é apenas mais um sintoma disto. Debatemos pouco as mudanças, mas o cenário do governo Dilma será muito diferente do que prevaleceu entre 2003 e 2010. Noutras palavras: a mudança na realidade já está acontecendo, embora não tenhamos debatido em profundidade as mudanças que teremos que fazer na nossa política, para enfrentar esta nova realidade.
As mudanças já se deram e continuarão ocorrendo em três níveis principais.
Internacionalmente, o cenário será dominado não apenas pela crise e instabilidade econômica, mas também por cada vez maior instabilidade política e militar.
Nacionalmente, a direita vai dar continuidade ao tom radical assumido na campanha eleitoral.Ao contrário do que alguns pensavam, o PSDB é o partido de direita e da direita. Demonstrando uma vez mais a periculosidade da proposta da “aliança estratégica” com o PSDB, feita entre outros por Fernando Pimentel, com os resultados já conhecidos em Minas Gerais.
A terceira mudança é a seguinte: nos marcos da atual estrutura tributária e macroeconômica, não será mais possível ampliar significativamente os investimentos econômicos e sociais. Ou reduzimos substancialmente os juros, ou fazemos algum tipo de reforma tributária, ou interrompemos o crescimento dos investimentos, ou…. Em qualquer caso, tudo aponta para a agudização do conflito redistributivo no país, seja tributário, salarial, seja pela alta nos preços, pela alta dos juros etc.
Para dar conta destas mudanças, que conformam um novo cenário, teremos que enfrentar e superar três impasses estratégicos.
Primeiro: a política de melhorar a vida dos pobres, sem tocar na riqueza dos milionários, reforça o preconceito de uma parcela dos setores médios contra nós. Pois na prática estes setores perdem, em relação aos pobres, especialmente em termos de status.
Segundo: melhorar a vida material dos pobres, sem melhorar em grau equivalente a sua cultura política, deixa uma parcela dos que melhoraram de vida sujeitos à influência das igrejas conservadoras e do Vaticano, dos meios de comunicação monopolistas e da educação tradicional. Aqui vale ressaltar que a disputa de valores faz parte da disputa política. Não percebe isto quem acha que fazer política é “administrar”, esquecendo que a “percepção das obras” é mediada pela ideologia, pela visão de mundo, pela luta política.
Terceiro: o PT ganhou sua terceira eleição presidencial, mas ao mesmo tempo enfrenta cada vez mais dificuldades para hegemonizar o processo.
P4R4 4J6D4R B4ST4 CL1K4R N0 AN6NC10 Q63 T3 4GR4D4R

Vencer a bandidagem é possivel. O Rio mostrou isto

Rio e Brasil comemoram a libertação do Morro do Alemão. Uma grande vitória sobre o tráfico de drogas.

Após três dias de tensão e medo de que ocorresse um banho de sangue no Complexo do Alemão, o Rio respirou aliviado e comemorou a maior vitória das forças de segurança sobre o crime organizado.

Em pouco mais de uma hora, a polícia retomou o território que durante pelo menos três décadas foi uma das principais fortalezas do tráfico, controlada por bandidos truculentos e munidos de armas de guerra.

O sinal da conquista, que ficará para sempre marcada na História da cidade, estava nas bandeiras do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro tremulando numa plataforma do teleférico do complexo.

"O Alemão era o coração do mal", disse o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

Sem ferir um inocente sequer, os 2.600 policiais e militares fizeram uma operação exemplar, com três mortes do lado inimigo.

Houve cerca de 20 presos, mas há rumores de que bandidos tenham escapado ao cerco do Exército e fugido até por tubulações de água pluvial.

Disfarçado de mata-mosquito, um dos traficantes conseguiu furar o bloqueio, mas foi detido depois na casa de uma tia.

Pela primeira vez desde 1994, o Exército vai policiar o Complexo do Alemão.

O governador Sérgio Cabral pediu ao Ministério da Defesa que ocupe o conjunto de favelas até que o estado forme novos policiais que vão atuar na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela.

O Rio é nosso
"Que beleza ver as bandeiras do Rio e do Brasil sendo hasteadas!"
Gloria Perez, escritora, no Twitter

"O grande mérito é que isso está sendo feito com serenidade"
Cacá Diegues, cineasta

"Eu estou torcendo, como todo carioca, para que o Rio encontre a paz"
Zeca Pagodinho, cantor

Rappelle-toi Barbara

Il pleuvait sans cesse sur Brest ce jour-la
Et tu marchais souriante
Epanouie ravie ruisselante
Sous la pluie
Rappelle-toi Barbara
Il pleuvait sans cesse sur Brest
Et je t’ai croisee rue de Siam
Tu souriais
Et moi je souriais de meme
Rappelle-toi Barbara
Toi que je ne connaissais pas
Toi qui ne me connaissais pas
Rappelle-toi
Rappelle-toi quand meme ce jour-la
N’oublie pas
Un homme sous un porche s’abritait
Et il a crie ton nom
Barbara
Et tu as couru vers lui sous la pluie
Ruisselante ravie epanouie
Et tu t’es jetee dans ses bras
Rappelle-toi cela Barbara
Et ne m’en veux pas si je te tutoie
Je dis tu a tous ceux que j’aime
Meme si je ne les ai vus qu’une seule fois
Je dis tu a tous ceux qui s’aiment
Meme si je ne les connais pas
Rappelle-toi Barbara
N’oublie pas
Cette pluie sage et heureuse
Sur ton visage heureux
Sur cette ville heureuse
Cette pluie sur la mer
Sur l’arsenal
Sur le bateau d’Ouessant
Oh Barbara
Quelle connerie la guerre
Qu’es-tu devenue maintenant
Sous cette pluie de fer
De feu d’acier de sang
Et celui qui te serrait dans ses bras
Amoureusement
Est-il mort disparu ou bien encore vivant
Oh Barbara
Il pleut sans cesse sur Brest
Comme il pleuvait avant
Mais ce n’est plus pareil et tout est abime
C’est une pluie de deuil terrible et desolee
Ce n’est meme plus l’orage
De fer d’acier de sang
Tout simplement des nuages
Qui crevent comme des chiens
Des chiens qui disparaissent
Au fil de l’eau sur Brest
Et vont pourrir au loin
Au loin tres loin de Brest
Dont il ne reste rien.
Jacques Prévert
P4R4 4J6D4R B4ST4 CL1K4R N0 AN6NC10 Q63 T3 4GR4D4R

Lembre-se de Barbara

Lembre-se de Barbara
Choveu sem parar em Brest naquele dia
E você caminhou sorrindo
Flushed extasiados streaming
Chuva
Lembre-se de Barbara
Choveu sem parar em Brest
E eu tenho Street Crusader of Siam
Você sorriu
E eu sorri ao mesmo tempo
Lembre-se de Barbara
Você eu não sei
Você que não me conhece
Lembre-se
Lembre-se que, mesmo dia em que o
Lembre-se
Um homem estava escondido sob um alpendre
E ele grita seu nome
Barbara
E você correu para ele na chuva
Streaming epanouie encantado
E você se jogou em seus braços
Lembre-se que Bárbara
E não fique louco se tu me
Eu digo que você tem todos aqueles que eu amo
Mesmo que eu vi apenas uma vez
Digo a todos que amam
Mesmo que eu não sei
Lembre-se de Barbara
Lembre-se
Esta chuva sábia e feliz
No seu rosto feliz
Nesta cidade feliz
A chuva sobre o mar
No arsenal
No barco Ouessant
Oh Barbara
Que merda de guerra
O que você está se agora
Sob esta chuva de ferro
Blood Fire Steel
E quem te abraçou
Carinhosamente
Ele está morto ou vivo desaparecido
Oh Barbara
chove sem parar em Brest
Como choveu antes
Mas essa não é a mesma coisa e tudo é abismo
É uma terrível chuva de tristeza e pena
Isto é ainda mais a tempestade
Iron Blood Steel
Apenas nuvens
Quem está morrendo como cães
Os cães que desaparecem
Mais de água em Brest
E vai apodrecer
Muito longe de Brest
Do qual nada resta.




Votos tucanos

Quando terminou o segundo turno da eleição presidencial, muita gente comemorou os resultados alcançados por Serra. Seus simpatizantes mais ardorosos, na opinião pública e na imprensa, chegaram a dizer que a derrota era quase uma vitória. Estavam tristes, mas se confortavam achando que ele e o PSDB saíam maiores da eleição.

O fundamento dessa avaliação é a comparação entre seu desempenho e o de Alckmin em 2006. Como, na eleição anterior, o candidato tucano alcançou 37 milhões de votos e nesta 43, o diagnóstico seria simples: Serra foi melhor que Alckmin.

Inversamente, o PT teria ido pior, pois Lula teve 58 milhões de votos em 2006 e Dilma “apenas” 55 milhões. Enquanto o PSDB ficou maior, o PT encolheu.

Não deixa de ser engraçado esse modo de avaliar o resultado da eleição. Parece até um jogo inventado pelo Chapeleiro Maluco: quem ganha, sai diminuído; quem perde, fica contente e se orgulha da “vitória moral”.
Enquanto isso, na vida real, o PSDB amarga sua terceira derrota consecutiva e o PT se prepara para permanecer no poder por 12 anos ininterruptos.

A sensação de que Serra saiu vitorioso da eleição não tem, porém, fundamento. Ao contrário, de vários pontos de vista, seus números não foram nada bons em comparação com os de Alckmin.

A começar pelo resultado do primeiro turno. Por mais que a campanha tucana tenha ficado feliz com a passagem inesperada para o segundo turno, o fato é que Serra recebeu, no dia 3 de outubro, quase 7 milhões de votos a menos que Alckmin havia obtido há quatro anos. Se lembrarmos que tínhamos, então, 125 milhões de eleitores e agora 135, a perda é ainda mais expressiva.

É verdade que houve frustração na campanha Dilma quando ela não venceu no primeiro turno. Mas o certo é que ela teve 47,6 milhões de votos, mais, em números absolutos, que Lula em 2006. Para uma candidata que começava ali sua experiência eleitoral, um resultado extremamente positivo.

Foi Marina, no entanto, a maior vitoriosa. Quanto a Serra, por mais que festejasse a nova chance que recebia em função do desempenho da candidata do PV, o primeiro turno foi uma decepção face ao que Alckmin tinha conseguido.

A vantagem do governador eleito sobre o ex-candidato é especialmente visível em São Paulo. Em condições parecidas, isto é, ambos tendo deixado o governo do estado para disputar a Presidência, Alckmin teve lá quase 12 milhões de votos no primeiro turno, enquanto Serra, este ano, ficou com 9,5 milhões, ou seja, com 2,5 milhões a menos (sempre lembrando que o eleitorado aumentou 8% entre as duas eleições).

Mesmo no segundo turno, as comparações entre Serra e Alckmin não são sempre favoráveis ao candidato de 2010. No conjunto de estados que formam o “núcleo duro” oposicionista - São Paulo, os três da região Sul, os dois Mato Grosso - Alckmin (apesar de ter minguado entre os dois turnos) foi mais votado que Serra, se levarmos em conta o aumento do eleitorado de 2006 para cá: na soma dos seis, Alckmin teve 21 milhões de votos, proporcionalmente mais que Serra, que teve 22,1.

O que se percebe a partir desses números é que, diferentemente do que pensam alguns, Serra só foi melhor que Alckmin no cômputo final pelos votos que recebeu em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e no Norte/Nordeste. Em Minas, por exemplo, Serra teve, no segundo turno, quase 600 mil votos a mais que Alckmin.

Mas o mais preocupante no desempenho das oposições este ano, quando se leva em conta a eleição anterior, é que Alckmin era tido como mais fraco que Serra e que ninguém duvida que Lula é mais forte que Dilma, em termos eleitorais.

Ou seja: quando o candidato mais fraco enfrentou o mais forte, o desempenho do PSDB foi melhor, em muitos aspectos, que na hora em que o aparentemente forte enfrentou a marinheira de primeira viagem.
Agora, no momento em que as oposições precisam repensar seu rumo e discutir como serão no futuro, o pior que pode lhes acontecer é não entender a eleição que fizeram.

Se acharem que “as coisas não foram tão mal”, que “saíram bem da eleição”, vão ficar com a impressão de que não precisam fazer mudanças profundas nas suas lideranças e no discurso. É o melhor caminho para que permaneçam presas aos erros que cometeram.
Marcos Coimbra
P4R4 4J6D4R B4ST4 CL1K4R N0 AN6NC10 Q63 T3 4GR4D4R