De Sanctis no STF já!!!
por Carlos Chagas
Um fantasma ronda essa iniciativa mais do que necessária. Corporifica-se na canhestra alegação das elites financeiras, de que mais pessoas deveriam pagar para que todos pagassem menos. Se o segmento do Desenvolvimento Econômico aceitar essa farsa, melhor seria que seus ministros mantivessem os braços cruzados, pois o objetivo é de as elites pagarem menos enquanto crescerá o número dos infelizes que não pagam porque não podem, e vão pagar. Aliás, pagar todos pagam, já que os impostos indiretos não poupam sequer os miseráveis.
É bom tomar cuidado. Desonerar a folha de pagamento das empresas constitui proposta justa e necessária, mas é preciso saber se não acontecerá às custas do trabalhador. Na esteira da reforma tributária querem atrelar a chamada reforma trabalhista, eufemismo para caracterizar a supressão dos direitos sociais que sobraram do desmonte promovido nos tempos de Fernando Henrique Cardoso. Convém, no entanto, continuarmos otimistas. Se a proposta da presidente Dilma é de extirpar a pobreza, não será obrigando os pobres a pagar imposto.
Experiência de vida do Padre Fábio
Agiotagem, pig e BC, tudo a ver?
A desculpa da inflação em alta já furou, todo mundo percebe que ela tá domada.
Cada presidente tem seu estilo e suas características próprias
A pergunta feita em Brasília, no fim de semana, era sobre a eficácia da divisão do ministério em quatro vertentes principais, como anunciou a presidente Dilma Rousseff na última sexta-feira. Como uma espécie de subcomandante da tropa, coordenador geral, o chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, e como líderes de cada grupo: Teresa Campello, ministra do Desenvolvimento Social, comandando Desenvolvimento Social e Erradicação da Miséria; Guido Mantega, ministro da Fazenda, à frente do Desenvolvimento Econômico; Miriam Belchior, ministra do Planejamento, liderando Gestão, Infraestrutura e PAC; e por fim, Direitos da Cidadania e Movimentos Sociais, com Gilberto Carvalho, secretário geral da presidência.
Os ministérios foram separados por critério temático ou estratégico, gerando quatro super-ministros, aos quais se subordinam os demais, mas por sua vez subordinados à Casa Civil.
Isso significa, numa primeira impressão, que dos 37 ministros, 32 precisarão passar pelo filtro dos respectivos chefes de setor. Até chegarem à presidente, seus pleitos, planos e programas dependerão da aprovação dos comandantes de área e, depois, do coordenador-geral?
Existem ministérios cuja integração num dos quatro setores gera duvidas. Os ministros da Justiça e da Defesa, por exemplo, participarão de que grupo?
Na teoria, e ainda na falta de um organograma, todos os ministros despacharão com Dilma Rousseff. Será exigida a concordância e até a presença dos super-ministros e do coordenador geral, nesses despachos? E quando houver divergência entre o chefe de área e um de seus subordinados, a questão será decidida na base da hierarquia ou por Antônio Palocci, podendo subir até Dilma Rousseff?
Cada governo tem seu estilo e suas características próprias, mas o atual inova com um modelo ainda necessitado de submeter-se a testes. Pelo jeito, a presidente decidiu descentralizar o processo de tomada de decisões, mas dará certo?
Nos tempos de Fernando Collor não deu: um ministério enxuto, na primeira fase, precisou ceder lugar a um ministério ampliado, na segunda. Ernesto Geisel era ministro de todas as pastas, diretor de todos os departamentos e chefe de todas as seções do serviço público, mas apoiava-se em Golbery do Couto e Silva, chefe da Casa Civil. Garrastazu Médici entregava o governo a Leitão de Abreu, chefe da Casa Civil, e a Delfim Netto, ministro da Fazenda, este também todo-poderoso com João Figueiredo. José Sarney mudava de fonte inspiradora a cada verão e Fernando Henrique dava mais atenção ao grupo palaciano do que à periferia de seu ministério. Quanto ao Lula, levando meses sem despachar com alguns de seus ministros, encontrava tempo para percorrer o país e o exterior delegando o poder à Casa Civil: primeiro a José Dirceu e, depois, a Dilma Rousseff...
Ex-blog do Cesar Maia
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Os abutres estão chegando
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