Blog do Charles Bakalarczyk: Reminiscências: PSOL, PSDB e DEM emparceirados

Blog do Charles Bakalarczyk: Reminiscências: PSOL, PSDB e DEM emparceirados: " Navegando na blogosfera, encontrei essa imagem. Ela me lembra o que ensinou Norberto Bobbio: no espectro político, os extremos têm semelh..."

Mensagem da Noite




O deserto do Atacama, no Chile, é o mais árido e alto do mundo. É também o lugar na Terra que passou mais tempo sem chuvas, sendo registrados quatrocentos anos sem uma gota da água do céu.

Atualmente, ele pode ficar anos e mais anos sem qualquer precipitação atmosférica, porém, de tempos em tempos, um fenômeno muito interessante acontece.

O milagre da floração do deserto é possível de se ver muito raramente, pois depende necessariamente da chuva caída nos meses do verão.

Suficientes quantidades de água permitem que as sementes, que estavam adormecidas no seco deserto, possam despertar para voltar à vida e florescer por um curto espaço de tempo, na primavera.

São mais de duzentos tipos de flores. Cores mil. Um desabrochar belíssimo e inesperado em meio a terras tão áridas.

Quando o deserto revive e floresce surge uma panorâmica maravilhosa. É a oportunidade de desfrutar a singeleza das flores que cobrem as planícies e gloriosamente contrastam com as montanhas que as rodeiam.

Só é possível desfrutar deste milagre do deserto em alguns anos e por pouco tempo, desde fins de agosto até o meio de outubro.

As sementes, que ficam adormecidas por muitos anos, estão especialmente adaptadas para essas condições extremas, e assim podem voltar à vida pelas chuvas que as acordam, convertendo o deserto numa pintura multicor.

Os chilenos conhecem esse fenômeno como deserto florido.

O ser humano também é capaz de florescer, mesmo após anos de estiagem íntima.
As sementes do potencial evolutivo jazem dormentes, mas vivas, no âmago da alma.

Almas secas, almas aparentemente sem esperança de flor, virão a desabrochar um dia, quando a chuva do entendimento, a chuva da renovação, as fizer despertar.

Não há caso perdido para o Criador.
Mesmo os Espíritos mais relutantes, que na agonia e tristeza profundas, ousam fazer frente ao bem, negando o Criador e o amor; mesmo esses, irão germinar.

Chegará o tempo em que perceberão que o mal, a revolta, a vingança não lhes traz felicidade alguma.

Chegará o tempo em que, regados pelas chuvas contínuas do amor dos que estão ao seu lado render-se-ão ao bem renovador.

Cada um tem seu tempo. Cada um desperta quando está preparado para despertar.

Porém, recordemos que as sementes ocultas estão lá, aguardando ansiosamente o momento de sair da terra árida, aguardando o instante de respirar o ar puro de uma nova vida.

Todos temos jeito. Todos somos deuses potenciais.
Deus nos fez todos assim, sem exceção.

Quem escolhe o momento de desabrochar somos nós.
Chegará o tempo em que veremos o deserto do planeta Terra, ainda tão sofrido, tão seco, florescente por completo.

Seremos nós, Espíritos bons, que modificaremos a paisagem deste planeta, passando a chamá-lo de terra florida.

pinçado do São as Ideias

Religião e Intolerância

“O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai. E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixam de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.
Mas quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz. Os valores espirituais agregam pessoas, aproximam os diferentes, fazem com que os discordantes no mundo das crenças se deem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.

Ministro do Esporte, Orlando Silva, comentou aprovação do Regime Diferenciado de Contratações (RDC)




bom dia, Ministro
No programa Bom Dia Ministro desta quarta-feira (29/6), o ministro do Esporte, Orlando Silva, falou das regras de licitação (Medida Provisória 527/11) aprovadas ontem (28/6) na Câmara dos Deputados para a Copa do Mundo Fifa 2014 e outros eventos esportivos, e afirmou que não haverá nenhum tipo de restrição de acesso aos órgãos de controle (tais como Ministério Público, Tribunais de Contas e, no caso federal, a Controladoria-Geral da União). Segundo o ministro, a sociedade conhecerá todos os dados no detalhe após a licitação.
“Haverá restrição apenas para as empresas que disputam, para que elas não combinem preço”, explicou Silva.
O ministro enfatizou que o governo “não abriu mão de coisa alguma” em relação a sigilo. Segundo ele, a proposta que foi encaminhada originalmente ao Congresso Nacional já previa a possibilidade de os órgãos de controle interno e externo terem a possibilidade de, a qualquer tempo, ter acesso a todos os dados. “Essa posição foi mantida – disse Silva – e, mais que isso, explicitada literalmente no projeto de lei, para que não sustentassem as premissas falsas que alguns tentaram argumentar”.
O fato de as empresas concorrentes não terem acesso ao orçamento prévio feito pelo governo tem como objetivo impedir que essas empresas façam acordos entre si, esclareceu o ministro, reafirmando que “todo e qualquer indício de que haja de problema em qualquer obra vinculada à Copa será prontamente apurado, para que a sociedade tenha segurança da boa utilização do dinheiro público.”
A proposta aprovada ontem na Câmara dos Deputados também define a possibilidade de se fazer contratação integrada. Conforme explicou Silva, nesse tipo de contratação o governo federal estabelece de maneira detalhada um anteprojeto, que diz o que o governo precisa. Nesse caso, é feita apenas uma licitação, e essa licitação determina que o vencedor elabore o projeto e o execute. Segundo ele, o objetivo é desburocratizar o processo e reduzir prazos e custos. Além disso, essa modalidade restringe a realização dos chamados aditivos contratuais, que muitas vezes são responsáveis por estourar o orçamento inicial, explicou o ministro.
“Agora, como quem executa é quem fez o projeto, não vai valer essa conversa de que tem que ter aditivo e, portanto, estouro de orçamento. O objetivo é reduzir custo e simplificar, desburocratizar os processos de licitação”.
No que diz respeito à possibilidade de formação de cartéis na execução das obras do Mundial, Silva disse que se esse tipo de situação for detectada, o governo federal acionará o Cade (órgão responsável por impedir a formação de cartéis), como já aconteceu outras vezes com outras obras públicas.
“Houve casos de cancelamento de licitações, de acionamento do Cade, para garantir a boa utilização do dinheiro público e a concorrência entre as empresas, o que traz para o Estado o ganho da redução do custo das obras”.

Brasil na contramão da crise mundial


ImageDesde a Europa, onde me encontro, e olhando o cenário brasileiro, salta à vista que nosso país caminha na contramão da crise do velho continente. A inflação projetada para este ano, e para o próximo, no Brasil está em queda e a confiança do consumidor cresce, conforme atestam as últimas pesquisas.

No bloco dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), nosso país é o que tem o maior crescimento do PIB e da renda como atesta estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas e divulgada ainda nesta semana.

O levantamento indica que mais de 50 milhões de brasileiros se incorporaram a cidadania e ao mercado consumidor, e que só nos últimos 21 meses 13,3 milhões de patrícios tiveram sua ascensão social para as classes A, B e C.

53% dos brasileiros em ascensão social

 

O estudo é até mais abrangente e atesta que, se um grande contingente de brasileiros estudar no mínimo 12 anos, logo teremos nada menos que 53% dos brasileiros englobados como protagonistas nesse saudável processo de ascensão social.

Assim, esse trabalho da FGV é mais um a indicar que estamos no caminho certo ao priorizar, como políticas de governo, a educação e a inovação, os investimentos na infraestrutura  e em tecnologia.

Basta, portanto, manter o rumo e as bases de nossas políticas econômicas e sociais sem vacilar em abandonar dogmas e ortodoxias que no passado mantinham o status quo, e pior, agravavam a desigualdade que parecia eterna.

por Zé Dirceu

O governo desatou o nó da expansão do acesso à internet de banda larga em todos os municípios brasileiros

No anedotário de Brasília, essa iniciativa era conhecida como "Xodó 2.0" de Dilma Rousseff. É boa notícia para ninguém botar defeito.
Depois de uma negociação com as operadoras, chegou-se a um acordo pelo qual até 2014 todas as cidades brasileiras terão conexões rápidas. Cumprida a meta, será uma das joias da coroa do atual governo.
O serviço, com 1 megabite de velocidade, custará R$ 35 por mês, ou R$ 29, caso os governos estaduais abram mão da cobrança do ICMS.
A internet brasileira vive num estado de apagão geográfico, social e econômico. De cada 4 municípios, um não tem conexão de cabo. Ela só atende 27% dos domicílios e, quando o faz, a ligação custa na média R$ 48 por mês, segundo o sindicato das operadoras.
Há pelo menos seis anos o governo tentava expandir essa rede, mostrando que ela traça uma linha de exclusão, deixando de fora regiões, bairros e domicílios do andar de baixo.
Embrulhadas na bandeira da infalibilidade do mercado, as operadoras diziam que não havia como investir onde não há retorno. Para resolver esse problema, queriam avançar sobre uma parte dos R$ 9 bilhões entesourados pelo Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações.
Enquanto o governo aceitou passivamente as leis da privataria, o apagão persistiu.
Repentinamente, mudou-se a conversa. Se a iniciativa privada não podia fazer o serviço, a Telebrás voltaria ao mercado, fazendo-o. Mais: havia empresas estrangeiras interessadas no negócio.
Nesse cenário, as teles ficariam no pior dos mundos, carregando a urucubaca da ineficiência produzida pela ganância. Fez-se um acordo e todo mundo ganha, sobretudo o brasileiro que não tem acesso ao serviço.
Quando o governo faz seu serviço, as coisas acontecem. Em 1995, a Embratel estatal tinha o monopólio do acesso à internet. Havia 30 mil pessoas na fila e os teletecas prometiam zerá-la no ano seguinte. Era o tempo das estatais que faziam o que bem entendiam.
O tucano Sérgio Motta jogou detergente no dilema, liberou o mercado e a rede aconteceu. Passaram-se onze anos e a situação inverteu-se: as concessionárias privadas fazem o que bem entendem mas, no caso da banda larga, a ação do Estado induziu-as a mudar seus costumes. Ficam na fila os concessionários de energia elétrica e de transportes.
A conexão de R$ 35 não chegará de uma vez e pode-se temer que venha com velocidades inferiores ao megabite prometido. (Quem quiser mais velocidade continuará pagando caro, mas esse limite dá para o gasto de um usuário médio.)
O que parece ser um problema será uma solução, pois a patuleia ganhará o direito de cobrar. Se a rede não chegar a um bairro ou a um município, o governo ficará na posição de ter feito propaganda enganosa. Se chegar, mas for lenta, a operadora terá que se explicar.
O mais importante está feito: pelas regras do jogo, o brasileiro terá acesso à banda larga, sem estar amaldiçoado por ter pouca renda ou por viver numa localidade pobre.
Hoje há 14 milhões de pontos descrito banda larga no país. Se eles chegarem a 20 milhões, o Brasil encostará nos números franceses de 2009.
por Elio Gaspari

Sobre o Brasil real e o Brasil formal

Aloísio Mercadante falou como ministro da Fazenda, na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, ontem. Abordou a industrialização dos tempos de Getúlio Vargas, não esqueceu Juscelino Kubitschek, registrou o crescimento econômico em parte do período militar, lamentou a inflação desmedida, elogiou Fernando Henrique e exaltou os governo  do Lula. Abordou o desenvolvimento do setor de ciência e tecnologia, com ênfase para o etanol, criticando o fato de que hoje somos outra vez exportadores  de matérias primas, mas afirmando que o conhecimento é  nosso maior potencial, no qual o governo Dilma investe sem cortes orçamentários.

Junte-se a exposição do ex-senador aos dados divulgados na véspera pela Fundação Getúlio Vargas, sobre a ascensão das classes D, E e C na divisão da renda nacional e se terá a impressão de que  ninguém segura este país. Afinal, 3,7 milhões de cidadãos passaram a ganhar de 1.200 reais a 5.174 mil por mês.

Maravilha? O Nirvana à vista de todos, na próxima curva? Confetes e serpentinas em profusão, fora do Carnaval?

Não é bem assim. O Brasil real encontra-se a milhas de distância do Brasil formal das estatísticas. Basta atentar para o número de indigentes soltos pelas ruas de cidades grandes e pequenas, em especial nesses dias de baixas temperaturas. A multidão de desesperançados vendendo óculos ou pedindo esmola nos semáforos e praças. As legiões de jovens sem emprego, tanto faz se oriundos da pobreza ou frequentando cursos profissionalizantes  e até com diplomas universitários. Os que cedem á tentação do tráfico sempre crescente e os que optam pela violência. Sem esquecer a falência do sistema de saúde pública quando se trata de atender os menos favorecidos.

Trata-se de um outro Brasil que se desenvolve em paralelo ao Brasil ufanista construído pelos detentores do poder, quaisquer que sejam. Somos a  sétima economia do mundo, caminhando para novos patamares? Sem dúvida,  mas parte da nossa base social vai ficando para trás, agora com o ingresso dos antigos defensores das massas no grupo dos caolhos que apenas vislumbram o progresso.  Somos os maiores usuários de telefones celulares e campeões da compra e do uso de computadores, mas entre 190 milhões de brasileiros, aumenta o número dos que vão ficando para trás. Azar o deles, dirão as elites. É da vida, acrescentam os privilegiados. Seria  bom tomar cuidado.

por Carlos Chagas