Como combater a corrupção - por Luis Nassif


Em sua carta de demissão do Ministério da Agricultura, Wagner Rossi denuncia a onda de escândalos que se abateu sobre ele. É um documento para se ler e refletir.
Durante semanas foi exposto a denúncias diárias. Seu rosto tornou-se capa da Veja, com retoques para que parecesse um desses vilões de filmes de Batman.
Segundo a carta, auxiliares dele foram procurados por repórteres com propostas típicas do estilo Murdoch: seriam poupados de denúncias se topassem denunciar o chefe. Em nenhum momento foi-lhe dado direito de resposta.
Ficaram expostos família, filhos, amigos. Seus netos passaram a ser discriminados na escola. Enquanto não pedisse demissão, não cessaria esse suplício.
Ele atribui a campanha a José Serra, segundo ele único político capaz de utilizar a revista "Veja" e a "Folha" para esses ataques. A intenção seria política: destruir a aliança com o PMDB que garante a tranquilidade política do governo Dilma Rousseff.
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Nesses festivais de denúncias, jamais há a intenção de resolver problemas estruturais, eliminar vazamentos, corrigir desvios. Alguns veículos dependem fundamentalmente de denúncias para obter sobrevida editorial, intimidar adversários. Interessa passar a ideia de que a corrupção é endêmica, existe por toda a parte e que os veículos são os guardiões da moralidade.
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O caminho para se corrigir desvios existe e é frequentemente deixado de lado porque não rende matérias e foge ao objetivo de usar as denúncias politicamente.
O primeiro passo é identificar os setores vulneráveis, aqueles em que é mais pulverizada a distribuição de recursos. Fazem parte dessas áreas críticas a Funasa, o DNIT, a Conab, os convênios públicos. Recentemente, o jornal "O Globo" publicou boa matéria sobre essas áreas críticas.
O segundo passo é mudar os processos internos desses órgãos, parametrizando - isto é, definindo parâmetros para cada processo, seja a assinatura de um contrato, um convênio ou a compra de um produto.
A partir daí, informatizam-se os processos e passa-se a ter controle sobre a situação, identificando responsáveis por liberações, comparando preços, mapeando o fluxo de liberação dentro de cada ministério.
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Assim que assumiu o governo, Dilma encomendou ao empresário Jorge Gerdau um trabalho visando a parametrização dos processos na Funasa. A constituição da Câmara de Gestão tem por objetivo a identificação dessas áreas críticas.
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Ontem palestrei em um Seminário da Secretaria de Finanças de Fortaleza. O Secretário Alexandre Cialdini é presidente da Associação dos Secretários de Finanças de Capitais. Recentemente, recebeu relatório do Banco Mundial considerando que o Brasil como um todo - governos federal, estaduais e municipais - tem um dos modelos mais transparentes de informações do setor público.
Agora, tem que se avançar na implantação de procedimentos nas áreas críticas das administrações públicas em geral. E, principalmente, tem que se montar na sociedade civil observatórios capazes de trabalhar esses dados e produzir alertas.
Com isso se acabará com a indústria da corrupção - uma praga que beneficia apenas corrompidos, corruptores e denunciadores.

Liderança




UM CHEFE DE DEPARTAMENTO DE UMA GRANDE EMPRESA, BEM CHATO, ACHANDO QUE SEUS SUBORDINADOS NÃO ESTAVAM MAIS RESPEITANDO SUA LIDERANÇA, RESOLVEU COLOCAR A SEGUINTE PLACA NA PORTA DE SUA SALA:
 "AQUI QUEM MANDA SOU EU"
 
MAIS TARDE, AO VOLTAR DE UMA REUNIÃO, ENCONTROU O SEGUINTE BILHETE JUNTO À PLACA: 
 
SUA ESPOSA LIGOU E DISSE QUE É PARA O SENHOR LEVAR A PLACA DELA DE VOLTA.  
                  



por Luis Fernando Verissimo


O monstro

Marx não chegou a pedir que esquecessem tudo que ele tinha escrito, mas confessou que a invenção do trem e do navio a vapor o forçavam a repensar algumas das suas teorias sobre o futuro do capitalismo.
Os seguidores de Ned Ludd, chamados luditas, trabalhadores na indústria têxtil inglesa, se revoltaram contra a invenção de teares automatizados que ameaçavam seus empregos no começo do século dezenove e pregavam a destruição de todas as máquinas que substituíssem o trabalho humano.
A história social e econômica dos Estados Unidos se divide em antes e depois da massificação, pela Ford, da produção dos seus carros, que empestavam o ambiente, além de assustar os cavalos, e foram duramente combatidos.
Reações a novidades tecnológicas se repetem ao longo da história, movidas pelo medo à obsolescência, como no caso dos luditas, incompreensão ou apego ao passado. O capítulo mais recente e mais curioso dessa briga é a decisão do governo inglês de restringir o uso no país das redes sociais, que todo o mundo achava maravilhosas até revelarem um potencial subversivo que ninguém previra.
Enquanto os tuiters e os facebooks animaram as revoltas contra os déspotas e por aberturas democráticas nas ruas árabes, tudo bem. Eram as redes sociais, o produto mais moderno da engenhosidade humana, usadas para modernizar sociedades atrasadas. Mas descobriram que os quebra-quebras e queima-queimas nas ruas inglesas estavam sendo, em grande parte, também tramados na internet. Epa, disseram os ingleses, ou o equivalente em inglês. Aqui não.
Conservadores e trabalhistas se uniram para condenar a violência e o vandalismo e negar qualquer outra motivação, além de banditismo nato, para a rebelião. E todos, presumivelmente, concordaram com as medidas do governo para evitar novos distúrbios, incluindo o controle das redes sociais.
Resta saber se o controle ainda é possível. O monstro talvez não seja mais domável. Já acabou com qualquer pretensão a se manter segredos oficiais secretos, já invadiu a privacidade de meio mundo e tornou a pornografia acessível a todas as idades, e já sentiu o gosto do sucesso como instigador de revoltas — sem falar que ninguém mais consegue viver sem ele.
Agora pode não haver mais o que fazer. Se tivessem parado na invenção do trem...

Dilma está se saindo melhor do que a encomenda

[...] Com seu estilo próprio, diferente do Lula, está inovando nos mais diversos aspectos da política. É fato novo sobre fato novo. Tanto na forma de tratar com a imprensa, a corrupção quanto na articulação política. De dependente do Lula ela não tem mais nada (daí concordar com a crítica do próprio Lula aos queremistas lulistas)!

Primeiramente cabe destacar que a conquista do poder por forças progressistas não tem o objetivo apenas ganhar as eleições. De nada adianta ganhá-las se o progressistas não conseguirem emplacar sua agenda (ver Obama). Ao contrário do Obama, Dilma está conseguindo impor a agenda progressista dela até à oposição conservadora! Por mais que esta queira e vá explorar o programa nas próximas eleições, a vitória da agenda é, do ponto de vista estratégico, mais importante que o embate eleitoral (e, claro, a Dilma terá mais argumentos ainda para o eleitor, pois conseguiu dobrar governos conservadores para sua agenda, e não o contrário!).

Quanto ao estilo "dilmista" de governar, ela pode irritar os "confrontistas" por aparentemente estar bajulando "ingenuamente" seus algozes (Folha, Alckmin, FHC, etc.), mas o que ela está querendo na verdade é consolidar cada vez mais as instituições democráticas, independentemente de algumas estarem na mão do bloco conservador.

A ida à Folha deve ser interpretada como uma sinalização da Presidenta de que o PT é o verdadeiro fiador das instituições democráticas. Apesar de não fazer coro às críticas contra Chavez, a direita brasileira terá cada vez mais dificuldades de acusar o governo de atentar contra as liberdades (usando instituições como o SIP, OAB e outras) como isso tem sido feito contra o governo venezuelano.

Esse reforço das instituições democráticas burguesas é mais do que um "cala-boca" para golpistas de plantão da direita: como o Lula já enfatizou várias vezes, elas são essenciais para o progresso social, sem as quais ele nunca poderia ter feito a carreira que fez.  Inversamente, são os governos conservadores que primam mais pela falta de democracia, mesmo enchendo a boca com a defesa dela: a corrupção é desmedida, mas não noticiada pela imprensa, que se torna chapa-branca; a repressão contra movimentos sociais é dura, e por aí vai.

Portanto, defender as liberdades democráticas burguesas, as quais não são garantidas amplamente pelos governos da burguesia, é uma estratégica essencial para o progresso social. E quando a Dilma dá às mãos às instituições dominadas pelas forças conservadoras, ela não está entregando os pontos, pois a política dela continua cada vez mais progressista. E é a direita que fica desnorteada, pela perda de argumentos e pela adesão forçada à agenda do governo.

Por último cabe observar um outro aspecto da tática dilmista de governar: quando um ministro cai em função dos ataques da imprensa conservadora, ela vem o substituindo por uma figura alheia ao grupo de poder que se encastelava atrás do ministro substituído: assim, a queda de Jobim levou Amorim ao poder, para tristeza das viúvas da ditadura no setor militar; já a queda do Rossi, representante do agrobusiness, levou ao poder um político de fora desse mesmo bloco, para desespero dos latifundiários. Antes a direita e sua imprensa não tivessem mexido com o Rossi! Ou seja, a Dilma está fazendo a imprensa trabalhar para ela, contra a vontade desta!

Isso é um jogo sem risco? Claro que não, mas ela resolveu apostar nessa técnica. Até porque não podia continuar com a tática contemporizadora do Lula: ela não tem o carisma e o apoio popular do Lula para sobreviver aos escândalos, e não poderá governar com a corrupção andando solta, sobretudo em tempos de crise econômica e de necessidade de maior eficiência dos gastos. E o PT tem ainda de resgatar sua pretensão de honestidade, já tão desmoralizada, para continuar no poder: o rol sem fim de escândalos nos seus governos irá dificultar cada vez mais essa continuidade.

Os riscos de incentivar a imprensa a buscar cada vez mais escândalos para rachar o governo é real, até porque é essa a estratégia já patente  do bloco conservador. Ou seja, a fase do "aparente consenso", sugerida pelo Nassif, acabou definitivamente: a oposição e a imprensa conservadora já encontrou sua tática de guerra.

Mas até agora Dilma comprovou saber gerenciar as crises, não deixando que elas prejudiquem as políticas públicas inovadoras. A "independência" do PR pode atrapalhar no momento. Mas quando os resultados positivos aparecerem, quero ver se eles não irão buscar seu pedacinho do sucesso.

Voltando ao ato com o Alckmin, essa capacidade fica claramente demonstrada: se o PSDB se dobra, porque o PR iria assumir o papel de oposição? Só porque o grupinho do Nascimento levou uma surra? E os outros, vão querer ficar de fora? O PV já está querendo voltar à base, vejam só...

Em suma: até agora, o Lula foi o presidente mais malandro (no bom sentido) da história nacional, superando as "imbatíveis raposas". Dilma está mostrando que pode superar o seu mestre...

por Joaquim Aragão

 



Estão Loucos para entregar nosso petróleo!


Hoje, o blog Projeto Nacional nos apresentou uma notícia interessante sobre o petróleo no Brasil. A matéria dá conta que a Agência Nacional do Petróelo (ANP), empresa responsável por regular nosso mercado de combustíveis, quer vender, e rápido, nosso petróleo. Só que a presidenda Dilma não deixou.

 Leia: http://blogprojetonacional.com.br/loucos-para-entregar-nosso-petroleo/

 O pré-sal é mais que uma realidade e o assunto precisa ser discutido. Por isso gostaríamos que vocês lessem, comentassem e passassem a história para frente.

 Um abraço

 Equipe MobilizaçãoBR

 

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Imbecilidade

O sujeito julga-se e inventa de fazer uma pergunta idiota desta:
 Você é contra ou a favor da legalização da corrupção? 
Babaca!



Blog do Charles Bakalarczyk: À revelia do Prefeito tucano, Povo de São Luiz vai...

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