petardo da Velhinha Briguilina

O sr. Luis Roberto Ponte - autor da Lei de Licitação [8.666] em vigor e presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção - , é contra  o novo regime de contratações para as obras da Copa de 2014. Ele afirma que  "escancara as portas da corrupção".

Como autor da lei 8.666 e presidente por 15 anos de uma instituição ligada a construção de corrupção ele entende tudo.

Por isto é que a Velhinha Briguilina tem certeza que o RDC  de alguma forma combate a corrupção que graça entre os empreiteiros.

E tem dito!

Itamar, um testemunho

Confesso que resisto falar sobre os que morrem. Há uma forte e justificável tendência ao panegírico, ao laudatório, como se a morte expiasse o lado das fraquezas humanas, restando divinizar quem se vai.
Em relação a Itamar, não hesitei. A razão é simples: seu modo de ser transparente, contrariando a mineirice, não escondia o temperamento turrão, a personalidade complexa e um jeito especial de ser.
Defeitos, quem não os tem? Agora, quem pode negar ao Presidente Itamar virtudes republicanas, hoje tão escassas, e uma dignidade pessoal exemplar?
Fui testemunha privilegiada da grandeza política do Presidente Itamar. Devo a ele a confiança singular e imensa de me escolher ministro da Fazenda de um governo que emergia no olho de um furacão: a mais profunda crise do regime presidencialista e que resultou, sem precedente histórico, no impeachment do primeiro presidente eleito pelo voto popular depois do regime militar.
E mais, emergia no quadro caótico de uma nação politraumatizada: a morte de Tancredo, o envenenamento social provocado pelos efeitos deletérios da hiperinflação, recorrentes abalos e frustrações dos choques econômicos e, sobretudo, uma profunda crise ética.
A nossa nascente e tenra planta da Democracia (e bote tenra nisso) tornou-se por conta daquele e de episódios subsequentes na mais testada democracia do mundo.
Para efeito de registro histórico, cabe relatar que, no fim da tarde da quinta-feira, 01 de outubro de 1992, fui surpreendido com a notícia de que seria convidado para ocupar o ministério da Fazenda (feição clássica com a reorganização do superministério da Economia ocupado com zelo e dedicação inexcedível pelo embaixador Marcilio Marques Moreira).
A notícia foi dada pelo então governador de Pernambuco, Joaquim Francisco, que me indicara para compor o ministério do novo governo.
Fui, em companhia de Joaquim, ao encontro do Presidente Itamar e na presença de Aureliano Chaves, José Aparecido, Paulo Haddad, Henrique Hargreaves e outros personagens que a memória já não registra, Itamar formulou o convite.
Por dever de lealdade, fiz algumas ponderações, mostrando que a minha escolha contrariaria expectativas e acrescentaria, de partida, dificuldades políticas a um governo que assumia o poder diante de uma sociedade permeada pelos sentimentos díspares da esperança e da desconfiança.
Ele pediu a opinião dos circunstantes. Foram generosos. Meus argumentos não convenceram.
Itamar disse: “Deputado, faço um apelo...”. Interrompi: “Presidente não faz apelo, estamos juntos”.
O anúncio seria na sexta pela manhã. Discutimos diretrizes com Paulo Haddad, futuro ministro do Planejamento. Insônia e reflexão ajudaram a enfrentar a entrevista coletiva e a justificada curiosidade pública a meu respeito.
Tinha nítida noção da precariedade do meu prazo de validade. A instabilidade econômica levava de roldão planos, moedas e ministros. Esta era a regra. Percebi, realisticamente, os limites de uma ação política que levasse a cabo um plano de estabilização para o país. E não existe a figura do “pato manco” no ministério da Fazenda. Ou é forte, ou entrega o boné.
Não deu outra. Setenta e cinco dias depois da nomeação, deixei o cargo, voltei para o Congresso, mantendo-me firme na defesa do governo. E a despeito das dificuldades vividas, ganhei o amigo.
A convivência breve, porém intensa, adicionada à relação que se estabeleceu posteriormente, foi suficiente para identificar a dimensão política de Itamar.
A ideia e a prática da República e da Democracia repousam no princípio da virtude. Virtude traduzida pela paixão política, espírito cívico e supremacia do bem público sobre os interesses privados, ensina o Barão de Montesquieu, no atualíssimo Espírito das Leis, publicado em 1748.
Na mesma linha, Ortega Y Gasset , em Mirabeau ou o político, reconhece o conceito de virtude nas “almas grandes” e na “magnanimidade”, atributos do verdadeiro político que faz da vida missão criadora e, para quem viver é fazer grandes coisas e não simplesmente existir.
Itamar, magnânimo, encarnou a virtude pública e a dignidade pessoal. Por isso viveu e viverá na imortalidade do exemplo que legou ao Brasil.
Gustavo Krause

da IstoÉ: Padres, orgias e baladas


Livro escandaliza ao expor a rotina de sacerdotes que frequentam festas e saunas, engravidam mulheres e patrocinam abortos
João Loes
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A presidente acompanhará velório de Itamar Franco

Dilma Rousseff e os ministros Antonio Patriota, Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann devem chegar por volta das 11h segunda (4) a Belo Horizonte, em Minas Gerais, onde prestarão as últimas homenagens ao senador e ex-presidente Itamar Franco (1992-1994), que morreu no sábado (2). 

Eles acompanharão o velório no Palácio da Liberdade, sede do governo de Minas Gerais. 

A cerimônia de cremação do corpo de Itamar está prevista para o final da tarde de hoje e será reservada apenas para a família, segundo parentes. 

A cremação ocorrerá em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.


Itamar Franco

A maior esperteza

Quando morre alguém importante há certa tendência a exaltar as qualidades e minimizar os defeitos. Em alguns casos a forçação de barra é maior. Para Itamar Franco, porém, os elogios vêm fluindo com certa leveza.

Há os interessados em elogiar-se a si próprios por meio do elogio ao ex-presidente morto, mas é humano. É sobretudo da política. Uma atividade em que a homenagem ao outro costuma ser a maneira indolor de se convidar ao centro do palco nestas ocasiões.

Tem quem aproveite a situação para promover um póstumo encontro de contas políticas. Uma quitação indolor de dívidas.

Mas por que Itamar é fácil de elogiar? Por que o elogio a ele soa sincero?

Por ter sido um político reto. Dizia exatamente o que queria dizer, e o que estava pensando sobre o assunto. Era do tipo apreciado pelo jornalismo por, como se diz, “dar lide”. Não fugia do risco de produzir notícia.

Um contraste espantoso com nosso tempo. Vivemos uma época de raposices, matreirices, jogos de esconde-esconde e blindagens marqueteiras. Um tempo de espertos maquiados. E de espertezas.

Um tempo de políticos teleguiados.

Itamar não era esperto, na acepção vulgar da palavra, tão em voga. Muito menos teleguiado. Talvez tenha sido sua maior esperteza.

Um sintoma é não ter que, na reta final da fértil e longa vida política, dar explicações adicionais sobre fatos passados nem pedir desculpas para ninguém por uma palavra de que precisasse se arrepender.

Uma esperteza bem contemporânea da política brasileira é dizer qualquer coisa, fazer qualquer coisa, pois sempre haverá oportunidade para retificar, se necessário.

Aceita-se com naturalidade que o político diga uma coisa na oposição e o contrário no governo. Como se não fosse um atentado aos direitos e à inteligência do eleitor.

Nesta sociedade mergulhada em informação e crescentemente conectada, coisas assim deveriam ser cada vez menos toleradas. Hoje em dia a política -e o jornalismo- são atividades submetidas a controle de qualidade em tempo real.

E serão cada vez mais.

O espaço para bravatas, para ludibriar, para enrolar, vai ficando estreito.

Talvez por isso Itamar, na teoria um político de outro tempo, e que morreu octogenário, tenha sido moderno até o fim.

Quem, como eu, teve o privilégio de vê-lo em ação no Senado nestes meses, pôde comprovar.
por Alon Feuerwerker

FHC tira José Serra da foto

Trechos da entrevista da Ofélia no Restadão
    
1. Vou dizer uma coisa que pouca gente refletiu sobre: o meu sucessor natural, do meu partido, morreu. Era o Mário Covas. Isso tínhamos já conversado. Na última conversa que eu tive com ele sobre esse assunto ele já não podia mais, porque estava doente. Então não tinha um sucessor natural no partido.
      
2. P- O caminho está mais pavimentado e natural para o Aécio Neves em 2014
R- Está difícil prever isso hoje. Nós temos dois, três, até quatro pessoas que têm alguma aspiração e mérito para isso, que estão em posições diferentes. No fundo, quem é o candidato de um partido quando esse partido não tem dono? É aquele, que num dado momento, dá impressão à opinião pública de que ele é uma pessoa que pode ganhar. Agora temos que cuidar de eleição municipal. Depois, vamos ver quem, neste período, se firmou como líder nacional.
      
3. O Serra já tem ressonância nacional, mas está fora do jogo de posições institucionais. O Aécio ainda não tem ressonância nacional, mas tem uma posição institucional forte no Congresso. O Geraldo (Alckmin) também, ou até o Marconi (Perillo). Qual deles vai, daqui a três anos, estar batendo com o sentimento do País? Quem é que sabe? 

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Blog do Charles Bakalarczyk: Guerra Santa: Juiz Jeronymo, em nome de Deus, desa...: "Ajuntamento de senhores da lei divina (entre eles, o pastor-juiz Jeronymo e ex-governador Garotinho) se imiscuindo em assuntos do Estado lai..."