Um blog comum, igual a todos, diferente de cada um
Blog do Charles Bakalarczyk: O impostômetro impostor da Associação Comercial de...
Blog do Charles Bakalarczyk: Comissão da Verdade: votação ja!
Faz tempo
Faz tempo que o tempo
Me deu um tempo
E nesse tempo te encontrei
Faz tempo que desencontros
Marcam nosso tempo
Sem tempo passo o tempo
Pensando no tempo
De encontrar com tempo
O tempo para vivermos
Um tempo somente nosso
Faz tempo que descobri, porém
Que não opero o tempo
Mas posso fazer de todo o tempo
Uma móvel espera
Porque o tempo é
Imóvel como a eternidade
E, ainda que nela, haverei
De ter tempo para viver
O tempo todo contigo
Retirado do Blog ALMANAQUE da Crônica
Amigo Orlando
Relacionamento Saudável
Os quatro erros mais comuns no relacionamento
Ao permanecer em um relacionamento que não está bom, você gasta toda sua energia em algo que não está totalmente relacionado com você. Infelizmente, ao permanecer em um relacionamento errado e que você não quer, todas as suas ações te levam a outro caminho.
Erro 3: Ignorar os alertas do relacionamento
Todo relacionamento apresenta alertas, ainda mais no início. Mas o que são esses alertas? São como bandeiras vermelhas, que merecem sua atenção cuidadosa. São comportamentos e atitudes que você percebe em seu(sua) parceiro(a) e que não estão alinhados com seus princípios e o que você espera para sua vida. Podem ser desde pequenas atitudes como no caso dele(a) fumar e você viver fazendo campanha contra cigarro e não suportar o cheiro, até atitudes relacionadas a caráter, como subornar um guarda na estrada e você é super correta(o).
Roberto Jefferson declara que "mensalão" foi "pura retórica"
“Quem deu credibilidade ao inacreditável Jefferson? Uma imprensa e uns políticos preocupados com suas conveniências e não com fatos.Vergonha!”
Com o governo federal iniciado com a eleição vitoriosa de 2002, de que fazia e faz parte o PTB, suas bancadas, na Câmara e no Senado, desde então sempre votaram e conformaram sua base parlamentar de apoio.
O Pig abaixo da média
Os resultados foram dentro do esperado: melhoria de 10 pontos na média geral. Em 2009 o ENEM estava em 500 pontos. A meta era chegar ao longo da década em 600 pontos – o que significaria melhorar 10 pontos por ano. Apesar do aumento de inscritos – de 828 mil para 1,011 milhão – chegou-se aos 10 pontos.
De repente, o noticiário online foi invadido por estranhas manchetes: a de que a maioria dos alunos do ENEM tinha ficado "abaixo da média". O jornal O Globo foi fulminante: "Mais da metade dos estudantes ficou abaixo da média do Enem 2010". Na UOL, não se deixou por menos: "Enem "reprova" 63,64% das escolas". Esse número equivale àquelas que ficaram abaixo da média.
Criou-se um samba do crioulo doido. Na maioria absoluta das estatísticas, a tendência é se ter uma maioria abaixo da média. Se todos melhoram, a média melhora, mas sempre continuará tendo uma parte abaixo da média e outra acima.
Suponha uma classe de 7 pessoas, com 3 notas 5, 2 notas 4 e uma nota 3. A média será 4,28. Logo, 43% (três alunos) estarão acima da média e 57% (4 alunos) abaixo da média. Suponha agora que a classe melhore e fique com 2 notas 10 e 5 notas 7. A média será 7,86. Mas 71% dos alunos estarão abaixo da meta contra 29% acima.
Na entrevista coletiva sobre o ENEM, praticamente todos os jornalistas insistiam na informação de que a maioria das notas tinha sido abaixo da média. O samba endoidou tanto que a presidente Dilma Rousseff chamou o Ministro Fernando Haddad ao Palácio, para saber que loucura era aquela.
O diálogo foi mais ou menos assim:
Dilma: Haddad, como é isso? Eles estão dando que há muitas escolas abaixo da média. Como surgiu essa confusão? Não sabem o que é a média em uma estatística?
Haddad – Presidente, o que posso fazer? Passei a tarde explicando para eles o conceito de média na estatística. Tentei explicar o que era uma distribuição estatística, que em geral forma uma curva, que a média (média aritmética de um conjunto de números) e a mediana (maior frequência de números na amostragem) são muito próximas, mas pareciam não entender. Cheguei a sugerir que ligassem para um matemático, um estatístico para se informarem, porque daqui a vinte, trinta, cinquenta anos, vão fazer a mesma conta (do percentual de notas abaixo da média) e vai dar a mesma coisa.
Foi em vão. Dilma encerrou a conversa dizendo que iriam especular que a convocação de Haddad ao Palácio teria sido para se explicar.
Chamou o líder do governo na Câmara, Cândido Vacarezza, presente à reunião, e pediu que desse uma entrevista informando que a presidente tinha ficado satisfeita com o resultado e manifestava sua preocupação com a confusão que a imprensa fizera com o conceito de média.
Pediu ainda que Vacarezza fizesse uma última tentativa de explicar o que era média aritmética.
Vacarezza explicou. Mas a confusão aumentou mais ainda.
por Luis Nassif
Reforma política: uma proposta complicada
Um aspecto particularmente complicado no ensaio de reforma político-eleitoral é o meio proposto pelo relator, Henrique Fontana (PT-RS), para manter vivo o financiamento privado de campanhas, mesmo aprovado o financiamento exclusivamente público.
Parece jogo de palavras, mas não é.
O financiamento privado continuaria existindo, mas estatizado. E assim deixaria, na prática, de ser privado. O doador doaria a um fundo único, que distribuiria os recursos às legendas, proporcionalmente ao desempenho na última eleição.
É o caso de perguntar o que teria sido do PT se a proposta hoje defendida pelo partido estivesse em vigor quando ele não chegava a 10% dos votos nacionalmente, quando o PDS e depois o PMDB mandavam no Brasil.
Como funcionará a regra proposta, se aprovada? Vamos supor que você, pessoa física ou empresa, deseja doar um certo tanto para o partido de sua preferência. Mas se, por exemplo, você quer dar 200 à legenda e ela recebe 20% do tal fundo, você precisará portanto desembolsar 1000.
Exatos 800 a mais, e todos eles destinados a siglas que originalmente você não pensava em ajudar.
Os partidos majoritários numa eleição recolheriam obrigatoriamente o maior bocado de todas as contribuições privadas no processo eleitoral seguinte.
Independentemente da avaliação que o eleitor faça sobre o desempenho do eleito. Mesmo governos e partidos pessimamente avaliados na gestão irão manter a vantagem financeira decisiva sobre os demais.
Pois, repita-se, mesmo quem deseje financiar a oposição precisará doar à situação, e até mais que ao partido da preferência.
Mas a realidade tem outro lado, como defende o relator.
Se é verdade que o situacionismo vai receber a a parte do leão nas doações à oposição, é igualmente verdade que esta ficará com o direito de recolher recursos provenientes das doações de quem deseja ajudar o governo.
"A lógica hoje nas campanhas eleitorais não é o doador privado aparecer para equilibrar o jogo", argumenta Fontana. "Ao contrário, a tendência é o grande doador querer doar a quem ele acha que vai ganhar."
Por essa lógica, o mecanismo proposto funcionaria para democratizar a disputa.
De todo modo, a proposta em discussão é viável porque reproduz, no financiamento das campanhas, o modus operandi clássico da política brasileira.
Onde não não há propriamente oposição, mas sócios minoritários do condomínio do poder.
E aí é preciso dar a mão à palmatória e admitir que o novo establishment talvez tenha compreendido como ninguém as regras que desde sempre dominam a política nacional.
Em que o verbo radicalizado é apenas a face teatral de um jogo, em que no fim todo mundo que está dentro ganha.