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Nas Garras da Patrulha

Pablo Peter

A Ladra de Rins


Um homem conhece uma mulher incrivelmente bela numa noite, e em poucas horas, eles estão em um quarto de motel. Ela dá uma bebida para o homem e em poucos minutos ele começa a se sentir sonolento. Ele acorda no dia seguinte numa banheira cheia de gelo, com um bilhete: "Ligue para um hospital, ou morrerá". Quando tenta se levantar, percebe que tem um corte no lado esquerdo do corpo. A mulher era na verdade uma ladra de rins.

Ao se dirigir para um Motel e for servido pela pessoa que você levar, verifique direito para não perder um rim! Lembre-se de que isso é uma lenda!

Infarto

Uma forte dor no coração, como se ele rasgasse por dentro, subitamente. A frase parece apenas uma metáfora clichê, sempre acessível para descrever uma mágoa profunda, mas não física. O coração partido, porém, no auge do século 21, deixou de ser muleta dos sofredores e passou a fator de risco para problemas cardíacos.
Depressão e problemas emocionais, associados a uma predisposição genética, estão entre as causas de infartos em pacientes jovens, alerta Marcelo Ferraz Sampaio, cardiologista do Hospital Oswaldo Cruz, chefe do Laboratório de Biologia Molecular do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo e especialista no tema.
O médico revela que nos últimos anos, o índice de infartos atípicos no setor de emergência do hospital foi surpreendentemente alto. Além do fator numérico, os pacientes tinham características clínicas semelhantes: jovens, em sua maioria mulheres, saudáveis, mas com incidentes cardíacos severos.
“Observávamos, ao fazer a identificação da artéria, que o coração tinha infartado, mas não havia lesão. Começamos, então, a desvendar como essa artéria poderia ter provocado a restrição de fluxo por mais de 20 minutos, sem ter nenhum comprometimento.”
Ao confrontar os pacientes com pesquisas internacionais, o especialista constatou que essas artérias sofrem um Sistema de Restrição Dinâmica ao Fluxo. A consequência e o processo são semelhantes ao que ocorre em um infarto tradicional, provocado pela conhecida lista de fatores de risco: obesidade, diabetes, hipertensão e cigarro. Neste caso, no entanto, o gatilho é emocional.
Como ocorre
A passagem de sangue é obstruída não pelas placas de gordura, mas por um estreitamento das paredes da artéria, responsável por interromper o fluxo. O mesmo evento é diagnosticado em casos de overdose de drogas como cocaína e crack, ou no uso de anabolizantes.
"Também é possível que as plaquetas do sangue fiquem como se fossem 'tresloucadas', interrompendo o fluxo subitamente, gerando os infartos. Descobrimos que esses pacientes têm alteração da formação das plaquetas”, explica o especialista.
Esse mesmo processo ocorre em pacientes com depressão. “A doença emocional, em tese, não é fator de risco pra doença cardíaca, mas pode ser, em determinadas circunstâncias, o fator principal”, endossa Sampaio.
Coração rasgado
Foto: Guilherme Lara Campos / Fotoarena
Iris Galetti, física e professora de pintura, sofreu um infarto atípico grave em janeiro de 2008
Magra, saudável, ativa e aparentemente feliz. Os três adjetivos costumeiramente usados para definir a professora de física Iris Galetti também a mantinham fora do grupo de risco de mulheres com problemas cardíacos.
Em janeiro de 2008, durante uma reunião no colégio onde trabalhava, primeiro dia após as longas férias de verão, a professora sentiu um mal-estar pungente. Uma forte dor no peito e braços dormentes. A pressão, porém, ao ser medida na enfermaria do local de trabalho, estava normal.
Com náuseas e dores no peito, ao chegar ao hospital, Iris descobriu que tinha infartado. Foram oito dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e mais uma semana no quarto, até receber alta. Aos 49 anos, ela tinha perdido boa parte do coração – o ventrículo esquerdo ficou com o músculo praticamente morto.
“Jamais pensei que eu poderia infartar. Minha família tem histórico de câncer, não de problemas cardíacos. Achei que os médicos estavam errados. Nunca fui hipertensa, sedentária, e tenho uma verdadeira obsessão por alimentação saudável.”
No entanto, há mais de quatro meses Iris tentava digerir, sozinha, uma mágoa muito profunda. Nas palavras da professora, que prefere reservar a história, a decepção foi difícil de suportar. Por meses, o problema emocional ocupou boa parte de sua vida pessoal.
“Depois do infarto eu me dei conta do que tinha ocorrido. Lembro que o médico que me atendeu quando fiz o segundo cateterismo disse que minha artéria tinha rasgado, como se uma lâmina a tivesse cortado, literalmente.”
O estresse da vida profissional e o excesso de responsabilidades, dentro e fora de casa, somados aos conflitos e decepções pessoais, transformaram-se em um coquetel venenoso para um coração normal, sem problema algum.
O fator genético
A literatura médica mundial aponta que 15% dos infartos sem os fatores de risco tradicionais – cigarro, diabetes, obesidade e hipertensão – foram desencadeados por processos que começaram no âmbito psicológico. A matemática, porém, não é simplista e imediata. Para que o coração partido ultrapasse a metáfora é preciso que exista uma série de combinações genéticas e ambientais.
A analogia da chave e da fechadura é a maneira como Sampaio consegue traduzir os preceitos da medicina genética a seus pacientes. Nas palavras do médico, a predisposição dos genes nada mais é do que uma fechadura. “A porta está fechada. A chave é o estresse emocional, e a fechadura sua carga genética. Quando a chave certa encontra a porta certa, a doença aparece.”
O mapeamento genético, porém, não seria uma forma de prevenção. Embora o Projeto Genoma tenha mapeado todos os genes que existem no organismo humano, a medicina ainda não conseguiu antecipar quais combinações entre esses genes são responsáveis por desencadear as mais variadas doenças. A única forma de manter-se longe dos infartos, tradicionais ou atípicos, seria a manutenção da saúde, tanto mental quanto física, defende o médico.
“Hoje os alimentos não são mais saudáveis, passam por agrotóxicos para conservação. Não só comemos mal, como recebemos o alimento em pior estado. A falta de tempo é desculpa para tudo. A pressão do dia a dia faz com que o artifício de relaxamento e prazer seja uma comida calórica, gordurosa. O chocolate nos dá o prazer que não temos no trabalho, na família, na relação sexual. Esse comportamento social do mundo moderno gera pessoas mais expostas.”
A experiência individual não serve apenas de alerta. Para contornar os problemas emocionais, Iris trocou a lousa pelos pincéis – ministra aulas de pintura em faiança para mais de 30 alunos, produz peças para venda e toca o próprio ateliê. O coração bate devagar, quase ao som do new age, música fundo de suas aulas, mas ela se define clinicamente como ótima: controla a alimentação, toma uma taça de vinho nos dias mais agradáveis, pratica atividade física regularmente - uma caminhada leve de 60 minutos - e aposta que ultrapassará a casa dos 100.
Na receita médica, as indicações permanecem universais, e cabe a cada um achar seu componente pessoal: alimentação balanceada, atividade física regular, lazer, tranquilidade e terapia – esvaziar a mente dos problemas e não permitir que eles consumam o organismo – podem ajudar a blindar o coração.

Acredita no Destino?


Foi na telinha do meu monitor que lhe encontrei, e a partir daquele momento não houve mais adeus, esquecemos
nossas diferenças, nossos defeitos e começamos a nos moldarmos.
Passamos a viver mais daquilo que estava dentro de nós, do que aquilo que estava em volta de nós, por isso,
muitas vezes fomos pegos calados admirando a interioridade de cada um.
E o sentimento livre e espontâneo foi realizando-se platonicamente. A distância jamais será separação para nós,
porque entre o amor verdadeiro não existe nem tempo nem espaço. 

                                                                  Desconheço autoria
                                                                                      Postado por Lúcia

Religião

Papa Bento XVI inventa novo Cristo

Os leitores mais atentos e fiéis do Balaio já sabem que não simpatizo muito com o papa Bento 16, o ultra conservador líder religioso alemão que está fazendo de tudo para esvaziar os templos da Igreja Católica.
Desta vez, dois mil e onze anos depois da primeira versão sobre sua passagem pela terra, o Papa simplesmente resolveu inventar uma nova biografia do Filho de Deus no livro “Jesus de Nazaré, da Entrada em Jerusalém até a Ressurreição”, lançado nesta quinta-feira, em que ele nega que Cristo tenha sido um “revolucionário”.
Para ficar de acordo com as suas obsessões e gostos pessoais, e adaptá-la mais às conveniências das sacristias do que à vida dos cristãos, simples mortais como todos nós, nesta biografia o Papa afirma que Jesus “não vem ao mundo como um destruidor”, mas “com o dom da cura”, para revelar “o poder do amor”.
Para começo de conversa, quem foi que disse essas coisas que ele desmente e as que proclama? De onde tirou isso?
Bento 16 nega uma afirmação que nunca ninguém fez para fazer uma outra que reduz seu papel na história a um curandeiro amoroso. Quem foi, aonde foi que se chamou Jesus de “destruidor”?
No segundo volume do seu livro sobre a vida de Jesus Cristo, o Papa-biógrafo escreve como se fosse testemunha ocular, um contemporâneo dele: “Jesus, com sua mensagem e modo de agir, inaugurou um reino não político do Messias e começou a separar uma coisa da outra”.
Nem Cristo separou política de religião, como me ensinaram os padres no colégio onde estudei, e assim aprendemos por toda parte até hoje, lá aonde a Igreja sobrevive aos dogmas papais, nem Bento 16, exatos 2010 anos depois, foi capaz desta proeza, como demonstrou ainda no ano passado ao utilizar seu cargo para convencer bispos brasileiros a apoiar a candidatura presidencial de José Serra.
A hipocrisia do sumo pontífice, que escreve uma coisa no livro e na vida real pratica outra exatamente oposta, fica clara no contundente artigo “O Cristo que vive entre nós” escrito pelo meu velho e brilhante amigo Mauro Santayana, um jornalista que entende tanto de religião como de política.
“A afirmação mais grave do Papa, de acordo com o resumo de suas ideias, é a de que política e religião são instituições separadas a partir de Cristo. A própria história do Vaticano o desmente. A Igreja Católica _ e todas as outras confissões religiosas _ sempre estiveram a serviço do poder político, e em sua expressão mais desprezível.
Para não ir muito longe na história _ ao tempo da associação entranhada entre os reis, os imperadores e o Vaticano, durante a Idade Média _, bastam os exemplos do nosso século. Os documentos existentes demonstram o apoio da Igreja a ditadores como Hitler, considerado, por Pio XII, como `um bom católico´.
(…) Por acaso, não se trata de uma escolha política do Vaticano a rápida canonização do fundador da Opus Dei, como santo da Igreja, e o esquecimento de grandes papas, como João 23, e de mártires da fé, como o bispo Oscar Romero, de El Salvador?”.
Sem citar a Teologia da Libertação, seu alvo predileto desde os tempos de cardeal da inquisição responsável no Vaticano pelo julgamento de religiosos progressistas como Leonardo Boff, o frade brasileiro banido da Igreja Católica, o Papa se refere a “uma onda de teologias políticas e de teologias da revolução”, na década de 1960, que teriam por objetivo “legitimar a violência como meio para instaurar um mundo melhor”.
Pelos relatos até agora divulgados, embora queira defender exatamente o contrário, negando o papel político e revolucionário de Jesus Cristo na História, Bento 16 escreveu outro livro mais político do que religioso, mais ideológico do que teológico. Mauro Santayana foi direto ao ponto:
“Ao negar a essencial ligação entre a fé cristã e a ação política, o Papa vai além do seu velho anátema contra a Teologia da Libertação, surgida na América Latina, um serviço que ele e Wojtyla prestaram, com empenho, aos norte-americanos. Ele se soma aos que, hoje, ao separar a política da ética da justiça, decretam o fim da esquerda”.
O Papa pode brigar com fatos históricos de dois milênios atrás, mas parece bem informado sobre as dificuldades que a Igreja sob o seu comando enfrenta nos dias presentes, com a constante e crescente diminuição do seu rebanho.
Escreve ele: “Hoje o barco da Igreja, com o vento contrário da História, navega através do oceano agitado do tempo. Muitas vezes temos a impressão de que vai afundar. Mas o Senhor está presente e chega no momento oportuno”.
Que “vento contrário da História” é esse? Por acaso não é o que ele mesmo está soprando para afastar a Igreja dos seus fiéis, radicalizando cada vez mais no seu conservadorismo, perseguindo quem não come na sua mão?
De onde ele tirou esta “impressão de que vai afundar?” Quem lhe contou? Será que o Papa caiu na real? E o que ele fez até agora para evitar que isto aconteça, além de esperar pela divina providência?
Se alguém tiver respostas para estas questões todas, pode enviá-las ao Balaio. Caso contrário, será preciso esperar pelo lançamento do livro no Brasil que será feito pela editora Planeta.
Bom fim de semana a todos.

Pais e Mães de Santos oferecem serviços

Anúncios de amarração do amor desafiam a Lei Cidade Limpa
Mesmo proibidos pela Lei Cidade Limpa, a publicidade afixada em postes ainda faz parte do cenário de São Paulo. Um dos anúncios mais comuns é o de pais e mães de santo que prometem trazer a pessoa amada de volta. Para conhecer mais sobre esse tipo de serviço, Época São Paulo marcou consultas com alguns desses profissionais da amarração do amor

O primeiro telefonema foi para o Pai Guerreiro. Sobre a eficácia do método, a  secretária foi taxativa: “Claro que funciona, quando as coisas não vem por bem, a gente tem de fazer vir por mal”. O preço da consulta, feita com búzios ou tarô, era de R$ 20. A amarração, que prometia trazer o amado de volta, sairia por R$ 200. A casa fica em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. Ao lado de um carro da Mercedes Bens estacionada na garagem, um homem de camisa e calça sociais recebe a reportagem e avisa que a consulta será realizada em outra casa, duas ruas acima. Depois da espera em uma confortável sala de estar, ele pede para ser seguido até um cômodo apertado e empoeirado nos fundos da casa, com uma estátua do preto velho na entrada e imagens de santos no interior. 

Uma mãe de santo vestindo avental de médico pergunta o nome completo, a profissão e pede que o celular e os óculos sejam deixados de lado, para evitar que "as energias se cruzem com as entidades". Em seguida, começa a falar sobre a vida do cliente enquanto tira as cartas. Segunda ela, a menina desejada estaria indiferente porque alguém já teria feito uma amarração para ela que duraria 14 anos. 

Segundo a consultora espiritual de Pinheiros que atende na casa do Pai Guerreiro, o trabalho de “amarração” da ex-namorada teria custado R$ 7 mil. Portanto ela cobraria R$ 3 mil para desfazer o serviço para sempre - um preço módico para ter o amor da vida de volta. Mas o "para sempre" depende da vontade do cliente: "Quando você não quiser que ela goste mais de você, eu desfaço o trabalho, sem cobrar”. 

Para fazer a amarração, além de dinheiro, é necessário levar uma foto da garota, com os nomes do futuro casal escritos no verso, dentro de um coração. Além disso, a consultora espiritual pede garrafas de uísque doze anos e champanhe importada. Sob o argumento de que o valor era alto, ela afirma: “Não tem problema, nós aceitamos cartão, posso parcelar para você”. 
Escritório esotérico 
Pai Léo trabalha com búzios, tarô e baralho cigano no Centro da cidade
O Pai Leo, outro pai de santo, atende no centro da cidade, em um conjunto comercial na rua Barão de Itapetininga. A recepção de seu escritório esotérico tem de tudo, de painéis indianos a imagens de orixás, passando por uma televisão de plasma e aranhas de plástico. Ele tem 36 anos e atende cerca de 10 pessoas por dia quando o movimento está bom. A consulta de búzios, tarô e baralho cigano custa R$ 35 reais. “Eu não faço amarração, isso é coisa para tirar dinheiro dos outros, se pudesse, nem cobraria pela consulta”, diz. O que o Pai Leo faz, segundo ele, é um “trabalho de purificação”. 


Escritório esotérico de Pai Leo tem de painéis indianos a imagens de orixás
“Não faço trabalhos para o mal”, afirma, “meu serviço é ajudar as pessoas a ressarcirem a natureza das coisas que tiram dela para sobreviver”. De acordo com o vidente, as oferendas são feitas na cachoeira, junto com o cliente, e incluem só coisas vivas, como peixes, mudas de árvore e frutas. “Dependendo do tipo do trabalho, as coisas precisam ser de qualidade melhor, como salmão e figos”, diz. No final, se o cliente quiser, ele pode dar um presente para o Pai Leo. “Já ganhei até carro.” Depois da consulta, ele pede para divulgar o seu site:www.reidosvidentes.com.br

Protocolos diferentes 
Em um outro endereço, na zona sul da cidade, a consulta era mais cara: R$ 50. A amarração não seria cobrada, mas só seria feita se o interessado fosse predestinado à mulher desejada. Depois de cinco minutos de jogo, o resultado foi categórico: ela não faria a amarração, não adiantava insistir. Quando perguntada sobre o altar com imagens e terços, ela pediu para que não chegasse muito perto para não cruzar as energias.
Próximo à Santa Cecília, uma outra taróloga parece afeita ao faça você mesmo: “não fazemos amarração, nós ensinamos o cliente a fazer”, diz. Ela não pôde ser entrevistada porque não tinha autorização de seus guias espirituais. “O que acontece aqui é muito íntimo para os clientes. Quem nos procura já passou muitas vezes por médicos e psicólogos”, afirma.


A prática de jogos de adivinhação, como o tarô, o baralho e os búzios, estão fortemente ligados ao candomblé e umbanda, religiões de influência africana. “Os jogos servem para falar do destino pessoal de cada um”, explica Brígida Malandrino, doutora em Ciências da Religião pela PUC. 

“Muitos dos que anunciam serviços de 'amarração do amor' não praticam a religião do candomblé e da umbanda de forma institucionalizada”, afirma Malandrino. Mas existem pessoas que conciliam as duas coisas: vão ao terreiro e atendem individualmente. “É como se dizer católico, por exemplo, e não respeitar todos os dogmas da Igreja”, diz.

por Luiz Felipe Orlando